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sábado, 24 de agosto de 2024

Guaco

Guaco

Popularmente conhecidas como guaco, guaco liso, cipó cAatinga ou erva de cobra as espécies Mikania glomerata e M. laevigata são subarbustos silvestres cujas folhas são compridas e espessas, apresentando coloração de verde-claro a coloração arroxeada e cinzento escuro, a depender da idade do arbusto. Costuma ser encontrado nas margens de rios e em matas, mas é uma planta de boa adaptação e cultivo doméstico, preferindo terrenos arenosos e úmidos.

O guaco é uma planta medicinal poderosa e, tal é a sua importância, que é considerada um medicamento fitoterápico (fitoterápicos são medicamentos obtidos integralmente a partir de plantas). Contém diversas propriedades fitoterápicas e é utilizado principalmente para o tratamento de enfermidades do trato respiratório, mas a seguir, irei apresentar algumas de suas propriedades menos conhecidas.

A característica principal dessa planta é o efeito expectorante e broncodilatador, que causa um relaxamento nas vias aéreas, sendo benéfica para aliviar sintomas de doenças respiratórias, como asma e bronquite, além de ajudar a eliminar o muco causado por gripes e resfriado. Para essa finalidade, utiliza-se habitualmente chás de infusão das folhas, podendo ser feito com ervas secas, mas preferencialmente frescas. Além disso, seu chá pode ser usado também para gargarejo, por conter ação anti-inflamatória, melhorando inflamações na boca e faringe. 

O guaco também possui propriedades antialérgicas, vasodilatadoras, anticoagulantes e analgésicas, podendo ser usado em forma de chá ou tintura como adjuvante no tratamento de alergias e dores diversas, reumatismos, trombose, hipertensão arterial e outras. Alguns estudos apontam também o uso do óleo essencial de Guaco no tratamento de candidíase, devido a sua atividade antimicrobiana em alguns tipos específicos de bactérias. 

Por ser uma planta de ações biológicas poderosas, seu uso deve ser cauteloso. No caso dos chás (infusão), a recomendação é que seu consumo não exceda 2 xícaras por dia pois, em quantidades exageradas, pode provocar reações adversas, como aumento dos batimentos cardíacos, vômitos e diarreia e seu uso não deve ser feito por mais de 20 dias consecutivos. Outras formas de uso, como tinturas, extratos e xaropes, devem ser utilizadas sob orientação de um fitoterapeuta.

O uso do guaco deve ser evitado por pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes, mulheres no período menstrual, devido a sua ação anticoagulante, podendo ocasionar hemorragias. É contraindicado para crianças menores de 1 ano, gestantes, lactantes e pessoas com doenças hepáticas. Além disso, pode reduzir efeitos de medicamentos como antibióticos e quimioterápicos.

Se tratando de propriedades energéticas, o guaco é considerado uma erva quente, de ativação, podendo ser bem utilizada em banhos e defumações (em nossa casa esses trabalhos devem ser feitos somente sob orientação da espiritualidade) e, considerando sua gama de propriedades terapêuticas, essa erva carrega predominantemente a energia do Orixá Obaluaê.

O estudo das ervas é primordial, uma vez que são constantemente usadas nos trabalhos de Umbanda, podendo também ser muito úteis no tratamento de enfermidades do nosso corpo físico. Espero ter conseguido transmitir a vocês um pouco dos meus conhecimentos a respeito dessa planta tão poderosa. 

Axé.


Larissa de Iansã

 

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