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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Eguns e Kiumbas

 Eguns e Kiumbas


Vamos lá! “Todo kiumba é um Egum, mas nem todo Egum é um kiumba!”
 
    Eguns são espíritos que já desencarnaram, e Kiumbas exatamente a mesma coisa. No entanto, existe, entre eles, uma diferença significativa: o nível de evolução espiritual. As Kiumbas são espíritos que ainda não tem uma evolução, são rudes e atrasados na escala de evolução espiritual, muitas das vezes se passam por entidades em alguns terreiros, na maior parte das vezes se passam por Exus, e trazem um ponto de vista negativo para essa linha de Guardiões, geralmente eles conseguem adentrar em um terreiro que não tem tanta firmeza, assim como os que vemos em alguns vídeos na internet. Essas Kiumbas acabam deturpando, e trazendo uma imagem negativa a essa linha de trabalho que é tão importante para os terreiros de Umbanda.
    Geralmente as entidades que trabalham nas linhas de Umbanda, estão em variáveis graus de evolução, podendo sempre ter alguns em graus mais elevados. Mas, o que não se pode negar, é que essas entidades, tanto Caboclos, Pretos Velhos, Marinheiros, Sereias, Exus, Boiadeiros, já chegaram a um nível de evolução que os permitem trabalhar dentro da egrégora do terreiro de Umbanda, auxiliando os filhos que os procuram. Esses são Eguns com níveis de evolução mais elevados. O que acontece com os recém desencarnados, ou seja, eguns é a confusão natural da sua nova condição associada a uma vontade, ás vezes, bem intencionada de ajuda aos que ficaram, por isso, normalmente nas consultas das sessões ouvimos esses aviso
 
"Você está com o encosto de um egum muito perigoso!”


    E sim, irmãos isso pode acontecer, uma vez que Egun é todo espírito desencarnado, e estes podem estar desencarnados a pouco tempo, e pode ser que fique muito próximo de seus entes queridos, e agindo assim pode acabar atrapalhando a vida dos mesmos, principalmente pela diferença no padrão vibratório. 
    Kiumbas são seres espirituais que vibram em uma energia mais baixa, uma energia mais negativa, estes espíritos se encontram em um estágio de evolução espiritual que os inclina a manifestar comportamentos ou intenções negativas. Esses espíritos podem ser atraídos por energias semelhantes às deles, ou por ambientes onde prevalecem sentimentos de baixa vibração, como a raiva, o ódio, o ciúme, inveja, dentre outros. Sua atuação pode influenciar negativamente o ambiente e as pessoas, gerando conflitos, ou até mesmo enfermidades físicas e espirituais.
   A Umbanda busca, através de seus rituais, não somente afastar esse tipo de entidade, mas também auxiliá-las em seu processo de evolução. O “ trabalho” com essas entidades é realizado com muito cuidado e respeito, sempre sob a orientação de entidades de luz e de sacerdotes experientes, que utilizam de conhecimentos e ferramentas específicas para lidar com as energias envolvidas. Isso inclui o uso de defumações, banhos de ervas, passes energéticos e rezas, que visam não só a proteção espiritual dos envolvidos, mas também o encaminhamento desses espíritos para planos de luz onde possam encontrar paz e renovação.
    Os Kiumbas, portanto, nos lembram da importância do equilíbrio entre as forças positivas e negativas que regem o universo. Eles destacam a necessidade de vigilância constante sobre nossos próprios pensamentos, ações e emoções, pois é através dessas vibrações que podemos atrair ou repelir tais entidades. A Umbanda, com sua sabedoria e compaixão, ensina que a luz é capaz de transformar as sombras, promovendo a cura e o crescimento espiritual tanto dos encarnados quanto dos desencarnados.

Sobre Kiumbas e o atraso em evolução: ATRASO EM EVOLUÇÃO APENAS QUER DIZER QUE ESTÃO AFASTADOS DE DEUS. PODEM TER MUITO PODER E TER MUITO CONHECIMENTO!
 
    O Livro II dos espíritos (Capitulo 1) aborda o tema da evolução dos espíritos e sua classificação no mundo espiritual. São realizadas quatro perguntas ao espírito da verdade que serão apresentadas, a seguir:
 
– Pergunta 1: Os Espíritos são iguais, ou existe, entre eles, algum tipo de hierarquia?
Resposta: “São de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham chegado.”
 
