Médiuns
Especiais
Dando
continuidade ao estudo do “Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, falaremos agora
sobre o capítulo XVI, da parte segunda- Médiuns especiais.
Além
das categorias citadas nos capítulos anteriores, existe uma grande variedade de
médiuns especiais, que possuem afinidades particulares. A ideia que será transmitida
pelo espírito estará diretamente ligada ao seu grau de elevação, remetendo à
sua superioridade ou inferioridade moral. Independente do seu grau de elevação,
assim como os médiuns, o espírito também expressa afinidade pela natureza de
certos temas que serão abordados na comunicação.
O médium é para o espírito um instrumento mais ou menos apropriado para as comunicações e o espírito dará preferência a um ou a outro, se adequando ao gênero da comunicação que será realizada. É preciso estudar a natureza do médium da mesma forma como se estuda o espírito, para termos um resultado genuíno e satisfatório. Nessa relação médium + espírito, devemos adicionar a “intenção”, a motivação da comunicação, afastando assim espíritos que possam interferir negativamente.
Podemos
dividir os médiuns em duas grandes categorias: médiuns de efeitos físicos, que como
o próprio nome já diz tem capacidade de provocar efeitos materiais, e médiuns
de efeitos intelectuais, que são os mais apropriados para receber e transmitir
comunicações inteligentes. Todas as demais variedades se incluem diretamente em
uma ou outra das duas categorias citadas, algumas podem ser incluídas em ambas.
Há
variedades que são comuns a todos os tipos de mediunidade, que são elas: sensitivas,
inconscientes ou facultativas. Podemos ainda citar diversas variedades (essas
com suas subclassificações) para os médiuns de efeitos físicos, intelectuais,
escreventes, pelo desenvolvimento da faculdade, pela especialidade, qualidade física
e morais do médium, dentre outras... Todas essas variedades possuem graus infinitos
em sua intensidade e na maioria das vezes um médium estará inserido em mais de
uma classificação, possuindo uma predominante, não devendo-se forçar a se enquadrar
em determinada variedade.
Essa afinidade
pode ser vista na Umbanda, a conexão formada entre guia e médium não é feita de
maneira aleatória, como exemplo, um médium muito ansioso e agitado muitas vezes
será acompanhado de guias que trazem calma e tranquilidade para que possa aprender
as lições com o mentor espiritual.
Todos nós
encarnados somos sensitivos pois possuímos a essência etérea que nos conecta
diretamente com o plano espiritual, o que varia é a intensidade com que cada um
irá perceber as sensações. Um mesmo médium pode possuir uma mediunidade
intuitiva muito aflorada e também possuir mediunidade de incorporação, nesse
caso, por exemplo, uma irá se sobressair, se destacando. O desenvolvimento de tipo
mediunidade não deve ser forçado pelo médium, ele deve ser trabalhado de forma
conjunta com o dirigente espiritual responsável pelos trabalhos, no tempo determinado
pela espiritualidade.
Pedro’
de Xangô e Larissa de Iansã
Nenhum comentário:
Postar um comentário