Seja Bem Vindo, o nosso objetivo é a divulgação dos trabalhos de umbanda e expandir o aprendizado de nosso Terreiro de Umbanda a todos interessados. Axé e bons estudos.
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segunda-feira, 30 de outubro de 2023
Leis Herméticas - 2º princípio
quinta-feira, 26 de outubro de 2023
Leis Herméticas - 1º princípio
Princípio do Mentalismo
segunda-feira, 23 de outubro de 2023
Orixá Ossain
Ossain
E para finalizar, traremos as características dos filhos desse Orixá, os filhos de Ossain não são tão numerosos quanto aos dos orixás mais tradicionais. São tidos como pessoas introvertidas, misteriosas e discretas. Não gostam de interferir ou opinar no que não diz respeito a eles. Falam pouco de si e de seu passado. Dão muito valor à liberdade e são pacientes. Gostam de animais. São equilibrados emocionalmente. Muito racionais. São pouco sociáveis. Independentes. Gostam de se isolar. Muito ligados à terra, às matas e à vida. São muito dedicados dentro de suas religiões. Não suportam ser enganados. São reservados, estudiosos, sinceros, obedientes, introspectivos, alegres, corajosos, cientistas de mão cheia, capazes de desvendar qualquer mistério. Dedicam-se a pesquisas, a arte de curar, têm facilidade de atuar com benzeduras, chás, banhos e encantamentos devido a sua ligação com as ervas. Como amantes são de veneta, algumas vezes insaciáveis e outras vezes ficam um grande período de tempo em abstinência. São profissionais altamente competentes e responsáveis. Não gostam de brigas. Têm grande aptidão a se tornarem feiticeiros. São extremistas. São vingativos. Traiçoeiros, enganadores, articuladores, misteriosos, capazes de grandes maldades. Podem apresentar uma tendência ao uso de drogas. Possuem muito axé. Sua energia negativa é concentrada no olhar.
quinta-feira, 19 de outubro de 2023
Orixá Ibejis e Erês
Orixá Ibejis e Erês
Quando pensarem nas crianças, fechem seus olhos e tentem lembrar-se de um dia feliz na sua infância, de uma travessura com seus irmãos e/ou amigos, a alegria desse momento te fará sentir um pouco da energia desses seres de luz. Não esqueçam que por trás do arquétipo de criança existe uma entidade de sabedoria infinita, capas de curar e alegrar os corações mais aflitos. Por isso, aproveitem este momento para desfrutar da pureza das crianças.
sexta-feira, 11 de agosto de 2023
Logunan
Logunan
O culto a Logunan na Umbanda surgiu com a revelação das sete linhas de umbanda sagrada dada a Rubens Saraceni através de seus guias. Para polarizar na linha da fé com Oxalá, um guia de Rubens teria dito que existia um Orixá que se encaixava perfeitamente nessa função, mas que era muito desconhecido e pouco cultuado. Tomando conhecimento disso os fundadores da umbanda sagrada aceitaram a revelação de Logunan e a partir de então esse Orixá ficou conhecido como o orixá absorvedor feminino do trono da fé.
Logunan atua na linha da fé com Oxalá, ela é o próprio espaço-tempo onde tudo se manifesta, é uma força atemporal, é em si o próprio tempo, não estando sujeita a ele e sim o regendo. Logunam é considerada na Umbanda como o Orixá que rege o tempo e o espaço, por isso foi inicialmente apresentada como Oyá Tempo. Esse nome foi modificado depois devido a ter causado confusão com outros dois Orixás, sendo eles Iansã (que também é conhecida como Oyá) e Tempo ou Iroko (Orixá masculino cultuado no candomblé).
Logunan e Oxalá representam a polaridade do campo religioso. Oxalá é o deus responsável pela irradiação da fé para todos os seres, a todo momento. Assim como o sol irradia sua luz e calor para o mundo, Oxalá emana uma força religiosa que anima tudo que toca. Ele é como se fosse um pai amoroso, capaz de fortalecer o íntimo das pessoas com a sua fé. A força contagiante de Oxalá precisa de uma presença ativa que a absorva e a controle, impedindo que as pessoas se desviem para o fanatismo e para o descontrole emocional. É nesse momento que Logunan aparece como uma força neutra, atuando sobre o ser para equilibrar a sua relação com a fé. Ela encarna o rigor necessário para que as pessoas não se desvirtuem em sua jornada religiosa, de forma a absorver os excessos do campo da fé.
Sendo Logunan o espaço tempo, ela é quem rege o sincronismo do universo. Desta forma, rege o passado, o presente e o futuro, sendo fundamental pra a manifestação de tudo na nossa dimensão. Logunan controla esse campo, no qual ela isola no infinito cósmico os espíritos que atacam a fé e religiosidade, para que todos possam manter através da crença no divino a esperança e o sustento para a realização dos objetivos da vida. Portanto, quando buscamos pelo equilíbrio da fé, pedimos o auxílio de Logunan juntamente com o pai Oxalá, porque assim encontraremos a harmonia perfeita desta energia e seremos capazes de evoluirmos espiritualmente para entendermos a passagem da vida e os mistérios da fé.
