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segunda-feira, 29 de julho de 2024

Ogum Rompe Mato

 Ogum Rompe Mato

O  Orixá Ogum trabalha na linha da lei, que traz em sua força a abertura de caminhos frente  às batalhas travadas interna e externamente durante nossa vida. É também Orixá do ferro, das ferramentas e da tecnologia, representando  força e determinação, característica muito presente em seus filhos. Este Orixá é retratado como um forte guerreiro, portanto é comumente sincretizado com São Jorge.

Ogum vem com sua força dividida em diversas falanges que tem sua energia cruzada, interligada com os outros Orixás, os quais irradiam sua energia juntamente com Ogum em sua falange. São diversas falanges, Ogum Matinata, Ogum Beira-Mar, Ogum De Lei, Ogum Yara, Ogum Malê, Ogum Megê, Ogum Rompe-Mato, Ogum Sete Espadas e Ogum Sete Ondas. Hoje falaremos um pouco da falange de Ogum Rompe-Mato, que trabalha na vibração de Ogum com Oxóssi. 

Ogum Rompe-Mato é dito como Orixá que protege e vigia a entrada das matas e as trilhas, proporciona a ordem e equilíbrio dos espíritos que lá vivem, mantendo este ambiente limpo para atuação da força e conhecimento de Oxóssi.

Este Orixá também retrata coragem,  visto que rompe matas fechadas e desconhecidas, enfrentando o medo e agindo com coragem nas batalhas da vida, ensinando como devemos guerrear, com coragem e estratégia, utilizando a força divina da natureza que encontra-se no interior de todos nós.

Os caboclos de Ogum trabalham na vibração de Ogum Rompe-Mato e as cores deste Orixá são verde, vermelho e azul. Deve-se tomar cuidado para não confundir o Orixá Ogum Rompe-Mato com o guia Caboclo Rompe-Mato o qual trabalha na irradiação da força de Ogum Rompe-Mato, sendo um Orixá e o outro o Guia que trabalha na força deste Orixá.

Thiago Soares de Ogum Rompe-Mato


sábado, 27 de julho de 2024

Respire

 Respire

Ao nascermos a primeira coisa que fazemos é respirar, alguns dizem que o choro do recém nascido é devido à dor do ar expandindo os pulmões pela primeira vez.

Nós, seres humanos, somos os únicos capazes de alterar de maneira consciente e proposital nosso ritmo respiratório. 

O controle da respiração é objeto de estudo de diversas religiões

O que vem primeiro, o ovo ou a galinha? O que vem primeiro é a alteração de padrão respiratório, ou são nossas emoções que geram estas alterações.

O importante nesses casos é se lembrar que a respiração e nossos estados mentais e emocionais estão sempre conectados.

Por isso lembre-se, em situações de ansiedade e de stress, comece tomando consciência de sua respiração, inspirando e expirando profundamente, e verá a calma retornando.

Em situações onde será necessário algum nível de força de trabalho, procure uma respiração marcial.

Mas lembre-se, este controle não acontece da noite para o dia, sendo necessário prática.

Tentei em sua casa, alterar os padrões respiratórios para ver a mudança em seu corpo e pensamento.


Pedro Maciel de Xangô.’.


quinta-feira, 25 de julho de 2024

Cambones

 Cambones


Cambones são médiuns auxiliares, responsáveis em ajudar as entidades, médiuns incorporados e visitantes. Alguns terreiros utilizam o sistema de cambone fixo, onde cada médium em desenvolvimento tem seu cambone; outros terreiros utilizam o sistema rotativo, onde em cada gira o cambone auxilia um médium diferente. Nosso terreiro atualmente utiliza o sistema de rodízio, onde à medida que os médiuns incorporam, os médiuns auxiliares vão auxiliar seguindo a ordem dos mais velhos de casa para os mais novos. Isso pode variar de acordo com as instruções do guia chefe, de acordo com a necessidade. 

O cambone deve cuidar do material do guia durante a gira, entregando os instrumentos que necessite, também auxilia os consulentes quando necessário, guiando os mesmos até os guias que os atenderão, buscando algo que o guia precise durante aquele atendimento (por exemplo velas, ervas, álcool, etc), também auxilia os consulentes no entendimento de algo que o guia queira transmitir, explicando algumas palavras utilizadas que podem ser incomuns para o consulente, fazer anotações sobre os trabalhos e esclarecer dúvidas. 