– Pergunta 2: Há um número determinado de ordens ou de graus de perfeição entre os espíritos?
 Resposta: “Este número é ilimitado, porque, entre essas ordens, não há uma linha de demarcação traçada como barreira e, desta forma, podem-se multiplicar ou restringir as divisões à vontade; todavia, considerando-se os caracteres gerais, pode-se reduzi-las a três principais.” “Na primeira ordem, situam-se os que atingiram a perfeição: os puros Espíritos. Os da segunda chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é a preocupação deles. Os da última ordem ainda estão na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. São caracterizados pela ignorância, o desejo do mal e todas as más paixões que retardam o seu adiantamento.”
 
– Pergunta 3: Os espíritos da segunda ordem possuem somente o desejo do bem; têm eles, também, o poder de praticá-lo? 
 Resposta: “Eles têm este poder, conforme o seu grau de perfeição: uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade, todos, porém, ainda têm provas a suportar.”
 
– Pergunta 4: Os Espíritos da terceira ordem são todos essencialmente maus?
Resposta: “Não; uns não fazem o bem nem o mal; outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos, quando encontram ocasião de praticá-lo. E há, ainda, os Espíritos levianos ou travessos, mais perturbadores do que maus, que se comprazem muito mais na malícia do que na maldade, encontrando prazer em mistificar e em causar pequenas contrariedades, de que se riem.”
    Além de Eguns e Kiumbas temos outras classes e subclasses de espíritos, os quais vamos exemplificar abaixo:
Espíritos sofredores: prejudicam os encarnados alimentando suas vibrações negativas e induzindo ao vício para tentar sanar suas próprias mazelas.
Zombeteiros: escondem coisas, se passam por guias em outras religiões, se passam por seres elevados em comunicações, confundem as pessoas. Tem o objetivo de se divertirem, de alimentar suas vaidades. Apesar de não serem seres entregues as trevas prejudicam as pessoas atuando em seus vícios e fraquezas, não por intenção de prejudicá-las, mas por simples satisfação pessoal.
Kiumbas: Já costumam estar ligados a magia negativas, recebem algo para prejudicar alguém. Tem conhecimento e algum poder. Como se fossem um Soldado das trevas.
Magos negros: atuam coordenando e escravizando legiões de Kiumbas. Aceitam trabalhos pagos, cobram altos preços. Podemos associar a um Coronel das trevas
Dragões: Podemos associar a um Governador das trevas.
    Utilizam de elementos magisticos tais como sacrifícios, álcool, fumo e intenções negativas para atingir o alvo. O alvo é cercado por aquela energia que enquanto ele não se desestabiliza pode não fazer efeito. Assim que é desestabilizado essa energia se acopla ao campo áureo da pessoa a prejudicando e para nos desestabilizar é utilizado das nossas fraquezas.

Ricardo de Ogum Matinata, Thais de Oxumaré e Khayllanne de Iansã

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Amor Próprio na Evolução Espiritual

 Amor Próprio na Evolução Espiritual


Esse é um tema, que, prefiro escrever de próprio punho. Ao invés de me basear na vivência de outras pessoas.

    Amor próprio na visão da maioria, não generalizando, é o famoso, olhar no espelho e gostar do que vê, do físico. Mas conforme vamos evoluindo e aprendendo, vamos percebendo que, não é somente isso. É gostar também do que somos por dentro, e moldar o interior, é muito mais complexo, do que se pode imaginar. Por que, mesmo trabalhando pra ser uma pessoa melhor, ainda podemos nos deixar levar pelo ego de: sou uma pessoa bonita por dentro e por fora. E quando o ego entra, o amor sai. 
    O amor começa nos pequenos detalhes, por exemplo, no se permitir fazer coisas que trazem uma sensação prazerosa, seja ela de tomar um sorvete, assistir a algo que gosta, tomar um banho demorado, dentre tantas outras coisas, que é muito relativo para cada um.
    O amor próprio é sobre como nos tratamos, mas também sobre como tratamos nosso próximo. O amor é simplesmente amor, se cuidar nos pequenos detalhes, nas coisas simples do dia a dia, sem ser egoísta consigo mesmo, nem com o próximo. Para nos amarmos,  não precisamos diminuir outras pessoas. É impor limites do que aceitamos para nós, respeitando também o limite do próximo, que muitas vezes esperamos ser tratados de determinada maneira, mas será que a pessoa a qual depositamos tal expectativa, consegue nos retribuir exatamente como gostaríamos? 
    Muitas vezes não, e tá tudo bem, porque se há amor em nós, podemos nos amar e passar amor às pessoas que não conseguem fazê-lo. Como diz na oração a qual oramos em todas as giras: Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
    É isso, se amar a tal ponto, que possamos inundar a nós mesmos e as pessoas as quais convivemos com esse amor.