Dentre todos os Orixás, é graças a Logunan que podemos existir, pois ela quem deu movimento ao processo de passagem de período, antes de sua atuação tudo era estático e não possuía uma sequência de fatos onde se pudesse construir ou evoluir. Assim sendo, Oyá fez o tempo se mover, o mundo girar e soprou o caminho da continuidade e da existência de tudo. O Tempo é a chave do mistério da fé regido por Logunan e Oxalá, porque é na eternidade do tempo e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem.
MITO DE LOGUNAN E A CRIAÇÃO DO TEMPO
Olorum criou o mundo e percebeu que as coisas não aconteciam, permaneciam inalteráveis e estáticas, como se a vida não existisse. Portanto, tudo tinha a visão de uma grande tela de pintura, onde se encontrava tudo que era belo, rico em detalhes, mas não havia a magia do existir. Assim, nada era divido no conceito de passado, presente e futuro e simplesmente nada acontecia, nada alterava nem evoluía. Foi então que Olorum decidiu criar Logunan para que ela pudesse aplicar com a sua energia o movimento para todas as coisas, com esse Orixá finalmente surgiu o tempo e a existência enfim se manifestou, onde através do passado alimentamos o presente e projetamos o futuro de forma que tudo gire em sincronia na roda da vida.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE LOGUNAN
Os filhos e filhas de LogunaN são introspectivos e até um pouco tímidos. São simpáticos, discretos, silenciosos, amigos e conselheiros, emotivos (mas guardam suas emoções para eles), lutadores e muito sinceros. Podem ser retraídos, ciumentos, possessivos, evasivos, descrentes e desconfiados. Apreciam as coisas religiosas, o estudo, um pouco de isolamento, conversas construtivas, a companhia de pessoas discretas, maduras, reservadas e amorosas. Apesar da falta de jeito para se relacionarem e de seu ar discreto, eles são pessoas muito educadas, capazes de surpreenderem com seus conselhos pois são muito observadores e intuitivos. Entretanto, costumam sofrer em silêncio, não gostam de entristecer ou preocupar os outros com seus problemas, mas encontram em seu refúgio forças para esclarecimentos e enfrentam as situações como ninguém, o que faz deles grandes vencedores na vida.
Os filhos de Logunan são sábios e religiosos, facilmente você os reconhece como pessoas maduras e amorosas, capazes de amenizar as dores espirituais mais profundas. Nunca ofenda um filho de Logunan, o tempo não apaga de sua memória o que o fez sofrer e isso ficará ressentido e guardado por toda sua vida.
A data de comemoração de Logunan é 11 de agosto, seu dia da semana são todos os dias, pois todos eles pertencem ao tempo. Suas cores são o Azul escuro, o preto e o branco. A oferenda de Logunan na nossa doutrina é feita com velas brancas, pratas ou azul bem escuro; uvas verdes, coco verde, flores brancas e vinho branco. É despachada em um campo aberto, assim que o sol nasce pois Logunan é representada também pelo orvalho da manhã. Seu sincretismo é com a Santa Clara, que detentora de uma imensa religiosidade, enfrentou a todos que a impediam de exercer a caridade e pregar a fé.
A saudação de Logunan é: Olha o tempo! A espiral é o símbolo de Logunan. Devido ao seu magnetismo ativo sobre a fé de todos os seres, Logunan emite uma onda espiral capaz de esgotar e controlar a intensidade espiritual dos seres emocionados, fanáticos ou desequilibrados. Seu metal é o estanho, um metal de cor prateada extremamente brilhante, utilizado na conservação de alimentos enlatados. Sua magia está associada ao equilíbrio e à cura, devido à sua natureza maleável, que o permite ser incorporado com outros metais, compensando seus defeitos. Seu cristal é o quartzo fumê ou esfumaçado, este cristal possui uma variação de cores entre o castanho e o preto, e seu nome é derivado da crença de que existia fumaça em seu interior. O quartzo fumê cumpre com importantes funções ligadas à proteção, abertura de caminhos e concretização de objetivos.
Suas ervas são o eucalipto, alecrim e anis estrelado. O uso do eucalipto em banhos, defumações ou limpezas pode trazer proteção, bênçãos e positividade. O alecrim, por sua vez, é uma erva que pode ser utilizada em chás, banhos e pratos para trazer purificação, banimento e prosperidade. Já o anis estrelado é uma especiaria que pode servir para estimular nossa intuição, criatividade e nos proteger de energias negativas. Como se nota, todas as três ervas associadas à orixá Logunan atuam em nossa vida para nos livrar do mau agouro e nos proporcionar a cura.
A saudação de Logunan é "Olha o tempo, minha mãe!", tal saudação pede que você aponte o dedo indicador de uma das mãos para o alto, fazendo movimentos circulares, como se estivesse mostrando o tempo.
ORAÇÃO
"Amada e divina mãe Logunan! Aceite o despertar consciente de nossa religiosidade e de nossa fé no divino criador Olorum e beneficie-nos com vossa ação positiva e ordenadora, atuando em nossas mentes, ideias, criações e religiosidade. Livre-nos, ó mãe de fanatismos e excessos emocionais, ordenando e direcionando positivamente nossa religiosidade, para que jamais desvirtuemos nossa fé. Pedimos que nos receba em vosso amor e nos ampare em todos os sentidos, durante esta nossa jornada evolucionista no plano material, e que nos livre das tentações, cobrindo-nos com vosso véu cristalino da fé em Olorum conduzindo-nos pelo caminho reto, que leva todos os vossos filhos na direção da luz de nosso pai eterno. Mãe benevolente que nos auxilia em nossa caminhada, para obtermos o nosso progresso, tende piedade de vossos filhos que estão iludidos e desconhecem a verdadeira fé. Tende piedade daqueles que se deixam abater em cada provação pela qual tem de passar. Mãe Logunan que vossa luz ilumine a nossa umbanda, nos abençoando e nos trazendo fé, humildade e união, para que possamos trabalhar em prol da caridade e assim sermos merecedores do vosso amparo. Nós filhos de umbanda, pedimos a vós que clareie a nossa fé, fortalecendo-a para que não nos enganemos com falsas verdades. Pedimos o vosso perdão, mãe Logunan, se falharmos em nossa missão deixando o egoísmo e a vaidade tomar conta de nós, esquecendo o nosso próximo e nosso bondoso Deus supremo. Traga-nos, mãe Logunan, a vossa benção para termos segurança e coragem para seguirmos sem desistir, quando os momentos se tornarem difíceis. Que passamos continuar nossa luta sem perder a fé e sermos conduzidos pela vossa luz que nos levará ao encontro de deus. Apresentamo-nos a vós e solicitamos vosso amparo e vossa guia luminosa para nos conduzir tanto nos campos luminosos quanto nos campos escuros, sempre iluminados por nossa luz cristalina e amparados por nossa fé no nosso divino criador. Proteja-nos com vossa luz e com vossa força mágica, dando-nos o amparo necessário para cessar as atuações de forças malignas sobre nós. Alimente nossa alma, mãe divina, com vossa energia e irradiação de fé, nutrindo-nos com vibrações de religiosidade, para que trilhemos os caminhos retos do amor, da justiça divina e da fé, para acelerarmos nossa evolução. Salve amada mãe Logunan que nos traz o tempo da fé! Olha o tempo minha mãe."
Layla de Omolu.
terça-feira, 1 de agosto de 2023
Congá e Tronqueira
Congá e Tronqueira
O congá é o altar dentro do terreiro de umbanda, é o maior ponto de força, de firmeza dentro do terreiro, responsável pela recepção e irradiação de energia. Nele estão presentes as imagens de Orixás e de guias de umbanda, como caboclo, preto velho, malandro, possui também velas e pode ter flores e outros objetos conforme a necessidade e o fundamento daquele terreiro. Todo o trabalho gira em torno dele, então não se deve colocar elementos sem propósito em um congá, tudo deve ter um porquê. Alguns terreiros têm no seu congá imagens de santos católicos, geralmente esses terreiros utilizam o sincretismo e tem forte influência do catolicismo. Nenhum congá vai ser igual porque geralmente eles tem influência direta da coroa do pai ou mãe de santo (de quais Orixás que regem a coroa do pai ou mãe de santo) e do fundamento daquele terreiro .
Todos os objetos presentes em um congá são consagrados e imantados de energia positiva, vindas dos Orixás e dos guias que aquelas imagens representam. Como eu disse, o congá é um dos maiores pontos de força dentro de um terreiro, é ele que recebe a energia que vem do alto, de Deus, e é ele que emana essa energia para todo o restante do terreiro, pra que essa energia possa ser utilizada pelos guias, médiuns e pelos consulentes durante os trabalhos da cerimônia. Além de emanar a energia, o congá também vai atrair para si os pensamentos que pairam no ambiente, vai reduzir os miasmas e cargas negativas e condensar essa energia. É importante sabermos que um congá é diferente de um altar, como o que temos em casa. O congá tem firmezas e assentamentos, o que faz com que ele receba e movimente energias muito maiores do que um altar comum.
A tronqueira é outro ponto de força muito importante dentro do terreiro. É nela que está firmada e assentada a força dos Orixás da esquerda e de seus falangeiros, que são os guias que trabalham dentro do terreiro. É na tronqueira que são feitas as firmezas e oferendas para os Exus, Pombogiras, Exus mirins e Pombogiras mirins. Geralmente ela fica de frente pro congá e a função da tronqueira dentro do terreiro é de receber toda a energia negativa e a energia que utilizada durante os trabalhos, transformar essa energia e devolvê-la para a espiritualidade. Funciona como se fosse um filtro, filtrando e parando as sujeiras, digamos assim.
A Tronqueira exerce diversas funções dentro de um terreiro, mas tem como principal objetivo a proteção do espaço e das pessoas que nele estão. Ela é um ponto de força firmado no terreiro, ou seja, toda essa energia que emana dela é usada para os trabalhos dos guias da esquerda, que utilizam para os trabalhos de limpeza e proteção da casa e das pessoas. Essa energia tem também como finalidade ser a fonte que alimenta um campo de força energético no mundo espiritual, numa vasta área em torno do terreiro.
Sendo a energia que os Exus e Pombagiras manipulam mais densa, a tronqueira também é utilizada como uma espécie de para-raios, evitando que energias negativas entrem na casa para prejudicar o andamento dos trabalhos. Nesta mesma função a tronqueira serve como uma área de retenção, criando um portal para que sejam levados à espiritualidade alguns dos espíritos negativos que possam estar acompanhando os consulentes até o terreiro, e até mesmo algum destes seres que foram capturados durante os ataques espirituais que a casa sofre perante os trabalhos. Esses espíritos ficam retidos durante os trabalhos e depois serão socorridos, esclarecidos e encaminhados pela espiritualidade. Por este e outros motivos, o espaço da tronqueira é sagrado, permanece trancado, sendo permitido a entrada apenas de pessoas autorizadas.
Há uma história Nagô que conta sobre a origem da tronqueira, da seguinte forma:
Havia um grande comerciante de bom caráter que muito ajudava a comunidade. Ele era justo e até doava quiabo e inhame aos que não tinham dinheiro para pagar. Por seu sucesso, era invejado por muitos dos seus pares, que rogavam à Morte e à Doença que batessem em sua porta. Ao saber disso, o comerciante consultou um Babalaô e o Oráculo de Orunmilá, ele queria saber o que fazer para afastar um possível mal à sua integridade física. O Senhor do Destino, aquele que tudo viu e vê, confirmou que ele seria atacado pela doença e pela morte, que seus inimigos estariam, pela inveja e mau olhar, liberando os Ajoguns, forças espirituais destrutivas, que bateriam à sua porta. Para manter-se equilibrado e protegido contra estas forças, ele deveria realizar uma determinada reza com uma oferenda para Exu, na entrada de frente da sua casa e outra também na entrada dos fundos, que deveriam ser renovadas periodicamente. Assim o fez, conforme orientado pelo Babalaô. Passados alguns dias, a doença foi à casa do comerciante e, ao chegar na porta de entrada, deparou-se com Exu. A doença disse: “Me dê licença Exu, pois quero entrar”. Exu, que havia sido invocado e recebido as oferendas do comerciante, disse à doença que não permitiria a sua entrada; ela que desse meia volta e seguisse o seu caminho. A doença, no entanto, não se deu por contente e se une a morte e tentam entrar pela porta dos fundos. Mas lá também estava Exu, que não deixou ambos entrarem, dizendo-lhes que o destino do comerciante não previa ele voltar para Orun naquele momento e que ele teria vida longa e próspera, isso se mantivesse o seu caráter intacto como vinha fazendo. Desde este dia, Exu está na tronqueira (porteira) dos Terreiros, evitando que coisas negativas entrem.
Sendo assim, o congá e a tronqueira trabalham juntos, gerando o equilíbrio e segurança dentro do terreiro, para que os trabalhos ocorram da melhor maneira possível. Espero que esse texto tenha sanado suas dúvidas e agregado conhecimento para você, axé!
Layla de Omolu.
quarta-feira, 12 de julho de 2023
Ego, vaidade e espiritualidade
Ego, vaidade e espiritualidade
A busca pelo equilíbrio entre ego, vaidade e espiritualidade é uma jornada complexa e desafiadora. O ego representa nossa identidade individual, o senso de eu, muitas vezes guiado por desejos e necessidades pessoais. A vaidade, por sua vez, é o apego excessivo à imagem e à aparência externa, buscando validação e reconhecimento externo. Já a espiritualidade refere-se à conexão com algo maior do que nós mesmos, à busca de significado e propósito na vida.
Quando o ego domina, a vaidade pode se manifestar como um desejo insaciável de poder, riqueza e status, levando à competição, arrogância e até mesmo à exploração dos outros. Por outro lado, a espiritualidade nos convida a transcender o ego e a vaidade, direcionando nosso foco para valores mais elevados, como compaixão, gratidão e serviço aos outros.
Ao cultivarmos uma prática espiritual, aprendemos a deixar de lado a necessidade de validação externa e a encontrar a verdadeira satisfação interna. A espiritualidade nos lembra que somos parte de um todo interconectado, e que a busca por felicidade e plenitude não deve ser baseada em conquistas materiais ou aparências superficiais.
É importante reconhecer e trabalhar nossas tendências egoístas e vaidosas, buscando um equilíbrio saudável. A espiritualidade nos ajuda a desenvolver a humildade, a aceitação e a compreensão, permitindo que nos libertemos das amarras do ego e da vaidade. Ao nutrir nossa conexão com algo maior, encontramos uma verdadeira paz interior e uma maior realização pessoal.
