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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Amor Próprio na Evolução Espiritual

 Amor Próprio na Evolução Espiritual


Esse é um tema, que, prefiro escrever de próprio punho. Ao invés de me basear na vivência de outras pessoas.

    Amor próprio na visão da maioria, não generalizando, é o famoso, olhar no espelho e gostar do que vê, do físico. Mas conforme vamos evoluindo e aprendendo, vamos percebendo que, não é somente isso. É gostar também do que somos por dentro, e moldar o interior, é muito mais complexo, do que se pode imaginar. Por que, mesmo trabalhando pra ser uma pessoa melhor, ainda podemos nos deixar levar pelo ego de: sou uma pessoa bonita por dentro e por fora. E quando o ego entra, o amor sai. 
    O amor começa nos pequenos detalhes, por exemplo, no se permitir fazer coisas que trazem uma sensação prazerosa, seja ela de tomar um sorvete, assistir a algo que gosta, tomar um banho demorado, dentre tantas outras coisas, que é muito relativo para cada um.
    O amor próprio é sobre como nos tratamos, mas também sobre como tratamos nosso próximo. O amor é simplesmente amor, se cuidar nos pequenos detalhes, nas coisas simples do dia a dia, sem ser egoísta consigo mesmo, nem com o próximo. Para nos amarmos,  não precisamos diminuir outras pessoas. É impor limites do que aceitamos para nós, respeitando também o limite do próximo, que muitas vezes esperamos ser tratados de determinada maneira, mas será que a pessoa a qual depositamos tal expectativa, consegue nos retribuir exatamente como gostaríamos? 
    Muitas vezes não, e tá tudo bem, porque se há amor em nós, podemos nos amar e passar amor às pessoas que não conseguem fazê-lo. Como diz na oração a qual oramos em todas as giras: Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
    É isso, se amar a tal ponto, que possamos inundar a nós mesmos e as pessoas as quais convivemos com esse amor.





    É um processo lento e doloroso, aonde temos que nos desconstruir, para construir novamente, nos despir de todas as armaduras acumuladas ao longo das decepções as quais vivenciamos, para perdoar, até mesmo aqueles que nunca nos pediram perdão, pois aonde há mágoa e rancor, não há como existir amor. A mágoa, rancor ou ódio, são sentimentos que enquanto sentimos, é como se bebêssemos um veneno, esperando que outra pessoa morra, para nos amarmos, precisamos de cura, que só cabe a nós mesmos. 
    É um processo que precisa de muito estudo, naquilo que cremos, no que desejamos nos tornar, que são em passos de formiga, as vezes até menores que os passos de uma formiga, que necessita de auto conhecimento. É entender que nem todo dia conseguiremos entregar tudo, e tá tudo bem também, todos nós somos tudo ao mesmo tempo, se for preciso chorar, deixe as lágrimas caírem, faz bem, alivia, e amanhã é outro dia. É o respeito para com nós mesmos. No fim, se torna um auto cuidado, com misto de gratidão, e felicidade.
    Que possamos nos amar enquanto ainda é tempo, nos amar a ponto de inundarmos todos ao nosso redor com esse amor.

Milena de Oroiná

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