Conhecimento de si mesmo
Dando continuidade aos estudos do livro dos espíritos no livro III, capítulo XVII, Kardec faz perguntas aos espíritos sobre o conhecimento de si mesmo, como consegui-lo e qual o meio mais fácil para tal.
Kardec começa questionando o espírito sobre qual seria a forma mais prática e eficaz que o homem tem para evitar o mal e evoluir. O espírito responde de forma simples e direta : “Conhece-te a ti mesmo”. Na pergunta seguinte, o espírito é indagado sobre formas de se obter este autoconhecimento e, novamente de forma direta, é respondido que é necessário que nós mesmos nos examinemos e perguntemos, ao final de cada dia, se durante aquele dia nossas ações causaram danos a nós mesmos, ao outro ou, se no decorrer daquele dia, alguma ação resultou em dor ou infelicidade ao próximo.
O autoconhecimento começa em você saber se portar mediante os irmãos, o que você faz para outras pessoas e, ainda mais importante, o que você é capaz de fazer por si próprio. É importante conhecer suas fraquezas, defeitos e reconhecer todas as suas falhas e, acima de tudo, suas qualidades. É preciso saber de todos os seus pontos fortes, ter em mente todos os seus limites e ter a sabedoria de reconhecer todos os seus acertos. Quando se faz essa autoanálise, você enxerga onde está errando e o que pode fazer para melhorar aquele atitude ou pensamento.
Nem sempre sabemos reconhecer nossas próprias qualidades, e é mais difícil ainda conhecer nossos defeitos e fraquezas, e é dessa forma que entregamos meios para sermos atacados por nossos inimigos, sejam espirituais ou encarnados. O autoconhecimento não se adquire de forma fácil e indolor. Ele é adquirido através de testes, experimentos, onde aos poucos vamos conhecendo nossos limites, quebrando-os, conhecendo nossas fraquezas e defeitos.
Conhecer a si próprio leva a compreensão de alguns aspectos do nosso próprio comportamento, e quando esse comportamento é negativo, causa dano a si mesmo e àqueles que te rodeiam. Quando se conhece a origem desse comportamento, é mais simples suprimi-lo. Conhecendo nosso próprio comportamento, temos a sabedoria para entender o comportamento alheio e tratá-lo de forma menos negativa, com mais compaixão.
O autoconhecimento nos dá a sabedoria para julgarmos a nós mesmos. Sendo assim, como é possível julgar nosso igual, se não temos a sabedoria necessária para julgar a nós mesmos, julgar nosso próprio comportamento. Na Umbanda, nossos guias de luz tem como missão ajudar-nos a nos descobrirmos e melhorarmos, mas nada virá somente deles. É preciso a autoavaliação e compreensão de si mesmo.
Layla de Omolu
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