Orixás na Umbanda Sagrada
É sempre importante trazermos esses esclarecimentos sobre os Orixás na Umbanda Sagrada, pois esse é um dos principais elementos que diferem da maioria das religiões cristãs e justamente por isso existem muitas curiosidades e também muitas informações equivocadas sobre o assunto.
Primeiramente, o Orixá não é a mesma coisa que santo na igreja católica, são coisas completamente diferentes. A maior semelhança é a data de comemoração devido ao Sincretismo, que é a união ao catolicismo quando não era permitido o culto de religiões de matrizes africanas devido à escravidão.
Vale ressaltar que a maioria das religiões de matrizes africanas cultuam os Orixás, porém cada uma a seu modo. Por exemplo, o Candomblé cultua de uma forma, a Umbanda de outra forma. E o mesmo acontece dentro dos diferentes tipos de Umbanda, onde pode haver diferenças entre uma e outra. Em nossa casa, onde cultuamos a Umbanda de Jurema, os Orixás são a representação divina das forças da natureza e suas vibrações. E por que existe essa representação?
A espiritualidade nos ensina que a criação divina ocorre de forma tão magnífica e complexa que muitas vezes fica além da nossa compreensão e da nossa capacidade de nos conectar a ela. Por isso a representação da divindade nos Orixás, para nos auxiliar a compreender e nos conectar com as forças divinas de forma mais fácil. Nesse caso é importante conhecermos um pouco sobre cada Orixá e suas forças, pois isso nos direciona no que precisamos e como Deus vai agir em nossas vidas.
Na Umbanda Sagrada, os Orixás irradiam em sete faixas vibracionais divinas que estão representadas com dois orixás que equilibram cada uma, são elas:
Linha da fé: Oxalá e Logunan
Linha do amor: Oxum e Oxumarê
Linha do conhecimento: Oxossi e Obá
Linha da Justiça: Xangô e Iansã
Linha da Lei: Ogum e Oroiná
Linha da Evolução: Obaluaê e Nanã
Linha da Geração: Omolu e Iemanjá
Além dessas vibrações, como falamos, cada um desses Orixás traz uma força da natureza e um aprendizado específico através de suas histórias e lendas. Por exemplo, Iemanjá que é um dos mais conhecidos no Brasil se manifesta através da força dos mares ou das águas salgadas representando vida, coragem, novos ciclos, transformação. Assim como Oxum traz a força das cachoeiras, a persistência dos rios, amor próprio. Quando conhecemos um pouco sobre essas forças de cada orixá podemos direcionar melhor nossas orações e firmezas pedindo a cada um deles que nos ajude na força que possue.
Outro tema de bastante curiosidade na Umbanda e em outras religiões que cultuam os Orixás é sermos filhos desses Orixás. Nesse caso podemos entender que assim como todas as coisas o ser humano também faz parte da criação divina e logo, assim como as forças da natureza, cada pessoa foi criada sobre a vibração de um orixá.
Dentro da nossa doutrina, acreditamos que cada pessoa possui três Orixás que irão nos reger e nos direcionar na nossa vida e na nossa evolução. Existem várias vias de informação que prometem revelar seu Orixá, porém somente a espiritualidade pode confirmar quais são, pois é algo espiritual e interior. E no mais vale ressaltar que temos a força de todos os Orixás dentro de nós, que se manifestam de acordo com as nossas necessidades. E que sempre podemos recorrer as suas forças para nos conectar com a nossa força maior que é Deus.
Natália de Iemanjá
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