Portanto, é essencial buscar uma jornada espiritual que nos ajude a transcender as limitações do ego e a vaidade, permitindo-nos viver de forma mais autêntica e significativa. Nesse caminho, encontramos um senso de propósito mais profundo e nos tornamos mais conscientes do impacto que nossas ações têm sobre nós mesmos e sobre o mundo ao nosso redor.
Pai Igor de Oxum .’.
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Pretos Velhos
Pretos Velhos
A Umbanda assim como outras religiões praticam o culto aos seus ancestrais, porém na Umbanda o culto é mais nítido, pois se cultua os ancestrais daquele País. Esse culto é dividido em linhas de trabalho, como por exemplo, caboclos, pretos velhos, marinheiros, boiadeiros, baianos, ciganos entre outras. Cada uma dessas linhas vem nos trazer valores baseado na maioria das vezes em um arquétipo. Valores esses que precisam ser trabalhados para que consigamos uma ascensão na nossa evolução espiritual.
Neste texto trataremos sobre os Pretos Velhos e para entender nossa ancestralidade é preciso conhecer a história, assim será mais fácil compreender o trabalho dessas entidades. Abordaremos alguns marcos históricos que foram importantes na formação da nossa sociedade e também do próprio arquétipo.
Iniciaremos abordando a escravidão, que ao contrário do que muitos pensam, não ocorreu apenas com os negros africanos. A escravidão é uma das praticas mais antigas da humanidade, praticada desde os tempos do Egito Antigo. A escravidão na Africa começou com a exploração da mão de obra para trabalhos domésticos, obtinham essa mão de obra principalmente através de guerras, era comum conflitos entre os vilarejos, quando um vilarejo era vencido na guerra parte de sua população era escravizada. Com o passar do tempo essa prática se tornou uma fonte de renda para muitos africanos, fomentada pelas relações comerciais entre os europeus e os africanos que se estabeleceram com o período das grandes navegações.
É importante salientar que essas relações comerciais incentivaram ainda mais as lutas internas no continente africano, pois alguns povos que detinham maior poder militar subjugavam outros povos a fim de revendê-los como escravos.
Em decorrência das grandes navegações os portugueses chegaram ao território brasileiro, onde encontraram a população nativa, os índios. Com o inicio da colonização iniciou-se a escravidão no Brasil, pois os portugueses precisavam de grande mão de obra principalmente para o trabalho na lavoura.
A escravização foi primeiro praticada com os índios, porém estava se mostrando muito conturbada para os portugueses, pois o Índio tinha dificuldade em fazer trabalhos contínuos, além de que na cultura indígena o serviço de lavoura era caracterizado como serviço para as mulheres. Outro fator que dificultava muito a exploração dos Índios era quanto ao seu conhecimento das matas, isso facilitava muito as fugas. Além de que a população indígena foi diminuindo drasticamente, pois os Índios não estavam adaptados às doenças trazidas pelos portugueses, os jesuítas também exerceram grade pressão para que cessasse a escravidão dos índios, pois queriam catequiza lós, mas isso não garantiria a eles liberdade nem direitos.
Diante de todas as conturbações os colonizadores resolveram trazer escravos africanos para cá, é importante mencionar que os portugueses já exploravam a mão de obra dos escravos africanos na Europa. Teve início assim o tráfico negreiro, que por séculos desembarcou milhões de negros em território brasileiro para que fossem explorados como escravos.
Como mencionado anteriormente, os conflitos eram intensos entre as tribos lá na África, isso não acabava quando desembarcavam no Brasil. Inclusive era uma preferência dos donos de escravos que eles fossem de tribos diferentes, para dificultar a comunicação entre os escravos dificultando assim uma rebelião e também era mais fácil um negro delatar o outro sobre sua pretensão de fuga.
A escravidão foi um período muito difícil tanto para os negros quanto para os índios, em dado momento os negros e os índios se uniram, pois compartilhavam das mesmas aflições.
Com o passar do tempo os líderes dos escravos notaram o que poderia unir os negros seria a prática de suas religiões, através do culto aos Orixás, pois a maioria vinha dessa prática. Como é sabido esse tipo de prática era proibida e para que fosse feita tinham que se realizar durante a noite enquanto seus senhores dormiam, era aí que o negro contava com a ajuda dos donos da terra, os Índios, para sair mata a dentro em busca de cultuar seus orixás através das forças da natureza.
No decorrer dos anos foram surgindo vários movimentos abolicionistas, colocando pressão para que a escravidão acabasse, o processo foi muito lento, iniciando com a Lei do Ventre Livre, seguida pela Lei do Sexagenário, até quem em 1888, no dia 13 de maio a abolição da escravidão ocorreu no Brasil, através da Lei Áurea. Para muitos era uma grande conquista, mas estava longe de ser uma grande vitória, pois a lei não veio acompanhada de medidas para inserir a população negra na sociedade, estima-se que com a abolição através da Lei Áurea mais de 700 mil escravos foram libertados. Essa parcela da população continuou sendo marginalizada, não tendo acesso a terras, a educação e nem a oportunidades dignas.