Os cambones também auxiliam em sustentações vibratórias para que o guia possa executar sua consulta da melhor forma. É muito importante que o cambone se faça presente com o guia que auxilia, realizando sustentação e irradiação de suas energias. Entender que estar ao lado do guia é mais do que só realmente ficar de lado, é se conectar com ele, ajudando assim ainda mais no trabalho, transmitir vibrações através dos pensamentos, das palmas  dos pontos cantados. 

Quando o médium está em desenvolvimento, é importante que o cambone além de transmitir boas vibrações para auxiliar na conexão do médium com o guia, o cambone também fique atento, cuidando para que o médium não se machuque enquanto gira.

Ser cambone é aprender sempre algo novo, é poder sentir um abraço de preto velho, a bravura de um caboclo, a alegria do baiano, a pureza das crianças, a vivência dos ciganos, o auxílio dos boiadeiros, a sinceridade dos exus, tudo isso simplesmente auxiliando. 

Ser cambone é um mérito, que muitos ainda têm dificuldade em reconhecer esse valor.

Alice de Xangô


segunda-feira, 22 de julho de 2024

Benzimento

Benzimento 

Benzer significa tornar bento, "bendizer" (dizer bem de algo ou alguém).  Benzedores trabalham gratuitamente, curam pela fé e não se consideram portadores de poderes especiais. Benzer é basicamente usar o elemento natural e a reza como ferramentas da cura espiritual. 

O livro dos rituais com ervas dá umas dicas de benzimento, não com intuito de formar benzedores profissionais, para auxiliar quem sabe através da prática, o surgimento de uma força interior desconhecida e a capacidade de ajudar o semelhante.

De acordo com a lei da atração: somos o que pensamos e o que vibramos, podendo dizer que proporcionamos aos outros aquilo que emanamos, seja pensando ou vibrando.  O benzimento é o ato de dizer (pedir) a Deus, a natureza, as forças da Criação, à Lei Maior, a Justiça Divina que abençoe essa pessoa e para isso você está aqui, dizendo bem dela.

Através do benzimento pode-se pedir pela cura, abertura de caminhos, empregos, paz espiritual, até por bichos ou coisas, pois colocamo-nos como instrumento de interseção entre o pedinte e o divino.

A figura de um benzedor pode estar em qualquer pessoa, mas a correria do dia a dia faz com que esses dons fiquem inibidos, é importante entender que o benzimento está em você, suas mãos são poderosos captadores, receptores e fornecedores de energia. Aprender ou se descobrir benzedor não te torna um ser especial, não se precisa mudar os hábitos e rotina para isso, basta se ter comportamentos aptos à moral, bons costumes e bom senso. 

Pode-se consagrar elementos para auxiliar no benzimento, por exemplo chave, cachimbo, punhal, crucifixo, medalhas, flores, ramos, penas, maços de ervas, etc.

Quando se vai fazer um benzimento, é aconselhado que se tenha um ponto de apoio (um altar ou algum lugar com elementos naturais) para se firmar uma vela. Antes da prática prepare-se rezando e pedindo a Olorum que te faça instrumento vivo de sua vontade para benzimento de seu semelhante, faça em si o sinal da cruz, mentalizando boas energias, vibrações, se preparando para realizar seu trabalho. Respire fundo e siga em frente com o benzimento.

Alice de Xangô


sábado, 20 de julho de 2024

A Perda

 A Perda

Muitas vezes nos sentimos tristes, angustiados e chateados com a perda de algo, seja a perda de um ente querido, um objeto material ou de uma oportunidade, etc. Porém, por que ficamos com esse sentimento?

Na grande maioria das vezes a base deste sentimento é a expectativa, a expectativa do que ainda estaria por vir, do que não aconteceu ainda. Ficamos tristes por “perder” uma oportunidade de um novo emprego, e toda a expectativa que colocamos nele. 

A perda de um ente querido é muito dolorosa e nos coloca muitas vezes em estado de profunda tristeza, seja por não ter aproveitado o tempo que passou da maneira como gostaríamos, seja por não  ter mais tempo para aproveitar. De toda forma a dor é inevitável.