    É um processo lento e doloroso, aonde temos que nos desconstruir, para construir novamente, nos despir de todas as armaduras acumuladas ao longo das decepções as quais vivenciamos, para perdoar, até mesmo aqueles que nunca nos pediram perdão, pois aonde há mágoa e rancor, não há como existir amor. A mágoa, rancor ou ódio, são sentimentos que enquanto sentimos, é como se bebêssemos um veneno, esperando que outra pessoa morra, para nos amarmos, precisamos de cura, que só cabe a nós mesmos. 
    É um processo que precisa de muito estudo, naquilo que cremos, no que desejamos nos tornar, que são em passos de formiga, as vezes até menores que os passos de uma formiga, que necessita de auto conhecimento. É entender que nem todo dia conseguiremos entregar tudo, e tá tudo bem também, todos nós somos tudo ao mesmo tempo, se for preciso chorar, deixe as lágrimas caírem, faz bem, alivia, e amanhã é outro dia. É o respeito para com nós mesmos. No fim, se torna um auto cuidado, com misto de gratidão, e felicidade.
    Que possamos nos amar enquanto ainda é tempo, nos amar a ponto de inundarmos todos ao nosso redor com esse amor.

Milena de Oroiná

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Papel da Família na Evolução Espiritual

 Papel da Família na Evolução Espiritual 

    A aparência física, a condição social, o DNA de cada um será como deve ser e não são pautados no orgulho. Tudo contribui para a evolução do espírito e nada é por acaso. Podem haver mudanças nas condições financeiras e melhoras físicas, de acordo com a caminhada da pessoa. 
    De acordo com o Livro dos Espíritos aquele que caminha depressa se poupa das provas. Nossos parentes têm ligação com afeições de vidas anteriores. Os espíritos estão ligados a vínculos anteriores, não necessariamente por parentes de sangue. A busca por crescimento espiritual é constante.



    No livro 3, capítulo 7 do Livro dos Espíritos nos é explicado que os animais vivem da vida material e não da vida moral. Os animais cuidam de suas crias para conservação delas e quando estas bastam à si mesmas a natureza não pede mais nada, pois há somente a necessidade física. O homem já têm uma necessidade para além da necessidade física, a necessidade de progresso. Fazendo uma citação direta do Livro dos Espíritos: “Os laços sociais são necessários ao progresso e os laços de família estreitam os laços sociais. Eis aqui porquê os laços de família são uma lei natural. Deus quis que os homens aprendessem assim a amar-se como irmãos.”
  O relaxamento dos laços de família trazem como resultado para a sociedade uma intensificação do egoísmo. Sobre semelhanças físicas e morais entre pais e filhos, pode ou não haver a semelhança moral pois são espíritos diferentes. Se há semelhanças morais, são espíritos atraídos por terem tendências semelhantes.
    Sobre a importância dos pais na vida dos filhos, o livro dos espíritos comunica que: “Os espíritos dos pais têm por missão desenvolver os dos seus filhos pela educação; é para eles uma tarefa: se falharem serão culpados … Um mau espírito pode pedir pais bons, na esperança de que seus conselhos o encaminhem para um caminho melhor, e frequentemente Deus lhe concede.”

Melhorar o espírito do filho a que lhes foi confiado é dever dos pais. Os maus filhos são uma prova para os pais.

Nayara de Oxalá

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Orixá Iemanjá

 Iemanjá 

    Iemanjá, na África Ancestral, era cultuada pelos Egbá, nação do povo Iorubá da região de Ifé, onde era considerada a divindade do rio que deságua no mar, sendo Olokum, a grande orixá dos mares. Devido a isso, sua saudação “Odoyá” significa “Salve a Senhora do Rio”. Lá, eles acreditavam que Iemanjá se manifestava em qualquer corpo de água. Seu culto se modificou com a escravização do povo africano e a colonização das Américas. 
    Em terras brasileiras, uma junção de culturas formaram a imagem e o culto da Iemanjá que conhecemos. A isso também se deve suas diversas datas comemorativas – que depende do sincretismo e do terreiro. Quando sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes (padroeira dos marinheiros, pescadores e jangadeiros), seu dia é comemorado em 02 de fevereiro. É conhecida por diversos nomes, desde Janaína, Iara, Mãe D’água, Sereia, Inaê, Mukunã, Marabô, Princesa de Aiucá, Dandalunga, Rainha do Mar, entre outros que surgiram através da mistura com a cultura indígena, o catimbó de Jurema, as práticas de Umbanda, e outros mais, dependendo da região. 
    Ela também é conhecida como Senhora da Calunga Grande – que se refere ao mar, a enormidade de seu destino e de seu horizonte. Foi na Calunga Grande que foram atirados os corpos dos africanos colocados nos navios negreiros que acabaram morrendo devido aos açoites, doenças e à fome. O guardião da Calunga Pequena (cemitério/terra) é Omolu, que polariza com Iemanjá, na 7ª linha da Umbanda, a Linha da Geração.