Diante do novo cenário o negro ficou a própria sorte, tendo que buscar todo e qualquer meio para manter sua sobrevivência, era muito comum á época realizarem trabalhos espirituais em troca de dinheiro ou mesmo de alimento. Eram conhecedores das magias e de plantas, podendo elas serem usadas tanto para o bem quanto para o mal.
A manifestação de espíritos que se apresentava como negros e índios já ocorria em outros cultos, e que também começou a ocorrer nas sessões kardecistas.
Em meados da metade do século XIX o espiritismo vem chegando no Brasil, trazido pelos membros da alta sociedade brasileira que em visitas à Europa conheciam o espiritismo e começaram a trazê-lo e difundi-lo em nosso país. As sessões eram direcionadas para os membros da Corte Brasileira, os burgueses e os escravocratas, eram eles quem financiavam os materiais espíritas. É importante esclarecer que nessa época a escravidão continuava a ser explorada. Era óbvio pelo contexto vivido no momento que esses membros da alta sociedade não aceitariam receber espíritos que se apresentavam como sendo negro ou Índio, afinal para eles essas pessoas não tinham qualquer conhecimento ou estima para trazer mensagens, além de que para a doutrina que seguiam esses espíritos eram considerados atrasados em grau evolutivo.
Quebrando paradigmas, a anunciação da Umbanda ocorreu na Federação Espírita de Niterói, no Rio de Janeiro, onde através do Médium Zélio Fernandino de Morais um Caboclo (Caboclo das Sete Encruzilhadas) se manifestou anunciando uma religião em que todos seriam tratados iguais, seja encarnado ou desencarnado. Onde ao contrário do espiritismo seria bem vindas as mensagens trazidas pelo amigos de luz que se apresentavam como Índios ou Negros.
No dia 16 de novembro de 1908, pouco mais de 20 anos após a abolição da escravidão houve a primeira manifestação de um preto velho na Umbanda, através do médium Zélio, Pai Antônio se manifestou, dessa manifestação surgiu o primeiro ponto cantado, decorrente de uma pergunta feita a Pai Antônio sobre o que ele sentia saudade do tempo em que aqui estava encarnado, ele respondeu que sentia saudade de seu cachimbo que havia ficado no toco. Além do ponto cantado surgiu o uso de instrumentos na Umbanda, essa entidade também foi quem pediu a primeira guia, que até hoje é utilizada por nós umbandistas.
Diante de tudo que até aqui foi falado, passaremos agora a falar sobre o trabalho dos Pretos Velhos na Umbanda, compreendendo a importância de entender todo o contexto histórico para a compreensão do quão importante foi a figura dos negros na formação do nosso país, da nossa cultura e do próprio arquétipo que os Pretos Velhos trazem.
Muitos Pretos Velhos podem se apresentar como Tio, Tia, Pai, Mãe, Vô ou Vó. Com base no sofrimento, na dor da época da escravidão eles vem nos trazer a sabedoria, perseverança, humildade e paciência. Virtudes essas muito difíceis de serem praticadas na atualidade.
Muitos subestimam a força de um preto velho tendo como base seu arquétipo, fala mansa, falam com todo o jeitinho, mas não se deve esquecer que são seres de grande conhecimento. Trazem consigo o conhecimento de magias divinas e a manipulação de ervas, muitos falam que Preto Velho é mandingueiro, exatamente por conhecerem as magias, trazidas de seus berços ancestrais.
A manifestação dos Pretos Velhos através do seu arquétipo já nos mostra o que eles vem nos transmitir, sentados em seus banquinhos ou tocos trazem a humildade, curvados como anciãos, trazem sua sabedoria adquirida de suas vivência, através da representação dos negros que aqui tanto foram exploradas, trazem a sua perseverança, a paciência e acima de tudo a fé. E não há exemplo maior de fé que a dessas entidades, mesmo tendo sofrido tanto nesse país, muitos desencarnados pelo açoite dos chicotes e hoje vem nesse mesmo lugar trazer sua sabedoria e amor.
Os Pretos Velhos trabalham na linha da evolução, da transformação, são regidos pelo orixá Obaluaê. Seu dia de comemoração é o dia 13 de maio, dia em que foi abolida a escravidão no Brasil. Seu dia da semana é a segunda-feira. Tem como cor o preto e branco. Seu ponto de força é o Cruzeiro das Almas. A saudação é Adorei as Almas!
Utilizam como elementos o cachimbo, que foi o primeiro elemento trazido para a Umbanda, como já mencionado acima, o cigarro de palha, os terços, rosários, as ervas, o café, entre outros.
Esses são os Pretos Velhos, que com um simples estalar de dedos, uma batida de bengala no chão, o sopro de seu cachimbo tem o poder de dissipar energias negativas, afastar espíritos com baixa vibração de perto de seu consulente.