Para amenizar este sentimento, devemos lembrar que não existem perdas, pois nada é nosso. Nada que vivemos, nada que “possuímos" é realmente nosso, tudo nos foi emprestado por um criador maior, seja a nossa vida, nosso corpo, nossos bens, no plano espiritual não existe posse.

Nosso corpo físico nos é cedido, como uma forma de empréstimo, com um documento de guarda e responsabilidade, nada mais que um contrato de aluguel com o plano maior, para que possamos passar pelas expiações necessárias durante nossas passagens pelo plano físico. Da mesma forma que um fruto cai de uma árvore quando está maduro, a árvore não lamenta aquela perda, pois sabe que daquele fruto que se desprendeu, outras vidas virão, ou o mesmo servirá de matéria orgânica para a própria árvore.

Ao perdermos um ente querido, devemos nos lembrar que apenas seu corpo físico irá desaparecer, tal qual o fruto da árvore, e que  inevitavelmente o mesmo irá ocorrer conosco. O que ocorre é apenas um processo de devolução, o físico será devolvido ao físico e o espiritual ao plano espiritual. Não se trata de uma perda, apenas uma despedida, uma mudança na vibração das moléculas que constituem nossos planos. Se fosse realmente uma despedida, poderíamos nem lembrar mais do motivo da perda, pois deixaria de existir o objeto da angústia.

Uma oportunidade de trabalho que às vezes não deu certo e achávamos que seria a mudança de nossas vidas, poderia na verdade não trazer os benefícios esperados, o que do ponto de vista lógico, não justifica o sofrimento. Quando passar por um processo de perda, lembre-se disso, não existem perdas reais, pois nada neste mundo nos pertence.


Pedro Maciel .’. de Xangô


quinta-feira, 18 de julho de 2024

Alquimia Mental e Verbal

 Alquimia Mental e Verbal

Quando se fala sobre magia, muito se diz a respeito do poder da mente/ pensamento e seu poder transformador, é importante abordar também a importância e poder das palavras. Desde a antiguidade mais remota existe a fé no poder das palavras e até hoje muito se discute sobre a influência de autoafirmações positivas para alterar para melhor a própria realidade. Mesmo nos textos bíblicos é dito que Deus teria criado o mundo através do verbo. Na ficção existem palavras mágicas chave como “abracadabra”, que se especula que na verdade foi uma adaptação de conhecimentos esotéricos sérios muito antigos. 

O ponto em que queremos chegar é que a alquimia de si mesmo, através de uma assepsia de palavras e pensamentos, é algo fundamental para qualquer pessoa que queria se aprimorar. E que o magista que não estiver atuando nessa frente estará longe de atingir seu potencial. Uma frase bem conhecida nos diz que: “o que você pensa, você fala, o que você fala; você faz.” E apesar de não ser uma verdade absoluta, nos traz uma reflexão importante. Nos mostra a importância de manter pensamentos e palavras positivas, para assim possamos agir de uma maneira também mais positiva. As leis herméticas nos dizem que atraímos o que vibramos. 

É uma lógica simples de se entender, mas talvez seja difícil para o leitor colocá-la em prática. Um exemplo de como isso pode ser feito é passando a observar mais toda vez que falar ou pensar algo negativo como por exemplo fazendo um risco de caneta nas mãos toda vez que observar tais atos negativos. Essa observação se torna um exercício, onde se observa o quanto nossas mentes e expressões andam contaminadas. 

Devemos sempre ser protagonistas de nossas próprias vidas, quando somos reativos, acabamos nos deixando dominar por algo que é alheio e renunciamos ao controle de nossas ações. O único resultado que reclamar causa em nossas vidas é mudar nossa vibração, negativar nossos pensamentos e nossas palavras. “Esperar que reclamar resolva algo é como esperar que mascar chicletes ajude a resolver equações matemáticas”.

Dificuldades e problemas fazem parte das corridas vidas modernas, a única coisa que podemos optar é qual será nossa atuação diante deles. Estamos dispostos a sacrificar nossa zona de conforto para resolvê-los ou vamos preferir terceirizar a culpa e continuar com os mesmos problemas?


Ricardo de Ogum Matinata


segunda-feira, 15 de julho de 2024

Estudo do livro: Ervas e Benzimento

 Estudo do livro: Ervas e Benzimento do autor Fábio Dantas

CAPÍTULO 03: O poder do som.

