Perda de Entes Queridos
Dando sequência ao estudo do Livro dos Espíritos. No livro IV- capítulo I, recebemos orientações a respeito de Punições de Prazeres Terrenos. Neste texto nos atentarmos mais profundamente à “Perda de entes queridos”.
Inicialmente Kardec questiona sobre a dor da perda de pessoas queridas, uma vez que tal perda é irreparável e os espíritos reveladores explicam que a morte é uma lei comum a todos os encarnados e que a perda representa uma prova ou expiação para os familiares. Na sequência Kardec aborda a possibilidade de comunicação com os entes queridos após o desencarne e afirma que não há profanação em tal ato desde que a evocação seja feita com respeito.
Entretanto deve-se atentar pois os espíritos são sensíveis às dores e lamentos dos que ainda estão no plano físico e lamentar sua partida os atrapalham seriamente a seguir seu caminho no plano espiritual e a serem felizes em suas novas vidas.
Analisando as respostas do ponto de vista umbandista as doutrinas se divergem no que diz respeito a ter qualquer tipo de comunicação com os espíritos de entes queridos, uma vez que tal contato pode gerar sofrimento para as vidas de ambos os planos. Seria egoísmo da nossa parte pensar apenas na saudade que sentimos e esquecer dos danos que isso pode causar aos que estão no outro lado. Apesar de dolorosa, é uma provação necessária e que deve ser encarada com resiliência.
Para finalizar deixo o trecho retirado do comentário de Kardec referente a pergunta de número 936.
“Seria caridoso se aquele que continua preso ficasse triste porque o seu amigo foi libertado antes? Não haveria de sua parte mais egoísmo do que afeição em querer que o amigo partilhasse por mais tempo do seu cativeiro e dos seus sofrimentos? O mesmo acontece com dois seres que se amam na Terra; aquele que parte antes é o primeiro a se libertar, e nós devemos felicitá-lo por isso, aguardando com paciência o momento da nossa libertação.”
Larissa de Iansã
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