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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Manifestações físicas espontâneas


 Manifestações físicas espontâneas


    
Estudaremos o Capítulo V – “Das Manifestações Físicas Espontâneas”, que se encontra na Segunda Parte do Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. Este capítulo refere-se à análise das manifestações físicas ocorridas sem intervenção da vontade/involuntárias ou até mesmo contra a vontade. 
    Dentre os fenômenos espirituais já estudados anteriormente são muito comuns os ruídos e pancadas, mas deve-se sempre descartar as ilusões e causas naturais. Os ruídos espíritas tem intensidade e timbre bem variados e as pancadas são secas, ora surdas, fracas e leves, ora claras, distintas e, às vezes, retumbantes que alternam de lugares e se repetem sem regularidade mecânica. Esses ruídos e pancadas devem obediência e demonstram reconhecimento de uma causa de inteligência. 
    Certificado da manifestação espírita através de ruídos e pancadas não se deve ter medo, pois tais manifestações tem o propósito de chamar a atenção para algo ou de demonstrar a presença de uma força superior ao homem. Reconhecido o propósito, cessam os ruídos ou pancadas. Vários espíritos provocam os fenômenos por causas louváveis ou mesmo boas intenções como para se comunicar com certas pessoas, para dar recado ou aviso, pedirem algo para si ou para outros (ex.s: oração), solicitam, em nome deles, votos que não puderam cumprir ou para reparar uma ação má que não praticaram quando eram vivos, etc.

                                

    Contudo, existem vários outros tipos de manifestações físicas espíritas que podem levar a perturbações e estardalhaços (móveis e objetos derrubados, projetis lançados, portas e janelas são abertas e fechadas por mãos invisíveis, ladrilhos quebrados). Também podem acontecer de se ouvir tudo, mas quando se chega no local tudo está em ordem, e quando se sai começa toda a barulhada novamente.
    São manifestações de espíritos pouco evoluídos que os fazem por divertimento, que se agarram em frequência a um determinado indivíduo atormentando-o e perseguindo-o de casa em casa. Também poderão perseguir por vingança. Ocorre que, repita-se, não se deve ter medo, mas buscar saber o que querem esses espíritos, através de um médium respeitoso e, qualquer que seja o espírito, devemos sempre ter amor e oração/prece. Em capítulo próprio será tratada a questão referente às obsessões.
    Sempre se deve ter o cuidado de observar os fenômenos para verificar se são reais ou falsos, evitando a ilusão e fenômenos naturais, como já ponderado. Com relação aos casos de arremesso de objetos, os espíritos explicam que há sempre alguém encarnado por perto que o espírito utiliza sua energia para concretizar tais fenômenos. Essas pessoas, muitas vezes, não sabem que são usadas pelos espíritos e que são pessoas com faculdades mediúnicas naturais e avançadas. São raras as situações em que o espírito age sozinho, sem a energia de um encarnado. 
    No capítulo em referência, Kardec relata um diálogo com um espírito que provocava ditos fenômenos. Esse espírito explicou que apenas arremessava objetos que encontrava nas redondezas com a ajuda na energia de uma pessoa, mas que, se necessário fosse, também seria possível construir ditos objetos para conseguir seu intento. Ainda, os fenômenos de transporte têm a boa intenção do espírito e consiste no transporte espontâneo de objetos inexistentes nos lugares onde se encontram os observadores e são, na maioria, flores e, às vezes, frutos, confeitos, joias, etc.
    Kardec cita texto do Espírito Erasto, discípulo de São Paulo, que explica ser o transporte o fenômeno mais raro, especialmente porque o espírito e o médium devem ter muita afinidade e semelhança capaz de permitir que a parte expansível do perispírito do encarnado se misture com o do espírito que tem a intenção de fazer o transporte, além do que a tangibilidade exige, também deve haver uma combinação muito especial para isolar e tornar invisíveis o objeto ou objetos destinados ao transporte.


    Em suma, os fenômenos de tangibilidade (ruídos, pancadas, arremesso de objetos etc) são frequentes, mas o transporte raramente acontece porquanto difícil de realizar, já que dependem de atos complexos entre espírito e médium. Sempre procure agir com honestidade, verdade e amor. “Falai com o coração”. Uma característica do fenômeno de transporte é que o médium somente o obterá em estado sonambúlico porque neste estado há o desprendimento natural ou uma forma de isolamento do espírito e do perispírito, o que facilita a combinação dos fluidos necessários. 
    Pois bem. Vejam que vários são os fenômenos espíritas involuntários que ocorrem em nosso meio, inclusive na Umbanda, e devemos sempre estar atentos a estes fenômenos, pois acontecem também como forma de algum espírito chamar a atenção para algo ou de demonstrar a presença de uma força superior. 
    Ainda, podem acontecer fenômenos como objetos lançados, movidos, etc, por espíritos zombeteiros, que pretendem apenas se divertirem, ou até mesmo espíritos vingativos. Cuidado devemos ter com nossa vibração, pois esses espíritos de uma vibração menos evoluída sintonizarão conosco apenas se estivermos na mesma frequência deles. Portanto, orai e vigiai sempre. Observemos e fiquemos atentos para excluirmos as ilusões e os fenômenos naturais, não confundindo com os fenômenos físicos espontâneos.
    No mais, a melhor conduta sempre é termos o amor no coração e agir com esse amor em relação aos nossos irmãos desencarnados que nos cercam (aqueles que nos auxiliam, os que nos pedem ajuda, os que querem retirar nossa energia magnética ou mesmo aqueles que pretendem nos prejudicar ou por qualquer outro motivo) e a oração sincera e verdadeira é a melhor solução.
    Axé e muita luz para todos e para nossos irmãos espíritos.


Girlei de Iemanjá

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