O autor destaca que o som tem a capacidade de elevar a consciência do ser humano à fonte divina, promovendo mudanças nos níveis físico, mental e espiritual. É uma das energias mais transformadoras que existem. Existem estudos que explicam que a música pode reduzir a ansiedade, e a depressão, além de contribuir para a redução da pressão arterial e para a manutenção dos níveis de estresse, ou seja, o som pode elevar nosso padrão energético.

O ser humano percebe a frequência de vibração das ondas sonoras como um tom. Cada nota musical corresponde a uma frequência em particular, que pode ser medida numa escala denominada Hertz. A qual o autor destaca as seguintes frequências e suas descrições:

  • 8Hz – Considerada a frequência do universo (som do universo).

  • 396Hz – Transforma a tristeza em alegria, a culpa em perdão.

  • 417Hz – Elimina a negatividade e remove os bloqueios do subconsciente.

  • 432Hz – Promove a paz interior e reduz os níveis de estresse.

  • 440Hz – Pode desencadear o desequilíbrio energético.

  • 528Hz – Estimula o amor e restaura o equilíbrio.

  • 639Hz – Fortalece as relações, a família e a unidade da comunidade. 

  • 741Hz – Limpa fisicamente o corpo das mais diversas toxinas.

  • 852Hz – Desperta a intuição e ajuda a retomar o equilíbrio espiritual.

Em algumas tradições indígenas os Xamãs utilizam instrumentos sagrados para entonar seus cantos, como por exemplo o pau de chuva. Instrumento utilizado para a purificação, proporcionando relaxamento da mente e limpeza espiritual através da força e movimento das águas.

A maraca é outro instrumento muito utilizado pelas tribos brasileiras para a limpeza energética do corpo e dos ambientes, através da força de seu som. No Terreiro podemos notar a presença das maracas em giras de Caboclos e Mestres Juremeiros, por exemplo.

Ainda na tradição xamânica, o autor destaca, que o tambor funciona como um veículo que conduz a outros mundos. Comunicando o plano físico ao espiritual. Nas religiões de matriz africana, como a umbanda, é comum a presença dos atabaques, entre outros instrumentos, os atabaques chegaram ao Brasil por meio de escravos africanos, o seu toque tem a função de equilibrar os trabalhos trazendo a força dos orixás.

Como podemos ver, os sons são sagrados e disso não há dúvidas, é sabido que diversas tradições religiosas utilizam dos sons para buscar uma conexão espiritual, seja através de instrumentos, do canto e até mesmo do silêncio.


Jéssica Gomes de Obaluaê



sábado, 13 de julho de 2024

Estudo do livro: Ervas e Benzimento

 Estudo do livro: Ervas e Benzimento do autor Fábio Dantas

CAPÍTULO 2: O corpo humano e sua relação com chakras, cores, cristais e ervas


A palavra chakra vem do sânscrito, língua da Índia, e significa “roda de luz”. Os Chakras são centros de energia que representam os diferentes aspectos da natureza sutil do ser humano. São eles: Corpo físico, emocional, mental e espiritual.

De acordo com o hinduísmo existem em nosso corpo mais de 80 mil desses centros energéticos, sendo que os sete principais estão localizados ao longo da coluna vertebral e cada um deles tem uma área de atuação específica.

O autor enuncia que o conjunto de chakras contempla as sete principais glândulas do sistema endócrino, estando também, cada chakra, relacionado a uma cor, e por fim associa-os a cristais específicos. A seguir há uma descrição detalhada da associação feita pelo autor entre os chakras, as cores, ervas e cristais:

CHAKRA BÁSICO OU RAIZ

  • Localizado na base da coluna vertebral, ele está relacionado à sobrevivência e a existência terrena, liga-se ao mundo material, à energia física. Ele nos mantém firmes no solo, proporcionando uma sensação de segurança quando está equilibrado.

  • Está relacionado a energia da ação, do eu comigo mesmo, apurando sentimentos como a intuição e comunicação com o cosmos. Quando está desequilibrado pode ocasionar sentimentos de impaciência, apego, culpa e dor.