“Salve a força de todos os Pretos velhos de Angola, do Congo, dos Reinos de Aruanda e de todo território Africano”.
Adorei as almas!
Júllia de Iansã.
segunda-feira, 27 de março de 2023
Construa um futuro melhor deixando o passado para trás
Construa um futuro melhor deixando o passado para trás
Deixar o passado para trás pode ser uma maneira de começar uma nova vida. Todos nós temos feridas abertas, sofrimentos, mágoas e receios do passado. Cada vez que voltamos a essas lembranças, nos sentimos mal, culpados, ansiosos e tristes. Pensamos que poderíamos ter feito algo diferente, mas a verdade é que o passado já se foi e não há como repará-lo. Tentar mudá-lo é cometer o mesmo erro de maneira diferente.
Então, qual é a importância do passado? Ele serve para aprendizado e progresso humano. Por exemplo, se você tenta apagar uma vela com as mãos e se queima, essa experiência serve como aprendizado de que não é uma escolha inteligente. Contudo, muitas pessoas ficam presas nessa lembrança, focando apenas na dor e não na lição aprendida.
Para evoluir, precisamos avaliar nossas escolhas no passado e aprender com elas. Aceitar, perdoar e nos libertar do passado é uma forma de dar uma chance a nós mesmos. Não devemos viver em abismos de culpa e sofrimento, mas sim seguir em frente. É importante compreender que a mudança começa em nós mesmos. Não podemos mudar o passado, mas podemos escolher um futuro diferente. Acredite que você é merecedor dessa mudança e dê a si mesmo essa oportunidade.
Pai Pequeno Kah de Oxóssi.
terça-feira, 21 de março de 2023
A diferença entre entidades e espíritos encarnados
A diferença entre entidades e espíritos encarnados
As Entidades sabem de tudo?
Não são raras as vezes em que, durante uma consulta com uma entidade, ficamos impressionados com suas revelações. Muitas vezes são ditas verdades que nem a própria pessoa havia percebido antes de ter sido dito, outras tantas vezes são reveladas coisas que somente a própria pessoa sabia. As entidades fazem isso não para demonstrar poder ou impressionar, na verdade, isso é necessário em vários momentos, tais como quando a pessoa precisa compreender a raiz de um problema para poder transformar sua realidade, mas está em processo de negação que ela foi a causadora da situação da qual se encontra.
Apesar de os guias não terem a intenção de impressionar, na prática isso ocorre muito, sendo então comum ver novos médiuns e novos consulentes (visitantes) idolatrando entidades, acreditando que elas tudo sabem e que falam e fazem acontecer. Acreditam que qualquer entidade está em um grau muito superior de evolução espiritual do que qualquer encarnado. Já outros iniciantes são como São Tomé e querem ver para crer, fazem perguntas difíceis e tentam induzir o médium/guia ao erro, para tentar provar que a incorporação é ou não real. O objetivo desse breve texto é fazer uma reflexão sobre isso e desmistificar essas meias verdades.
Para iniciar nossa reflexão podemos afirmar que não é verdade que as entidades sabem de tudo. As entidades nada mais são do que espíritos como nós que também estão em processo evolutivo. Qual seria a lógica de tudo saberem? A partir desse questionamento o leitor pode se perguntar, mas se o guia não sabe tudo, como esse guia poderá ajudá-lo? Para compreender isso podemos fazer uma analogia que se encaixará como uma luva: quando um adulto supervisiona uma criança (ou adolescente) para não fazer algo porque é perigoso ou porque pode lhe causar males físicos, financeiros emocionais ou biológicos, não quer dizer que o adulto tem um espírito mais capacitado ou que quando fora criança nunca fez tais coisas que hoje aconselha não fazer. Pelo contrário, aquele adulto que sofreu, por exemplo, com males como diversos vícios e viu o quanto aquilo o prejudicou fará a melhor propaganda contraria a tais vícios, não importando quais vícios ou más escolhas sejam (drogas, sexo, jogos de azar, abandono dos estudos etc.). A analogia é muito boa, porque nem a vida da criança, nem do adulto e nem mesmo a do espírito tem menos desafios. Cada um encontra uma dificuldade diferente que muitas vezes é difícil para o outro entender se ele não lembra de ter passado por essas experiências. O adulto apesar de não ser necessariamente “mais evoluído” que a criança, já passou por muitos dos desafios que a criança passa e já aprendeu muito com experiências próprias e de terceiros. Da mesma forma, um espírito desencarnado, consegue observar a situação sem as amarras da matéria, focado no verdadeiro propósito da vida, sem as tentações da carne, dos bens e do dinheiro. Além disso, o espírito desencarnado pode usar de suas experiências vividas para encontrar solução para um problema similar ao que já passou. E por fim, ele não está preso ao tempo, o que facilita na visualização de possíveis resultados das ações atuais.
