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quinta-feira, 6 de junho de 2024

O Jaguar

 O Jaguar


Olá meus irmãos, hoje gostaria de convidá-los a uma nova reflexão, feita a cerca de uma música espiritualista “onde o jaguar espreita ” do artista Advan Haschi. Alguns pontos dessa canção me chamaram a atenção, hoje vou falar de um deles em particular.
“Onde eu bebo água o jaguar espreita, Eu o vejo, sou um Caçador”
Para alguns pode ser apenas um trecho bonito, mas vamos avaliar com maior profundidade. Em florestas, matas e savanas, o ponto de convergência de praticamente todos os animais são os rios, córregos e riachos. O alimento, seja frutos, ou animais, pode ser encontrado em meio a selva. Já água não.  O local onde tomam água  é perigoso, podem não ver o predador escondido na água ou por entre a mata ciliar.
Quando se abaixam para beber água, não tem mais a visão periférica, não conseguem observar o que está a sua volta, apenas seu próprio reflexo na lâmina d’água, ficando assim mais vulneráveis. Conosco não é diferente,  pensamentos intrusivos, a angústia, sentimentos negativos de incapacidade e inferioridade são constantemente utilizados como armas de espíritos que estão perdidos, e se alimentam de tal energia. Quando “bebemos água” nossas defesas estão baixas, nos sentimos seguros por um momento, e somos atacados sem percebermos.

Muitas vezes deixamos pequenas brechas, sejam físicas ou espirituais. Muitas vezes estamos tão focados em nossa própria imagem refletida na lâmina d’água que não vemos o ataque. Narciso na mitologia grega se afogou, apaixonado com a beleza de seu próprio reflexo. Quando estamos em momentos bons, muitas vezes não damos à devida importância as orações, as defesas, e são nesses momentos que os ataques começam. Podem vir pequenos e sorrateiros, ou certeiros e devastadores como o ataque do jaguar. 

Por tanto, não dê chances ao azar. “ orai e vigiai”. Não se iluda com o reflexo de seu ego na lâmina d’água.  A vida é uma grande floresta, uma grande selva, esteja atento e lembre-se que ninguém conhece a mata e seus segredos, melhor que os Caboclos, que a protegem.

Por tanto, olhos e ouvidos, físicos e espirituais  atentos. “Orai e vigiai”


Pedro Maciel de Xangô .’.



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