    Na Umbanda, todas as linhas funcionam em equilíbrio (e assim também deve funcionar as nossas vidas), portanto, Omolu é o polo absorvedor, enquanto Iemanjá é o polo irradiador. Ou seja, Omolu encerra um ciclo para que Iemanjá possa criar outro. Aqui vem um ponto importante: a geração de Iemanjá não está ligada ao nascimento, mas sim à transformação. Ela atua no que já existe para que possa ser aprimorado. Devido a isso, é considerada a Grande Mãe, mãe de todos os orixás.     
    Por ter essa qualidade geradora, a força de Iemanjá se expande a tudo que vive, tornando todos os seres, criaturas e espécies muito criativos e capazes de se adaptarem às condições e meios mais adversos. A ela está ligado o poder da compaixão, do perdão e do amor incondicional. Iemanjá é o sentido da união, é o desejo de vermos quem amamos a salvo e em paz. Sempre presente nos nascimentos (momento em que ampara nossas cabeças), cuida de nossos oris, nos entregando o sentido da vida e trabalhando nosso equilíbrio emocional e saúde mental. Nutridora por essência, é a mãe que banha a terra com fertilidade, afastando a aridez da vida. Abundância e expansão são símbolos presentes em Iemanjá. Prova disso é o seu entrelaçamento aos oceanos, fundamentais para nossa existência, proporcionando oxigênio, regulação climática e nutrindo a vida. 
    Ela também é responsável por reger os ciclos naturais ligados às águas, gerenciando as fases de "mudanças" nas mulheres, que acontecem, também, devido aos ciclos da lua. As diferentes fases da lua – que, com seu magnetismo, possui grande influência sob os mares e a natureza – também são regidas por ela. Nas imagens e representações de Iemanjá, ela carrega um de seus símbolos, o Abebé, um espelho cuja face está virada para o lado exterior, apontando para outra pessoa. Existe uma lenda a respeito deste espelho, que é a seguinte: 
“Um dia um reino resolve declarar guerra a Yemanjá, deusa das águas e dos mares, sabendo que ela não tinha um exército ou guardas que a protegiam. Depois de muito pensar no que deveria fazer para se proteger e vencer a batalha, Yemanjá resolve colocar espelhos de todas as formas e tamanhos na beira do mar. Quando chega a hora da batalha, ela se coloca próxima aos espelhos com uma espada em punho e, quando seus inimigos chegam perto, assustam-se com as suas próprias imagens distorcidas refletidas nos espelhos, então fogem apavorados contando ao seu rei que Yemanjá não é sozinha como haviam pensado, e possui um exército de criaturas horríveis.” 
    Esta lenda nos mostra que o espelho de Iemanjá não mostra apenas a outra pessoa, que o está mirando. O espelho dela também reflete a nós mesmos. Quer maneira melhor de se conhecer do que se ver no outro? A maneira como tratamos as pessoas diz muito sobre nós. É por isso que Iemanjá nos convida a olhar para o outro com mais gentileza e compreensão. Ela vem transformar nossos laços, através do amor e do perdão. Perdão esse que precisamos dar primeiro a nós, para que depois possamos dar ao outro. Ela nos chama a quebrar o casulo do nosso conforto, a não ter medo da dor, pois não existe cura sem dor. E a água cura. Mais de 70% do nosso corpo é coberto de água, a substância mais importante das nossas vidas. 
    Devido a isso, na Umbanda, Iemanjá é a regente da linha dos marinheiros. Estes quando estão nas águas, enfrentam tempestades, conhecem novos lugares e cruzam fronteiras. Eles vêm trazendo a cura, descarregando o ambiente, limpando os campos vibracionais e emocionais e, na força de Iemanjá, nos ensinando a enfrentar as tempestades da vida e trazendo a vontade de cruzar novos caminhos. É com os marinheiros que a gente aprende que onda grande se atravessa mergulhando. 



    Que ao pensar em Iemanjá, possamos também refletir sobre o respeito às águas e à natureza. De nada adianta entender a força do Orixá, se não cuidamos dos nossos bens mais preciosos: os naturais. Por fim, que possamos nos lembrar que somos todos navegantes em um mar imprevisível que às vezes é calmaria, e às vezes redemoinho. Que na imensidão do teu mar, possamos nos reconhecer de verdade e aprender a amar. Iemanjá é a mãe que nunca abandona, nunca se esquece, que nunca se cansa. Ela nos ensina que ninguém chega do outro lado do mar sem passar pelas águas, enfrentar os ventos e as marés. Ninguém alcança nada sem ter que lutar. 
    Que ao nos concentrarmos na força de Iemanjá, peçamos a ela que nos ampare e leve embora em suas águas todas as nossas dores, transformando nossos corações e nos trazendo o discernimento necessário para seguir adiante, navegando em dias mais bonitos.