Voltando as questões iniciais, o leitor pode também se questionar, se o guia não sabe tudo, como é que em algumas consultas se diz o que somente o consulente sabe ou que nem mesmo ele havia percebido? Quanto a esses acontecimentos devemos lembrar que temos nossos guias espirituais que nos acompanham em nossa jornada terrena, esses sim o conhecem profundamente e intimamente. Podemos tirar ai uma possível causa das revelações desse tipo, isso acontece quando é permitido que nossos guias espirituais revelem aquela determinada informação para o nosso bem e aprimoramento.
Quanto aos visitantes que vem ao terreiro para testar a entidade, o que podemos dizer é que cada um encontra o que busca. A entidade não vem ao terreiro para se provar ou ser admirada, vem, sim, para executar seu trabalho de amor e caridade. Como as entidades não sabem tudo, buscar informações não reveladas pelo consulente podem demandar um grande esforço energético, que não está nos planos desses espíritos fazer para se provarem (algumas vezes essas provações acontecem, mas porque o consulente precisa daquela lição e não porque o espírito quer se provar). Se o visitante quer duvidar, que duvide. Os guias não pedem a aprovação de ninguém, deixam que duvidem ou falem mal, enquanto isso eles gastam suas energias de forma útil buscando informações e gerando oportunidade para quem precisa e merece.
Gosto de lembrar que não existem verdades absolutas, essas são apenas reflexões que me vieram e pareceram úteis, que cada um se sinta a vontade para comentar, discordar e enriquecer nossa discussão.
Axé!
Ricardo de Ogum Matinata
quinta-feira, 9 de março de 2023
O poder das ervas
O poder das ervas
A Umbanda tem fundamento, assim como todos seus rituais, não podendo ser caracterizados como segredos, mas sim mistérios. Há explicações fundamentadas nessa religião, não possuindo diferença os rituais que lidam com a Natureza, em sua especificidade, dos rituais com ervas, amplamente utilizado na Umbanda.
Ampliando o olhar para a grandeza da Umbanda, da Mãe Natureza e seus infinitos mistérios, podemos exemplificar que a magia vivenciada em uma incorporação também se encontra presente em uma defumação ou banho de ervas, de uma maneira diferente é claro, igualando-se o clamor ao Divino e a evocação dos espíritos de luz.
Assim como em uma simples oração, na Umbanda e no trato com as ervas faz-se necessário a ativação, podendo ser explicada como um “depositar de crença ou fé” naquilo que se está fazendo, pedindo auxílio aos seres de luz, licença aos orixás e a graça do Pai Maior para que a energia ali existente seja transmutada àquilo que se pretende, em todas as situações, aquele que guia o trabalho é um instrumento da graça de Deus, podendo evocar as forças da Natureza, de Olorum e todos os orixás, ativando as forças ali existentes e direcionando ao objetivo, sendo o ativador da magia que ocorrerá através das ervas, do poder energético e da fé.
Todo ser é ritualístico, segue um ritual ao acordar ou para dormir, seja escovar dentes e tomar café ou tomar banho, trocar de roupa e dormir, a ordem dos fatos e o costume torna essa ordem de ações um ritual. Havendo pois também um ritual ao pedir licença a Mãe Natureza, retirar a erva do pé, lavá-la e prepará-la para o que será feito, ou seja, a ordem de ações para se preparar o chá, banho ou defumação.
Em síntese, a magia com as ervas se dá na ativação delas durante o ritual, através da intervenção de diversas forças da natureza e do nosso Pai Maior, devendo o ativador, instrumento da força divina neste momento, especificar ao clamar auxílio e ao ativar as ervas o objetivo do ritual, bem como solicitar que beneficie a si mesmo e aos demais, embasando-se sempre no amor e na caridade, fundamentos da Umbanda. Tornando então um simples banho, defumação ou até mesmo um chá em um poderoso remédio astral, eliminando energias, protegendo e até mesmo curando a si mesmo e a demais pessoas.
Através do ritual de ativação, há o depósito de fé e energia, bem como ajuda dos seres de luz, sendo factível e tangível aos simples humanos, quaisquer sejam eles, desde que credores no que fazem, a realização de grandes objetivos através das ervas, que é um dos presentes do Pai Maior, assim como a oração, para transformação de egrégoras, energias e auras, cujo poder ainda é muito desconhecido pela maioria das pessoas.
Como disse o Caboclo Guajajara: “Se as pessoas soubessem o poder que uma oração tem, rezariam mil vezes mais ”, ensinamento válido também às santas ervas, cabendo a nós aprendermos a lidar através do bom senso e do conhecimento, para posteriormente ativar, aliados a fé e a ajuda da Mãe Natureza e do Pai Maior, o poder das ervas em nosso favor e daqueles que precisam de auxílio.
Posto isso, que estudemos as ervas para conhecê-las e obtermos o bom senso do ritual de ativação, clamando às forças divinas, transformando então “simples” ervas, de várias formas utilizadas, em fortes magias em prol do amor e da caridade, lembrando-nos sempre de que : “Quem tem fé tem tudo, que não tem fé não tem nada..”
Mylene de Xangô.