A destruição é uma Lei Natural e Divina, pois é preciso que as coisas sejam destruídas para que haja um renascimento, uma geração. Com essa definição, podemos olhar para a destruição como algo que transforma, como algo que trata renovação e evolução de nós, seres vivos. É interessante pensarmos que, se precisamos da destruição para que haja renovação, por que então temos a lei da conservação? Os espíritos trazem que é necessária a conservação para que haja uma destruição antes do tempo certo, pois toda destruição que seja antecipada irá impedir o desenvolvimento e evolução dos seres vivos. E à medida que há uma evolução espiritual e esse espírito supera a matéria, a necessidade da Lei da Destruição vai diminuindo com o tempo.
Vale ressaltar também que a Destruição Humana é diferente da Destruição Natural. Quando pensamos em seres humanos, sabemos que ainda somos imperfeitos e que por essa razão colocamos nossas necessidades materiais à frente das espirituais. E é aí que desenvolvemos sentimentos de crueldade, egoísmo e o instinto de destruição, seja ela por meio de guerras, de conflitos, de sabotagens, resultando em uma destruição abusiva. Já a Destruição Natural, traz o conceito de renovação, são as destruições que irão nos ajudar a evoluir e agir conforme as regras de Deus, seguindo as Leis da Natureza. É com a Destruição Necessária que iremos passar por esse processo de regeneração. Guerras
Segundo os Espíritos, o que motiva o homem à guerra é sua natureza animal, quando essa é maior que sua natureza espiritual, é com o transbordamento das paixões e a vaidade de se ter sempre a mais do que é necessário. Quando estabelecemos o estado de barbárie, conhecemos só um direito: o direito do mais forte. Quando começamos a evoluir e progredir nessa evolução, as guerras vão sendo evitadas e, mesmo quando se faz, é feita com humanidade. Por conseguinte, podemos ligar o acontecimento de guerras, conflitos, duelos, assassinatos ao estado, instintos e à natureza animal do homem. Estando nesse estado, o homem enfraquece e à medida que sua natureza animal se sobrepõe, a destruição abusiva toma conta de sua mente, abrindo caminho para o egoísmo, orgulho, vaidade e para vontades materiais.
Precisamos sempre observar esse estado fraco de espírito do homem, indo em busca sempre da evolução espiritual, não material. Por exemplo: a caça para alimentação é uma necessidade, quando a destruição ultrapassa qualquer limite que as necessidades traçam, consideramos uma destruição abusiva e essa é uma violência contra as Leis Naturais e Divinas. Quando falamos dos animais, eles irão destruir para satisfazer suas necessidades básicas, enquanto nós homens, com nosso livre arbítrio, destruímos, muitas das vezes, sem haver necessidade para tal.
Isabela de Iansã