Salve a Senhora das Águas Sagradas (Odociaba)!

Camila de Iemanjá 


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Leis Herméticas - 7º princípio

Princípio do Gênero

    O Sétimo Grande Princípio hermético – o Princípio de Gênero – nos mostra que existe gênero manifestado em tudo, em todas  as fases dos fenômenos e todos os planos da vida. Esse princípio afirma que tudo no universo possui um aspecto masculino e um aspecto feminino, e que esses aspectos são complementares e interdependentes. 

    Segundo a Lei do Gênero, o universo é composto por duas polaridades: a polaridade masculina, que representa a energia ativa, e a polaridade feminina, que representa a energia receptiva. Essas polaridades estão presentes em todos os níveis do universo, desde o nível físico até o nível espiritual. Deixando claro que não vamos confundir aqui gênero e sexo, pois não são a mesma coisa no sentido Hermético. O sexo referindo-se às distinções físicas entre as coisas viventes machos e fêmeas. é simplesmente uma manifestação do Gênero em certo plano. A palavra Gênero vem do latim e significa gerar, procriar, produzir.
    Através desse princípio, é possível compreender a importância da harmonia e do equilíbrio entre as polaridades masculina e feminina, e como essa harmonia pode contribuir para o desenvolvimento humano e espiritual. Essas polaridades não são limitadas apenas ao ser humano, mas também são encontradas em tudo na natureza. De acordo com a lei do gênero, tudo o que existe contém uma energia masculina e uma energia feminina. Essas energias trabalham juntas para criar um equilíbrio e harmonia na natureza.

    Na sociedade o princípio do Gênero possui uma correlação grande com as capacidades mentais exercidas a partir de cada lado do cérebro. O lado direito está associado às práticas essencialmente femininas descritas por Hermes - artes, criatividade, intuição, recepção, complacência - enquanto que o lado esquerdo está associado à essência masculina - lógica, razão, método, linguagem, ação, agressividade. Ainda que haja elementos da antropologia biológica que expliquem a tendência de mulheres e homens para exercer determinadas funções, hoje já foi superada a ideia de que nossas características biológicas limitam as nossas capacidades intelectuais e emocionais.
    O Caibalion afirma que, na religião e na astrologia, coisas podem ser masculinas ou femininas e isso é aplicado a diversas divindades em religiões como o Hinduísmo e a Umbanda. Deusas são presentes em várias religiões e frequentemente estão associadas à fertilidade, à intuição e à capacidade de regeneração. Já na astrologia, o gênero também é atribuído a planetas, elementos e signos, que podem ser femininos (ex.: signo de Câncer, elemento água, Lua) ou masculinos (ex: Marte, signo de Áries, elemento fogo) conforme as suas características predominantes. Um estudo do Mapa Astral pode te ajudar a descobrir qual gênero é mais predominante em você.

" O GÊNERO ESTÁ EM TUDO, TUDO TEM SEU PRINCÍPIO MASCULINO E FEMININO; O GÊNERO SE MANIFESTA EM TODOS OS PLANOS "

    Possui sua derivação através do Princípio da Polaridade - Os gêneros nada mais são do que dois opostos, em que a falta de um evidencia o outro. A essência do feminino está ligada à fertilidade, receptividade, concepção de ideias, intuição, criatividade. A essência do masculino se expressa por meio da lógica, do racional e da força motriz.
    Nenhuma criação, quer física, quer mental ou espiritual, é possível sem este Princípio. A compreensão das suas leis poderá esclarecer muitos assuntos que deixaram perplexas as mentes dos homens. O Princípio de Gênero opera sempre na direção da geração, regeneração e criação. Todas as coisas e todas as pessoas contêm em si os dois Elementos deste grande Princípio. Todas as coisas masculinas  têm também o Elemento feminino; todas as coisas fêmeas têm o Elemento masculino. Se compreenderdes a filosofia da Criação, Geração e Regeneração mentais, podereis estudar e compreender este Princípio hermético. Ele contém a solução de muitos mistérios da vida.


QUANDO ENTENDEMOS ESSA LEI, PERCEBEMOS O QUÃO COMPLETOS SOMOS E A PARTIR DELA, PODEMOS GERMINAR  NOSSO SOLO.

