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terça-feira, 20 de julho de 2021

Manifestações visuais


 Manifestações visuais


    Daremos continuidade ao estudo do livro dos médiuns, hoje estudaremos os ensinamentos presentes no capitulo VI parte segunda: Manifestações Visuais.

    Devemos, primeiramente, fazer a diferenciação dos seguintes termos: visão, aparição e alucinação. A visão é a manifestação visual mais comum, que acontece durante os sonhos. Pode ser uma visão atual, relacionada ao momento presente, uma visão retrospectiva ligada ao passado ou, em casos excepcionais, um pressentimento do futuro. Já a aparição ocorre enquanto desperto, enquanto gozamos plenamente de nossas faculdades. A alucinação é a explicação que os incrédulos atribuem para as manifestações visuais, ela exprime o erro, uma ilusão.

    Entre as manifestações dos espíritos, as visuais são as mais interessantes e mais “perigosas”, uma vez que os espíritos que se manifestam podem pertencer a qualquer classe, das mais elevadas as mais inferiores, podendo possuir boas ou más intenções. Ocorrem geralmente para mostrar que a alma conserva sua individualidade após a morte, que a morte é apenas um desprendimento da carne, uma alteração do estado físico. Devemos esclarecer que todos os espíritos são passíveis de se tornarem visíveis, no entanto nem sempre têm permissão ou vontade para tal. O principal objetivo daqueles desencarnados que se apresentam com má intenção é assustar e muitas vezes vingar-se. Já os com boas intenções vêm até nós para consolar, dar conselhos, provar sua existência e, até mesmo, pedir ajuda.

    Neste capitulo os reveladores nos lembram que o plano espiritual coexiste com o plano material, sendo assim, há espíritos nos rodeando a todo momento, da mesma forma como temos o ar que nos cerca, as células que constituem nosso corpo físico... Mas seria inconveniente se os víssemos constantemente, pois causaria uma perturbação muito grande, e, pensando estar sozinhos, agimos mais livremente. Os espíritos reveladores nos confortam ao esclarecer que não devemos ter medo das aparições pois são apenas espíritos, que devemos temer os vivos em nosso plano, visto que um espírito com más intenções não precisa necessariamente se colocar à visão, basta que exerça influência no pensamento do encarnado para induzi-lo ao mal. Por isso é importante mantermos os pensamentos positivos.



    Assim como todas as outras manifestações, a aparição está relacionada as propriedades do perispírito, estando sujeita a modificações de acordo com sua vontade. Kardec pergunta se os espíritos são capazes de se apresentar sob a forma de animais e os reveladores dizem ser possível, mas que nestes casos geralmente são espíritos muito inferiores. Ao contrário do que muitos pensam, nossos olhos não participam da visualização, mas sim a alma, prova disto é que mesmo com os olhos fechados as aparições podem ser visualizadas. É possível também que deixem impressões ao toque, se tornando momentaneamente tangíveis, palpáveis, provando que entre eles e nós existe matéria. 

    Durante o sono todos somos capazes de ver os espíritos, porém, quando em estado de vigília, é necessário que haja uma aptidão. Essa aptidão pode ser exercitada assim como os outros tipos de faculdades mediúnicas, mas os Reveladores recomendam esperar o desenvolvimento natural para que não surjam perturbações indesejadas.

    Ao analisarmos as informações contidas no capítulo, podemos observar diversas semelhanças entre o Kardecismo e a Umbanda. A visualização do plano espiritual sempre acontecerá com permissão e com um propósito. Podemos nos deparar com situações onde observaremos algum espírito em sofrimento que vem em busca de ajuda, da mesma forma um espirito de maior grau evolutivo pode se apresentar para nos solicitar auxilio. Sempre é importante questionarmos qual a finalidade daquele contato.

    Uma divergência entre a doutrina Kardecista e a da Umbanda praticada em nossa casa se mostra na pergunta de número 30, quando os reveladores destacam que os espíritos que se apresentam com formas de animais são muito inferiores. Em nossa doutrina temos diversos guias que se plasmam sob a forma de animais (como por exemplo os Caboclos Cobra Amarela e Pantera Negra) com o intuito de se adequar ao trabalho realizado por eles, não estando relacionado ao grau evolutivo. Para diferenciarmos as intenções daqueles que se manifestam à nossa visão, devemos sempre sentir a energia que eles transmitem, para que não sejamos enganados por maus espíritos.

Axé.

Pedro de Xangô e Larissa de Iansã

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