Pesquisar

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Sobre Jurema Sagrada e seus reinos

Sobre Jurema Sagrada e seus reinos

Hoje, voltamos aos estudos da Jurema Sagrada, primeiramente vamos lembrar do texto em que falamos sobre a base do rito, para conhecermos a ciência da Jurema, o qual tratou-se tanto da forma de culto, regionalidade, as formas de trabalho e também os mestres (O Rito da Jurema Sagrada).
Com essa introdução, adentramos aos reinos da Jurema Sagrada, que integram o culto de forma complexa e muito importante, sendo onde os mestres vivem e trabalham.


Na doutrina praticada na Tenda de Umbanda Caboclo 7 Flechas e Jurema temos 12 reinos, (o que muda de casa para casa, de doutrina para doutrina, de rama para rama), onde cada uma delas é representada como ramos da própria árvore da Jurema Preta, a qual atribuímos grande poder de conhecimento, capaz de espalhar sua ciência a quem estiver à disposição e merecimento de obtê-la. Essas cidades, de forma geral, possuem diversos tipos de trabalhos, principalmente de cura, mas cada uma com suas especificidades, que se dão através dos mestres, mestras e princesas que as habitam, além de outras entidades. Cada reino, possui cidades, com diferentes formas de trabalho e de expansão de conhecimento, que se dão através da ciência da classe principal, e é essa que dá o nome base da cidade. Vejamos a seguir os 12 reinos da Jurema que reconhecemos em nossa casa, até o momento:

●  Reino do Juremá

●  Reino do Vajucá
           ●  Reino Tanema
●  Reino Angico
●  Reino do Tigre
●  Reino do Bom Florar

●  Reino Uruba
●  Reino das 7 covas de Salomão
●  Reino do Acaes
●  Reino do Canindé
●  Reino de Tronos
●  Reino do Rio Verde

Em cada reino existem Mestres e outros guias que trabalham a favor das leis supremas estabelecidas no culto da Jurema Sagrada. Devemos lembrar que nele, não há a diferenciação de linhas de trabalho, como na Umbanda (Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, etc.) Tudo é feito na mesma roda, conforme a necessidade do trabalho. Sendo assim, pode-se encontrar tanto nos reinos e cidades, como em terra, nas rodas, entidades com arquétipos de Ciganos, Caboclos, Mestres, Princesas, Rainhas, Boiadeiros, Baianos etc. cada qual com suas diferentes energias, realizando os trabalhos, todos ao mesmo tempo.

Os Juremeiros, quando estudam sobre as cidades, devem se lembrar que a ciência permite que entremos em contato com um mundo invisível aos nossos olhos, e que, desse contato, conseguimos promover significantes modificações em nosso íntimo e também de quem nos rodeia, como por exemplo: restabelecer a saúde física e psicológica, o desenvolvimento da espiritualidade, o autoconhecimento e os saberes no geral, seja perante a materialidade ou o espiritual.

No mais, a Jurema Sagrada não é somente uma religião, é uma forma de viver, sendo essa mais favorável ao encarnado, possibilitando a ele sofrimento com mais amparo, menos ignorância, maiores possibilidades de vivências com o divino e evolução quanto pessoa e espírito.

Lembramos que todas as coisas são dadas de uma sabedoria maior, e quanto juremeiros, temos de manter o pensamento firme e aplicar todo esse conhecimento adquirido com as entidades para aprendermos de forma consciente a lidar com as situações e sentimentos da vida. Levando em nossa mente e coração tudo o que é ensinado e passado por eles, fazendo com que as sementes da ciência e todo conhecimento, sejam espalhados pelos caminhos que percorremos, a quem tocar, semeando e mais tarde, colhendo bons frutos, auxiliando os irmãos encarnados.

Para finalizar, desejo que Malunguinho e todos os Mestres da Jurema Sagrada possam abençoar a todos. 

Axé.


Lívia de Obaluaê 

2 comentários: