Psicografia
Seguindo nossos estudos sobre
o Livro dos Médiuns, o capítulo 13, da parte segunda, fala sobre “Psicografia”.
O capitulo se inicia relatando
as formas mais fáceis de se comunicar com os espíritos por meio da escrita e da
palavra. A escrita possui a vantagem de demonstrar, de maneira mais palpável, a
intervenção de uma potência oculta, deixando traços que podemos conservar, como
fazemos com a nossa própria correspondência.
O primeiro meio empregado foi
o das pranchetas e das cestas, munidas de lápis. Uma pessoa, dotada de aptidão
especial, colocava em rotação uma mesa ou qualquer objeto. No lugar da mesa,
utilizavam uma pequena cesta de quinze a vinte centímetros de diâmetro, o
material de fabricação não interfere na comunicação. Se agora colocarmos um
lápis no fundo da cesta e o firmarmos bem de maneira que a atravesse, com a
ponta para fora e voltada para baixo, e posicionarmos uma folha de papel abaixo
da ponta. Após isso, colocava-se leve impulso na cesta e ela se movimentava.
Mas, em vez de girar, ela conduzirá o lápis em diversos sentidos, riscando o
papel com simples traços ou escrevendo. Se um Espírito for evocado e quiser
atender, poderá responder, não por pancada, mas pela escrita.
O dispositivo acima apresentava um inconveniente, o lápis não volta para começar outra linha, escrevendo em círculos. A linha escrita forma assim uma espiral, o médium precisaria girar o papel nas mãos para a leitura. A escrita nem sempre ficava muito legível, pois as palavras não ficam separadas. Por economia, podemos substituir papel e lápis pela lousa e o lápis de pedra, era a chamada “cesta-pião”.
Na Umbanda, e na nossa
doutrina, acreditamos que todos nós temos algum tipo de mediunidade, todos
somos médiuns. Podendo essa mediunidade ser trabalhada de acordo com a
necessidade, se tornando mais aflorada. Como dito, existem vários tipos de
mediunidades, e elas acontecem em vários graus de sensibilidade, variando de
acordo com cada médium. Vale lembrar que a psicografia é um processo gradativo,
que deve ser realizado com muita responsabilidade sempre podendo ser utilizada
também como uma forma diferente de nos conectarmos com os guias, de adquirir
conhecimento e direcionamento.
A psicografia pode ser
utilizada como ferramenta de comunicação entre os planos, principalmente em
casas que possuem mais afinidade com o espiritismo, em nosso templo essa
prática não é muito empregada. Quando alguém escreve um texto psicografado a
mente consciente busca as ideias no inconsciente, portanto, se está consciente
o tempo inteiro.
Clara de Oxum
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