  • A cor é o vermelho; os cristais Rubi, Ônix, Quartzo vermelho, Granada vermelha, Hematita, Obsidiana, Turmalina Negra, Quartzo esfumaçado, Jaspe-sanguíneo, Calcita vermelha, Obsidiana petra e outras pedras nesses tons; e as ervas sao cenoura, batata, nabo, rabanete, cebola, alho, dente-de-leão, sálvia, gengibre, sabugueiro e cravo-da-índia.

  • As pedras vermelhas são doadoras de vitalidade física e promovem saúde, doam coragem, decisão, sensualidade, mas devem ser utilizadas com cuidado, pois o uso excessivo destas pedras podem provocar insônia, irritabilidade e até mesmo agressividade.

  • O autor ainda explica que as pedras pretas, também utilizadas para esse chakra, são doadoras e dissipam a negatividade, realizando limpezas espirituais e alinhamento energético. Fazem-nos colocar os pés no chão.

CHAKRA SACRAL OU UMBILICAL

  • Localizado três dedos abaixo do umbigo, ele está relacionado à criatividade, reprodução, energia sexual e ao poder. Proporciona esperança e otimismo, quando equilibrado.

  • Esse chakra aborda a relação entre eu e o outro e, se sua energia estiver fluindo, haverá relacionamentos harmônicos com outros seres. Se estiver em desequilíbrio, a pessoa pode acessar rejeição, solidão, ressentimentos e problemas relacionados à sexualidade.

  • A cor é laranja; os cristais são Cornalina, Coral, Opala de fogo, Ágata marrom alaranjada, Âmbar, Serpentinita, Calcita laranja, e outras pedras nesses tons; e as ervas sao Calêndula, gardênia, sândalo, erva-doce, alcaçuz, canela, baunilha, sementes de gergelim, sementes de cominho, hibisco e framboesa.

  • Por fim o autor esclarece que as pedras da cor laranja são doadoras de estímulo criativo, espontaneidade, aflora talentos, proporcionam aconchego, desintoxicam o organismo, desobstruem energias, dissolvem estados mentais perturbados e confusos, abrem a mente para solução dos problemas, aliviam o estresse mental.

CHAKRA PLEXO SOLAR

  • Localizado no alto do estômago, ele está relacionado a personalidade, a vitalidade, a autoestima, o poder pessoal e a sensação de bem-estar físico.

  • Quando a sua energia está fluindo naturalmente a pessoa torna-se plena e realizada com o trabalho e com o dinheiro. Quando a sua energia está bloqueada, entramos em competição com o outro e acessamos sentimentos de ansiedade, medo, preconceitos, desconfiança e negligência.

  • A cor é amarelo, os cristais são Quartzo-citrino, Pedra do sol, Turmalina amarela, Enxofre, Jaspe leopardo, Topázio imperial, Calcita amarela, entre outras pedras nesse tom; e as ervas são Bergamota, alecrim, gengibre, hortelã, louro, canela, erva-doce, e calêndula.

  • As pedras laranjas agem como estimulantes, doadoras de alegria de viver, revigorantes, energizadoras, responsáveis pelo magnetismo pessoal, materialização de bens, atrativas da riqueza, coragem, autoconfiança, brilho, poder e fama.

CHAKRA CARDÍACO

  • Localizado no centro do tórax, ele está relacionado ao amor incondicional, à união e ao amor divino. Ele aumenta a compaixão e o respeito. O bloqueio desse chakra faz com que a pessoa se torne fechada para os vínculos, para dar e receber amor.

  • A cor é o verde; os cristais são Esmeralda, Larimar, Ágata musgo, Aventurina, Quartzo verde, Amazonita, Calcita verde, Turmalina verde, e outras pedras nesses tons; e as ervas são Sálvia, tomilho, lavanda, manjericão, agrião e espinheira-santa.

  • As pedras verdes geram equilíbrio, saúde, estabilidade, sabedoria e segurança. Trabalham no aspecto mental, na inspiração, criatividade, equilíbrio emocional, autoconfiança, amor, autoestima, sensibilidade e na doçura.

CHAKRA LARÍNGEO

  • Localizado na garganta, ele está relacionado com a comunicação, a criatividade, a iniciativa, a expressão, a manifestação da vontade e a independência. Se esse chakra estiver em desequilíbrio, a pessoa pode acessar fracasso, apatia, insegurança, submissão, bem como apresentar problemas na região da garganta.

