Domine sua mente
O domínio da mente é um dos pilares para ser um médium equilibrado e preparado. Ele permite que as incorporações sejam mais autênticas, evitando mistificações e protege contra influências espirituais negativas. O desenvolvimento vem com a prática, a disciplina e o desejo sincero de servir à espiritualidade com humildade e responsabilidade. Esse domínio dentro da Umbanda é um aspecto essencial para o desenvolvimento mediúnico e espiritual. Ele envolve o controle dos pensamentos, emoções e da própria percepção mediúnica para garantir que as incorporações e mensagens espirituais sejam mais fiéis e equilibradas.
Na Umbanda, o médium é um intermediário entre os planos espiritual e material. Sem um bom domínio da mente, ele pode sofrer influências negativas, misturar conteúdos próprios com a comunicação da entidade ou até mesmo desenvolver um ego inflado, achando que o poder vem dele e não dos guias espirituais. Além disso, o terreiro é um ambiente de alta energia, onde diferentes vibrações espirituais circulam.
Um médium sem controle mental pode absorver energias negativas e se sentir mal após os trabalhos, distorcer as mensagens das entidades, confundir percepções espirituais com criações do subconsciente e até mesmo ser facilmente influenciado por obsessores ou espíritos zombeteiros.
Ao controlar a mente, o médium consegue comunicar-se com o guia de forma mais clara, diferenciando seus pensamentos dos pensamentos de outros espíritos, afastando-se de espíritos perturbadores. Para evitar interferências e garantir uma boa sintonia, o médium precisa desenvolver seu domínio mental através de práticas.
O médium deve manter pensamentos positivos e evitar padrões mentais destrutivos, como medo, insegurança e orgulho. Isso ajuda a atrair apenas entidades de luz e bloquear energias negativas. Exercícios de foco e atenção ajudam o médium a perceber melhor a vibração da entidade e a não se deixar levar por distrações. Práticas como respiração consciente e visualização são úteis. Emoções descontroladas, como raiva, tristeza ou ansiedade, podem interferir na mediunidade. O médium precisa aprender a separar seus sentimentos pessoais da energia das entidades.
Durante a incorporação, o médium deve permitir que a entidade se manifeste sem forçar ou interferir. Mas ao mesmo tempo, precisa manter um nível de atenção para evitar excessos ou exageros. Conhecer as próprias fragilidades ajuda a evitar que o médium projete suas inseguranças na mediunidade. Terapia, meditação e reflexão podem auxiliar nesse processo.
Quanto mais o médium entende sobre a espiritualidade e as linhas de trabalho da Umbanda, menos dúvidas terá durante as incorporações. O estudo fortalece a fé e melhora a sintonia com os guias.
Um médium que se sente superior aos outros pode começar a inventar mensagens ou agir de forma teatral. O verdadeiro médium sabe que é apenas um canal e mantém a humildade. O controle mental não deve ser praticado apenas dentro do terreiro, mas na vida cotidiana. O médium deve evitar ambientes e hábitos que possam prejudicar sua vibração, como o excesso de negatividade e reclamações, o uso excessivo de álcool ou drogas, que afetam a mediunidade, e relacionamentos tóxicos que sugam sua energia, e a falta de fé e dúvidas constantes sobre o trabalho espiritual.
Tauhane de Oxum