Sematologia
e Tiptologia
Este é
mais um texto que aborda a obra de Allan Kardec e hoje daremos continuidade nos
estudos do Livro dos Médiuns, parte segunda, capítulo XI- Sematologia e
tiptologia, abordando as comunicações entre o mundo espiritual e o nosso mundo.
Os
espíritos encontram diversas maneiras de passar suas mensagens e se comunicarem
conosco. Hoje iremos falar sobre a tiptologia. Confesso que antes de ler o “Livro
dos Médiuns”, nunca sequer havia ouvido falar sobre o assunto. Em uma breve
pesquisa feita no dicionário Oxford, encontrei a seguinte definição: “Tiptologia:
substantivo feminino, espiritismo: 1: comunicação dos espíritos por meio de
pancadas; 2: experiência que os espíritas realizam com mesas giratórias,
chapéus etc.”
A tiptologia é uma forma de comunicação onde os espíritos transmutam seu campo energético para causar movimento na matéria. Baseando-se do mesmo princípio nos quais as sessões de mesas girantes eram executadas. Esta comunicação é dada por batidas na mesa, porém em sua forma mais básica, as batidas significam apenas sim ou não, onde apenas perguntas básicas são respondidas através das batidas.
Os espíritos
utilizam da Tiptologia para se comunicar com o nosso plano e, ao fazer isso,
utilizam também uma espécie de mimica. Em outras palavras, a energia empregada
na afirmação ou negação das perguntas, forte ou fraca, implica na força que
aquela verdade tem para ele. Esta força também traduz a natureza dos
sentimentos que o trouxeram àquela sessão, movimentos bruscos implicam em
violência, a cólera e a impaciência, batendo repetidamente fortes pancadas,
como uma pessoa que bate arrebatadamente com os pés, chegando às vezes a atirar
ao chão a mesa. Se é amável e delicado, inclina, no começo e no fim da sessão, a
mesa, à guisa de saudação. Se quer dirigir-se diretamente a um dos assistentes,
para ele encaminha a mesa com brandura, ou violência, conforme deseje
testemunhar-lhe afeição, ou antipatia.
Tiptologia alfabética:
com o tempo e o aperfeiçoamento das técnicas de comunicação com o mundo
espiritual, a técnica da tiptologia sofreu adaptações para melhorar a qualidade
das sessões. Com isso surgiu a tiptologia alfabética, que consiste na
utilização das letras do alfabeto indicadas por pancadas. Desta forma, é
possível que se obtenha palavras ou até mesmo frases inteiras. De acordo com o
método adotado, a mesa dará tantas pancadas quantas forem necessárias para
indicar cada letra, isto é, uma pancada para o a, duas pancadas para o b, e
assim por diante... Desta forma, os presentes tomavam nota de cada letra
expressa, e que ao fim se traduzia em uma mensagem do outro plano.
Para melhor
garantir a independência ao pensamento do médium, imaginaram-se diversos
instrumentos em forma de quadrantes, sobre os quais se traçam as letras, à
maneira dos quadrantes do telégrafo elétrico.
Na Umbanda,
ou pelo menos em nossa casa, não é costumeiro se comunicar com espíritos
diretamente, através de métodos como a tiptologia, porém, sabemos que isso não
significa que não há diálogo com outros espíritos que não nossos guias
espirituais. É com a fé que temos em nossos Pretos Velhos, Caboclos e Exus, que
conseguimos encaminhar e enviar mensagens de amor e paz aos espíritos
desencarnados que nos cercam, e com a ajuda deles, conseguimos auxiliar as
almas mais precisadas com conforto e acalanto.
Que a força de Deus acompanhe a todos!
Axé
Diego de Oxóssi
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