    Assim, devemos saber quando usar cada energia e observar se estamos sendo mais conscientes ou inconscientes em nosso cotidiano. Os estudantes das Leis Herméticas examinam sua relação da consciência a respeito do seu Ego, aprendem a pôr a sua atenção nesse Ego que vive em cada um de nós e entendem que sua consciência mostra a existência de seu Ego: “Eu sou”. Um exame aponta que o “Eu sou” pode ser dividido em duas partes, que, apesar de agirem em conjunto podem ser separados na consciência. Sendo eles o Ego e o Eu.
    O “Eu” é considerado como o inicio de pensamentos, emoções, ideias e outras condições que são produzidas e representa o Princípio Masculino. Na psicologia, o Ego representa o Princípio Feminino, o sentimento e consciência de uma facilidade para projetar uma energia em uma ideia e em um pensamento, um processo de desejo que a criação mental comece e continue. O lado feminino vai receber ideias/informações de algum lugar, seja do lado masculino ou de alguma coisa externa, por isso devemos tomar cuidado para não pegar ideias de terceiros. E lembrando sempre que nossa emanação, seja de energias ou de atitudes, sempre deve vir de dentro, busque motivação dentro de você, dentro daquilo que você acredita, e não de motivações externas. 
    Trazendo essa Lei Hermética para nossa dia a dia devemos ter em mente e em atitudes o equilíbrio da nossa energia feminina e da nossa energia masculina.

Ana de Iemanjá, Luiza de Oxum e Leonardo de Oxalá




quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Orixá Oxalá

 Oxalá

    Oxalá é um dos orixás mais conhecidos e respeitados dentro do panteão africano. Oxalá, foi concebido com a função de criar o mundo e os homens. De acordo com as lendas, Olorum deu a responsabilidade de criar o mundo à Oxalá. Olorum, entregou o saco da criação à Oxalá, porém mesmo com tal responsabilidade ele não poderia deixar de cumprir suas obrigações, como por exemplo as oferendes aos outros orixás e a Exu. Assim ele continuou sua jornada e com um tom de prepotência, negligenciou suas obrigações, deixando Exu não satisfeito. Exu, ao encontrar Oxalá, decide se vingar e provocou uma sede intensa nele, Oxalá, sem escolhas furou um tronco de dendezeiro e ali bebeu vinho de palma. Bêbado, não sabia onde estava e caiu adormecido. Alafin, vendo-o daquela forma, rouba o saco da criação e vai até Olorum, que sabendo da situação de Oxalá não ficou nada satisfeito. Assim, após várias tentativas na criação do homem, Oxalá tem a tarefa de modelar o homem através do barro e dar vida a eles.



    Oxalá é o regente do trono da fé, simboliza a paz e é o pai maior das nações das religiões da África. Tem como características ser calmo, sereno e pacificador.  Seu nome simboliza a luz branca, sua cor é o branco, seu dia da semana é sexta-feira, suas oferendas podem possuir: Coco, canjica branca, vinho branco, velas brancas e sua saudação é: Epá Babá, que significa "Salve Oxalá". Devido as perseguições religiosas que ocorriam nos séculos passados os escravos não podiam expressar sua fé em seus deuses, assim surgiu esse sincretismo com os santos católicos. Desta forma, Oxalá e sincretizado com Jesus Cristo, por suas semelhanças como: a fé, a paz, o amor, sabedoria, esperança e eles são filhos do pai maior. O dia de Oxalá é o mesmo de Jesus, ou seja, comemoramos sua data no dia 25 de dezembro. Oxalá se divide em duas qualidades: Oxaguiã e Oxalufã
    Oxaguiã é a forma mais jovem. Este, traz consigo a espada, o escudo e o pilão. A espada e o escudo, remete às batalhas, os desafios e adversidades que encontramos em nossos caminhos, que devemos sempre enfrentá-los de forma assídua. O pilão, remete à uma lenda na qual fala que Oxaguiã amava comer inhame pilado, aquela era a comida favorita dele, ele comia sempre que lhe dava fome. Seu nome, foi lhe dado em homenagem a sua comida favorita, seu nome significa (Orixá-comedor-de-inhame-pilado). Seus filhos tem como características: uma forma de dualidade, por isso sempre são associados à contradição, são calmos, possuem uma grande ligação com a família, são briguentos e comunicativos.



    Oxalufã é sua forma mais velha, traz o símbolo da sabedoria. Tem o Apaxorô, que é um cetro de prata com 3 discos e uma pomba no topo. O cetro devido a sua idade ele usa para se apoiar e caminhar, os discos representam os mundos: o mundo dos Orixás, o mundo dos espíritos e o mundo dos homens. A pomba branca que se coloca no topo do cetro representa a comunicação que interliga os três. Seus filhos tem como características apresentarem uma aparência envelhecida, são sábios, não guardam rancor, são calmos, tranquilos e amorosos.



