Médiuns
Hoje
daremos sequência ao estudo da obra “O Livro dos Médiuns”, abordaremos, mais
especificamente, o capítulo XIV da parte segunda- “Médiuns”.
O capítulo
citado acima, tem por objetivo descrever os principais tipos de médiuns, dentre
os diversos existentes. Kardec deixa claro que todos que sentem de alguma forma
o mundo espiritual são médiuns, não sendo tal faculdade um privilégio ou dom, o
que varia é o grau e a maneira com que essa mediunidade irá se manifestar.
Os médiuns
de efeitos físicos são aqueles que possuem maior facilidade em produzir
efeitos materiais, como por exemplo batidas ou movimentações de móveis. Podem
ser separados em facultativos ou involuntários. Os facultativos possuem certo
grau de controle e consciência, sendo capazes de produzir os efeitos por sua
própria vontade. Já os involuntários (chamados também de naturais) não possuem
tal controle, estando sujeitos aos acontecimentos de maneira desregrada. Neste
ponto é feito uma observação a respeito das pessoas que possuem algum tipo de
eletricidade natural, porém nesses casos não há efeitos e relação espiritual,
apenas “elétricos”.
Médiuns
sensitivos ou impressionáveis, consiste em uma característica
mais geral do que específica. Através desse tipo de mecanismo o médium é capaz
de sentir a presença do plano espiritual, muitas vezes através de uma impressão
ou sensações no corpo. Essa mediunidade se desenvolve pela constância, sendo
possível a percepção da individualidade do espírito.
Médiuns
audientes possuem capacidade de ouvir as vozes dos espíritos, esse
processo pode ocorrer através de uma voz externa e claramente audível, ou as
vezes como uma forma de pensamento íntimo, uma “voz da consciência”.
Nos Médiuns falantes os espíritos irão atuar sobre os órgãos da fala (similar à maneira em que acontece com as mãos dos médiuns escreventes). Geralmente não possuem a consciência do que dizem e, muitas vezes, dizem coisas que estão fora de seus conhecimentos e além da inteligência.
Médiuns
videntes possuem a capacidade de visualizar os espíritos. Alguns
visualizam apenas espíritos evocados, já em outros a faculdade é mais geral,
sendo possível a visualização de toda comunidade desencarnada do ambiente. Além
disso, para alguns essa manifestação pode ocorrer normalmente enquanto estão
acordados e em outros apenas em estado sonambúlico. O ato de visão nesses casos
não ocorre com os olhos, mas sim com a alma. Deve se desenvolver de maneira
natural, para evitar que espíritos pouco elevados se aproveitem da situação ou
que o médium se deixe levar pela imaginação.
Os
chamados Médiuns sonambúlicos, são aqueles que possuem a capacidade de
vivenciar o plano espiritual. Por algum período de tempo é possível que sua
alma não esteja com influência tão grande da densidade do corpo carnal (lembrando
que a alma e o corpo físico continuarão sempre ligados pelo cordão de prata,
essa ligação é rompida apenas no momento do desencarne) durante o processo o
médium pode ter contato com os guias e mentores que o acompanham, em certos
casos consegue visualizar com perfeição os espíritos, da forma como um médium
vidente o faria. A cautela e evolução moral deveram sempre acompanhar o médium,
pois é possível que espíritos levianos se apresentem. Em estado de sonambulismo
as comunicações com os espíritos se dão de maneira mais fácil.
Médiuns
curadores conseguem curar pelo simples toque, gesto ou olhar. Nesses
casos a manipulação do fluído magnético exerce um grande papel, no entanto, o
médium que realiza a cura muitas vezes não sabe como o faz, não tendo
conhecimento a respeito de magnetização. A prece está muitas vezes envolvida no
processo de cura, tendo um papel de evocação. Mesmo que o encarnado não tenha
conhecimento a respeito do plano espiritual, ou não acredite em sua existência,
o processo de cura poderá ser realizado caso a intenção seja o bem, a maldade
também está sujeita a essas leis, motivo pela nossa vigília deve ser constante.
Os Médiuns
pneumatógrafos fazem uso da escrita direta como forma de se comunicar com o
plano espiritual, lembrando que tal processo não é possível a todos os médiuns
escreventes. Esses médiuns colocam uma folha de papel dobrada em uma gaveta (ou
outro local a ser indicado) e se recolhem em prece e oração, após certo período
a folha se apresentará escrita.
Na
Umbanda vemos todos os encarnados como médiuns, como ferramentas intermediárias
na comunicação entre os planos, e todos possuem todos os tipos de mediunidade
em maior ou menor grau, a depender da necessidade de evolução da pessoa. O que
acontece comumente é que um tipo de mediunidade se sobressai às demais, sendo
mais desenvolvida.
A
mediunidade mais vista nos terreiros de Umbanda é a de incorporação, através do
acoplamento dos chacras o guia e o aparelho (encarnado) formam uma terceira
consciência para auxiliar os consulentes. Seria ineficiente a utilização de
alguém com mediunidade de incorporação mais desenvolvida, na curimba
(normalmente os curimbeiros possuem mais facilidade em ouvir e sentir o plano
espiritual, adequando os pontos ao tipo de trabalho, possuindo papel
fundamental na sustentação do terreiro) e vice versa. Os vários tipos de
mediunidade se complementam, por isso devemos sempre trabalhar juntos em prol
do amor e da caridade.
Axé
Pedro” de Xangô e
Larissa de Iansã
Olá tudo bem, adoro esse blog e amei esse post, eu tenho uma dúvida quanto ao médium de transporte, o que seria, qual seria sua função na umbanda e como desenvolver essa mediunidade.
ResponderExcluirDesde já agradeço