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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

O fumo e a bebida na Umbanda

 O fumo e a bebida na Umbanda

Em um show de comédia stand up, o humorista Márcio Donato brinca sobre a primeira vez que foi em um terreiro de Umbanda dizendo que achou seu lugar, um lugar atabaque, bebidas e fumos... Era uma verdadeira festa. Em contrapartida, algumas pessoas que chegam pela primeira vez em uma casa de Umbanda, e observam os guias utilizando cachaça, whisky, cigarro, charuto, associam com coisas mundanas e viciosas, não retornando mais.
Mas por que isso acontece, por que algumas linhas utilizam esses instrumentos para seus trabalhos? O preconceito, senso comum e a ignorância nos fazem acreditar em duas respostas principais: Não existem espíritos ali, sendo charlatanismo e enganação, ou os espíritos ali são de alcoólatras, vagabundos…
Nenhuma das respostas do parágrafo anterior está correta. As bebidas e o fumo, seja ele através de charuto, cigarro de papel, cigarro de palha, possuem várias funções entre elas a de proteção. Os guias espirituais utilizam energia presentes nas ervas utilizadas, nos elementos da bebida, no fogo e magnetizam a essência dos elementos, protegendo assim o médium, os cambones e os consulentes. Podem fazer uma cortina de fumaça para levar a mente do consulente em viagens astrais em seu subconsciente, acessando locais ou memórias que serão importantes para o atendimento. A fumaça quando soprada com o cachimbo invertido vem carregado com a força daquele guia para aquele trabalho

O álcool é amplamente utilizado por ser extremamente volátil, podendo ser transmutado. Durante o processo de incorporação o médium doa muita energia física e espiritual para o trabalho, o guia utiliza a volatilidade da  bebida alcoólica para transmutar a energia disponibilizando auxílio  e proteção para o “cavalo".

A bebida e o fumo podem também ser utilizados como “iscas". Por serem elementos relacionados a abusos e vícios carnais, vários espíritos que estão mais densos, ainda muito ligados em suas vidas terrenas, acabam tendo atração por esses elementos, sendo mais fácil chegar até eles para que possam receber auxílio e serem encaminhados para o local adequado.

Mas e se o médium não consumir bebida alcoólica, seja por escolha ou por necessidade, o guia irá obrigá-lo a beber? Não, neste caso o fato deve ser comunicado ao guia chefe da casa, para que a situação possa ser adaptada, podendo ser feita outra bebida, ou até mesmo a utilização de outro instrumento de trabalho. No entanto, o gasto energético nessas situações será maior. Pra tudo na vida (e na morte) tem um jeito.

Pedro Maciel .’. de Xangô


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