Pesquisar

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Tribos Brasileiras

 Tribos Brasileiras - Aimorés

A Umbanda cultua os nossos ancestrais brasileiros, sendo um deles os Caboclos, que são arquétipos dos índios brasileiros que habitavam nossas terras, com isso, vemos a importância do estudo de algumas tribos que viviam em nosso país, hoje vamos escrever sobre a Tribo dos Aimorés.
Os Aimorés, Aimbires, Aimborés ou Botocudos foram uma tribo indígena brasileira que habitavam nos séculos XVI e XVII o norte do Espírito Santo, o sul da Bahia e Minas Gerais. Ao contrário da maioria das tribos brasileiras que habitavam o litoral brasileiro, eles não falavam a língua tupi. Eram nômades e se abrigavam em cabanas temporárias que eram cobertas por folhas de palmeiras, sobreviviam principalmente da caça e do consumo de carne humana. Em alguns estudos essa tribo era descrita como diferente das outras, onde ninguém os entendia, os índios eram muito altos e largos, quase gigantes e não se pareciam com os índios da Terra. “Aimoré” é um termo tupi que se refere a uma espécie de macaco.
Os Aimorés, assim como outras tribos, haviam sido expulsos do litoral pelos Tupis, antes da chegada dos portugueses na região, porém, mais tarde, eles tentaram retomar o território. Com a expansão dos colonizadores, os Aimorés se deslocaram para o sul, passando assim a ser conhecido como Botocudos, esse nome foi utilizado pelos portugueses, pois esses índios utilizavam adornos labiais e auriculares.


        Em relação a vida espiritual, mantinham contato constante com o mundo dos espíritos. Acreditavam que através dos sonhos eles visitavam o mundo dos Maret (herói cultural que vivia no céu) e esse mundo era repleto de fartura e riquezas e por intermédio desse contato, estabeleciam previsões futuras relacionadas a tribo ou até segmentos das suas vidas humanas. Eles acreditavam que o herói atendia aos pedidos da tribo, mas também enviava castigos em formas de tempestades e morte, que era provocada por uma flecha invisível que atingia o coração dos índios. Eles acreditam que as brigas que Maret tinha com sua mulher era responsável por diferentes fases da lua. Os rituais religiosos eram realizados pelos mais velhos ou pelo pajé e tinham como costume acender fogueiras e realizar oferendas aos mortos para que não voltassem para buscar alguém da tribo. 
Através desse estudo, podemos observar que todos os rituais, crenças e oferendas, eram pautadas em conhecimentos repassados através dos ensinamentos advindos dos mais velhos e do mundo espiritual, o que não é diferente quando estudamos sobre a Umbanda nos dias de hoje. 
Sendo assim, podemos ver a importância de estudar a história dos nossos ancestrais para entender a importância do trabalho que as entidades denominadas Caboclos nos trazem com toda essa bagagem de conhecimento histórico e de cura para os dias de hoje dentro dos terreiros de Umbanda.

Marina de Nanã Buruquê


Nenhum comentário:

Postar um comentário