 

Epá Babá!

Leonardo de Oxalá


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Orixá

 Orixá

    Para falarmos dos orixás precisamos saber o significado desta palavra. “Orixá” ela dividida significa “ori=cabeça” e “xás=iluminação” ou seja se juntarmos essas palavras significa cabeça iluminada ou espírito iluminado, podemos entender que os orixás se manifestam na força da natureza, mas, é  importante falar que os orixás não são as forças da natureza em si. Por exemplo Iemanjá ela se manifesta através das águas do mar portanto Iemanjá não é o mar em si, e sim a força do mar.
    Na nossa casa de Umbanda se cultua a Umbanda de Jurema, onde também trabalhamos as sete linhas que fazem parte da Umbanda Sagrada, além dos outros orixás que também cultuamos. As 7 linhas da Umbanda são 7 vibrações divinas, são 7 formas de Deus se manifestar.  São elas:
1ª linha da Umbanda – 1º Sentido da Vida – Vibração da Fé = Oxalá e Logunam
2ª linha da Umbanda – 2º Sentido da Vida – Vibração do Amor = Oxumaré e Oxum 
3ª linha da Umbanda – 3º Sentido da Vida – Vibração do Conhecimento = Oxóssi e Obá
4ª linha da Umbanda – 4º Sentido da Vida – Vibração da Justiça = Xangô e Iansã 
5ª linha da Umbanda – 5º Sentido da Vida – Vibração da Lei = Ogum e Oroiná
6ª linha da Umbanda – 6º Sentido da Vida – Vibração da Evolução = Obaluaiê e Nanã 
7ª linha da Umbanda – 7º Sentido da Vida – Vibração da Geração = Omolu e Iemanjá 
 
    As 7 linhas da Umbanda são regidas e sustentadas por 14 Orixás que pontificam as polaridades energéticas de cada um dos sentidos da vida. Temos também o sincretismo com os santos católicos, que é uma forma da gente poder visualizar no plano humano aquilo que não conseguimos ver no divino. Um exemplo que posso falar é Jesus Cristo que é associado com Oxalá pois é ligado a fé, a paz e ao branco. Quando falamos sobre os orixás, como Deus, são muito complexos da gente entender, podemos associar a seguinte questão: Deus vai agir em nossas vidas de diversas formas e os orixás  são essas formas que Deus se manifesta  em nossas vidas.
    Segundo a mitologia iorubá, Olodumaré, também conhecido como Olorum, é o Deus supremo e inacessível. Ele criou o mundo e os orixás para governá-lo e servirem de intermediários entre ele e os humanos. É importante frisar que os orixás representam os elementos da natureza e Olodumaré é a junção de todas essas energias.
     Além disso é importante  ressaltar que não existe um número  exato de  orixás pois é  um culto ao ancestral africano, ou seja a África é um continente muito grande fazendo com que cada lugar cultue de uma forma seus orixás, sendo assim não podemos enumerar de uma forma assertiva os números de orixás existentes. Independentemente da visão que você tenha sobre os Orixás o importante saber que é uma das forças misteriosas e divinas que nós traz força, compreensão, amor, carinho, respeito e todos os adjetivos que possamos enumerar.


    E por fim, vamos falar um pouco sobre a irradiação dos orixás. Devemos lembrar que irradiar Orixá é diferente de incorporar, para irradiar uma energia não há acoplamento de outro “ser” em seus chakras. Como sabemos que os orixás são energias divinas que estão dentro de nós, essa energia se manifesta de três maneiras principais sendo elas: ancestral (que nós acompanha em todas encarnações) de frente (que nós acompanha em nossa atual encarnação) e o adjuntó (também nós acompanha nessa encarnação, porém vem trazendo o equilíbrio com o de “frente”). Vale lembrar que não temos somente essas energias, temos as forças de todos os Orixás dentro de nós se manifestando de acordo com as nossas necessidades, porém quando vamos manifestar essas força,  manifestamos os Orixás da coroa do médium, e ela pode se apresentar através de danças e de seus brados e a irradiação é uma energia que ela vem de dentro de cada médium.

