Os Sete “Pecados Capitais” ou Instintos Humanos
Seguindo
nosso estudo, hoje vamos pontuar sobre um tema interessante e muito importante
em nossas vidas, que talvez muitos de nós não tenhamos nos atentado por este
assunto. Especialmente por crença religiosa, mas também ensinamentos e herança
de nossos ancestrais passamos a chamar nossos instintos em desenvolvimento de
“PECADOS CAPITAIS”.
Sim,
Instintos mesmo. Todos eles já nos foram apresentados de alguma forma (soberba,
gula, preguiça, avareza, inveja, ira e luxúria) e são instintos próprios do ser
humano que estão sendo desenvolvidos para que possamos evoluir. Entendamos:
esses instintos são energias que necessitamos trabalhar e equilibrar para nossa
evolução, sem qualquer julgamento e sem a noção de que eles devem ser
eliminados da nossa vida. Pelo contrário, deverão permanecer, mas com
equilíbrio.
Certo
é que todos nós temos os conhecidos “7 Pecados Capitais” em nossas vidas, em
maior ou em menor intensidade. Em contraponto, para não ficarmos tristes, temos
muitas virtudes também. Vamos equilibrando os “pecados” /instintos e as
virtudes, ambos originados da mesma energia. Estar em uma polaridade ou outra é
questão de escolha e, principalmente, de consciência e é justamente o
equilíbrio da polaridade desses instintos e a consciência é que nos leva à
evolução. Lembrando que matéria não muda matéria, esta somente pode ser
alterada pela energia que é concentrada na matéria; energia não muda energia,
mas a consciência que é colocada na energia que faz a sua mudança.
Portanto, foi dito que os instintos bem utilizados e equilibrados é questão de escolha e de consciência. Tenhamos muito cuidado porque, às vezes, nós pensamos que não temos nenhum dos “7 Pecados” quando, na verdade, possuímos todos. Antes de falar sobre cada “pecado”, interessante nos lembrar do estudo sobre os Chakras disponível no Blog quando mencionamos a existência dos diversos reinos que nos habitam. Aqui o que nos interessa é o reino hominal (do ser humano), que está em desenvolvimento, concentrado no Chakra Cardíaco, constituído de 12 pétalas que são representadas da seguinte forma: 05 pétalas são os sentidos que já estão consolidados ou desenvolvidos: tato, visão, audição, paladar e olfato; e as 07 outras pétalas representam os instintos em desenvolvimento ou os “7 pecados capitais”: soberba, gula, preguiça, avareza, inveja, ira e luxúria.
Pois bem. Cada instinto será analisado de
forma simples e objetiva para que possamos fazer uma reflexão interna em nossas
vidas e, se possível, identificando-os e avaliando se estão nos levando à
evolução ou não. Caso a resposta seja negativa, você poderá reverter a situação
para que o instinto seja utilizado a seu favor, tudo é uma questão de escolha
ou de consciência. Seja decidido e encontre em você, único lugar possível, toda
a resposta que procura e toda a felicidade que existe.
A SOBERBA está ligada ao orgulho excessivo,
arrogância e vaidade. A palavra tem origem no Latim: “superbia”, “vanitas”. A
soberba é identificada quando a pessoa se “reconhece especial e não essencial”.
Para entender melhor essa expressão, explico: temos vários médiuns trabalhando
em nosso Terreiro e a espiritualidade necessita desses médiuns para realizar o
trabalho energético espiritual. Assim, os médiuns são essenciais para a
espiritualidade, mas isso não o faz uma pessoa especial, pois se o médium
decidir não mais realizar seu trabalho de doação, o trabalho do Terreiro não
deixará de acontecer por causa da sua desistência.
As virtudes que contrapõem a soberba são a
humildade e modéstia que são comportamentos de respeito ao próximo. O orgulho,
visto na soberba, pode ser positivo e deve ser bem utilizado através do
significado de que somos essenciais para o Universo. Assim, sentir orgulho em
realizar um trabalho bem feito e valorizar a sua própria essência é positivo.
Como orgulho mal usado pode ser citado a timidez, pois a pessoa deixa de
expressar o seu melhor, o seu divino, porque tem medo do que os outros vão
pensar; o orgulho não permite não ser aceito pelos outros. Gera um sentimento
de inferioridade. Virtude que se opõe à soberba/orgulho é a humildade,
modéstia, comportamento de total respeito ao próximo.
AVAREZA.
É o apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais, dinheiro ou qualquer
outra coisa, deixando Deus em segundo plano. A pessoa não se entrega ao outro
ou à vida. O que se opõe à avareza é a generosidade, ou seja, desprendimento,
dar sem esperar em receber.
LUXÚRIA. Este instinto está relacionado ao prazer em geral, ou seja, ao apego, ao prazer próprio, não necessariamente ao prazer sexual. É o desejo passional e egoísta por prazer. O uso negativo consiste em não se permitir sentir o prazer ou sempre querer sentir o prazer. Tudo deve ser com equilíbrio. Quem não está no equilíbrio não sabe lidar com a contrariedade e a frustração e busca compensar com outro prazer. A virtude que se opõe à luxúria é a satisfação ou a simplicidade; alcançar apenas a própria satisfação.
IRA. É uma potência energética do ser humano. É um sentimento intenso de raiva, ódio e rancor que pode gerar sentimento de vingança. A ira, assim como todos os instintos ora estudados, pode ser bem ou mal usada, dependendo do nível de consciência de cada um. A ira impõe limites quando percebemos a necessidade de mudança de comportamento ou situação pessoal. Somente mudamos nós mesmos quando queremos mudar e não aceitamos mais aquela realidade. A energia da ira é acionada através da chakra básico para fazer a mudança que achar necessária, destruindo ou impondo limites naquilo que não faz bem, ocasionando a mudança diante do desconforto gerado no indivíduo. A ira mal usada é querer que o outro mude para me satisfazer. Virtude que se opõe à ira é serenidade, paz, resiliência a influências externas e moderação da própria vontade.
GULA.
É o desejo insaciável de ter mais do que pode (alimentação, bebida e emoção), querer
mais do que se pode. Os processos de dependência (liberação de hormônios)
geralmente estão relacionados à gula com o desejo de ter sempre mais. Deve ser
equilibrado e bem usado para não cair na dependência. Virtude que se opõe:
temperança, moderação e autocontrole.
INVEJA.
Neste instinto a pessoa ignora as suas próprias posses para cobiçar o que é do
próximo. O invejoso não é grato pelas coisas que tem, pois quer o que é do
outro por acreditar ser melhor que o dele. O invejoso sente a dor da ausência
da felicidade já que sempre quer o que é do outro e nunca está satisfeito com o
que é seu. A inveja bem usada consiste em olhar o que o outro possui e trilhar
o caminho para conquistar o seu. Virtude que se opõe à inveja é a caridade e autossatisfação.
PREGUIÇA. É a falta de capricho, moleza, ócio,
desleixo, negligência. A pessoa não tem energia para fazer as coisas, vive
procrastinando, falta potência. Não ter coragem ou ânimo para mudar as coisas.
Contudo, muitas pessoas usam bem este instinto para a criação. Pessoas que
criam ou criaram meios para facilitar a vida em momentos de “preguiça”, podendo
caracterizar a preguiça bem usada. Virtude que se opõe à preguiça é a
diligência, presteza, concisão e objetividade.
Diante do estudo acima, não podemos esquecer
de que não cabe a nós julgarmos, mas refletir sobre estes instintos que estão
dentro de todos nós, seres humanos em elaboração e evolução. Não esquecendo que
esses instintos devem ser percebidos e bem utilizados para a evolução pessoal
e, consequentemente, do Todo.
Somos
um, mas essencial para a evolução da Humanidade.
Muito axé.
Girlei
de Iemanjá
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