João Pedro de Oxalá

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Orixá Oxóssi

 Oxóssi, o Orixá caçador

    Oxóssi mora nas matas, é conhecido como o caçador de uma flecha só, aquele que não erra o seu alvo. Em uma das lendas mais conhecida sobre o Orixá caçador conta-se que:

 “Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura. De repente, um grande pássaro, pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando fardas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia. O reino caiu em pavor pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as Àjès (feiticeira, portadoras do pássaro). O Rei então mandou convocar os caçadores mais famosos da região para que pudesse se ver livre daquele pássaro. O primeiro a chegar foi Osotadotá, o caçador das 50 flechas, ele era arrogante e cheio de si, e errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. O segundo caçador foi Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. Outro convidado para grande façanha de matar o pássaro, foi Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu. Por fim, já com todos sem esperança, resolveram convocar o caçador de apenas uma flecha. A mãe deste caçador, sabia que a feiticeira vivia em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria, vez que três dos melhores caçadores falharam em suas tentativas. Desta forma a mãe do caçador foi consultar Ifá e os Bàbálàwo. Eles disseram que seria necessário realizar oferendas a feiticeira, dizendo o seguinte: "Que o peito da ave receba esta oferenda" No exato momento, em que o seu filho dispararia a flecha contra a ave. Assim foi feito e enquanto o caçador atirava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abria sua guarda recebendo a oferenda ofertada, recebendo também a flecha certeira e mortal, trazendo assim paz ao reino. Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: "Oxossi! Oxóssi!”(caçador do povo). A partir desse dia todos o reconheceram como o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje.” (trecho retirado do livro: Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi).

Desta forma falemos mais de Oxóssi. Orixá caçador que vive nas matas é responsável por prover a aldeia. Em nossa casa é o orixá irradiador na linha do conhecimento, sendo assim a centelha divina que nos faz mover em busca de novos desafios e interesses necessários para a nossa evolução.



    Oxóssi possui ainda domínio sobre as matas e os seres espirituais que nela habitam, incluindo minerais, vegetais e animais. Este orixá nos ensina sobre nossas raízes, emanando os sentidos de fraternidade, partilha e acolhimento. Também nos orienta na busca por nossos objetivos materiais, mas, sobretudo, aqueles relacionados aos propósitos existenciais, ele nos ensina a caçar a existência do nosso próprio ser. Também é considerado o patrono da linha dos caboclos devido à capacidade desses guias de luz de manipularem as energias minerais, animais e vegetais para promover a cura e o equilibro, mesmo que estes guias possam estar vinculados a outros Orixás.

    A cor de Oxóssi é o verde e seu elemento é a terra. Sua data comemorativa é 20 de janeiro, devido ao sincretismo com São Sebastião. O dia da semana são as quintas-feiras. Tem como símbolo o Ofá, um arco e flecha. Sua saudação é “Okê arô, Oxóssi”.

   Os filhos deste Orixá costumam serem alegres, calmos, amorosos e muito preocupados com todos os problemas. São bons conselheiros, não se recusam a ajudar o próximo, porém podem ter tendência a solidão e a introspecção. São faladores, ágeis e de raciocínio muito rápido. Sabem lutar e alcançar o que almejam. Apegados a suas coisas e sua família, tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente atividades que assumem. Hesitam diante das dificuldades, mas tendem a enfrentá-las com a força de seu interior alegre e otimista. Normalmente são emocionalmente equilibrados, sabem se dominar, não costuma ser ciumentos e nem rancorosos, evitam revidar quando atacados, mas quando o fazem se tornam perigosos podendo ferir as pessoas com palavras e atitudes. Quando amam são zelosos e fiéis e não toleram ser enganados, são reservados, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo discretos quanto ao seu próprio humor e disposição. São muito trabalhadores e honestos. Apreciam a natureza e prezam pela própria liberdade, ao mesmo tempo é marcado por um forte sentimento de dever e uma grande noção de responsabilidade sendo pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. 

    A luta de quem tem Oxóssi como pai é a luta do cotidiano, do trabalho, da perseverança, da sobrevivência. São pessoas que não conseguem guardar segredo, além disso, precisam trabalhar a paciência. Curiosos e rápidos estão sempre em movimento, não gostam de ficar sem fazer nada e nem muito tempo no mesmo lugar. 

    Se você é filho desse orixá é o tipo que ouve conselhos com atenção e respeito, mas sempre faz o que quer e considera correto. Possui apreço por ficar e viver sozinho, sendo desconfiados e cautelosos com amizades e relacionamento, sendo assim demoram a confiar nas pessoas. Por gostar da solidão tendem a se isolar e observar tudo o que passa a sua volta. Curiosos percebem as coisas com rapidez, comportamento típico de um caçador, provedor de seu povo.



     Que Orixá Oxóssi possa nos guiar por meio a mata escura na busca por nós mesmos. Que Oxóssi trabalhe nossa paciência para que possamos compreender que tudo tem seu tempo e que nós cubra de prosperidade e fartura.

            Okê Arô Oxóssi!


Jéssica de Oxalá