  • A cor é o azul; os cristais são Topázio azul, Calcedônia, Larimar, Turquesa, Água-marinha, Calcita azul, Quartzo azul, Angelita e outras pedras nesses tons; as ervas são Erva-cidreira, eucalipto e capim-limão.

  • As pedras azuis-claras são doadoras de sabedoria, discernimento, consciência e calma. Promovem segurança, paciência, tolerância, compreensão e aliviam tensões, pressões e dores. Promovem a fluidez verbal e a comunicação.

CHAKRA FRONTAL

  • Localizado no meio da testa, entre os olhos, ele está relacionado à intuição, à nossa conexão com o universo dos sonhos, sensações, símbolos, onde as coisas estão além da matéria.

  • Quando está fluindo livremente, possibilita o equilíbrio entre os nossos lados racional e intuitivo. Se estiver em desequilíbrio, a pessoa pode atingir a ganância, a arrogância, a tirania, a rigidez e a alienação.

  • A cor é o Índigo; os cristais são Sodalita, Safira azul, Lápis-lazúli, Turmalina azul, Azurita e outras pedras nesse tom; e as ervas são Jasmim, espinheira-santa, sálvia, melissa, rosas brancas e tomilho.

  • As pedras azul índigo são doadoras de clareza mental, segurança e paz. Introduzem à meditação, à contemplação, proporcionam senso de justiça e ajudam a nos dar direcionamento.

CHAKRA CORONÁRIO

  • Localizado no topo da cabeça, ele está relacionado à consciência espiritual. Sua fluidez faz com que a pessoa consiga se dedicar à espiritualidade e tenha acesso a experiências espirituais. Se estiver em desequilíbrio a pessoa pode apresentar ausência de fé, irracionalidade, insônia e obsessão.

  • A cor é violeta; os cristais Ágata azul rendada, Quartzo cristal, Diamante, Safira, Violeta, Topázio incolor, Ametista, Amazonita, Damburita, Fluorita, Selenita e outras pedras nessa cor; e as ervas são Lavanda, anis-estrelado e girassol.

  • As pedras de cor violeta são transmutadoras e auxiliam na conexão espiritual.

  • As pedras brancas, que também são utilizadas nesse chakra, por representar a união de todas as cores e ser comumente associada a cor espiritual pela maioria das tradições religiosas.

Jéssica Gomes de Obaluaê

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Estudo do livro: Ervas e Benzimento

 Estudo do livro: Ervas e Benzimento do autor Fábio Dantas
CAPÍTULO 1: Breve histórico das ervas


Neste capítulo o autor enuncia uma linha do tempo sobre os saberes que os seres humanos adquiriram sobre as mais diversas ervas ao longo da história da humanidade, destacando que as ervas sempre foram utilizadas para fins alimentares, medicinais e espirituais. Vale lembrar que a prática espiritual com ervas surgiu diante da necessidade de sobrevivência e da religiosidade dos povos antigos, pois acreditava-se que as curas por meio das plantas eram promovidas pelas divindades, que concediam aos humanos o conhecimento sobre os poderes curativos da natureza. Porém, não existe um consenso sobre o momento em que o homem passou a utilizar as plantas de forma medicinal.

Os primeiros registros sobre o tema estão em documentos suméricos e babilônicos, datados de mais de 3000 a.C., ambos retratam o saber de curandeiros e feiticeiros sobre as propriedades de diversas ervas. Posteriormente, escritos de 2800 a.C. produzidos pelo Chinês Shen Numg, descreve o uso de centenas de plantas medicinais na cura de variadas enfermidades.

No Egito há registros do primeiro curandeiro ilustre, Imhotep, médico do faraó Djoser, em torno de 2600 a.C., e em 1873 foi decifrado por Georg Ebers um papiro egípcio, que continha escritos relativos à preparação de remédios “para todas as partes do corpo humano”, sendo considerados o primeiro tratado médico documentado antes da era cristã. Já na Índia existem registros escritos nos Vedas, livros de registro da civilização hindu, por volta de 2500 a.C. que também mencionam o uso de ervas para a promoção da cura, mas o apogeu das ervas medicinais e magicas se deu em 1000 a.C..

Na Grécia, a mitologia se mistura à história das ervas, conta a lenda que o Centauro Quírion foi o primeiro herborista e boticário da humanidade e que o Deus Apolo teria confiado ao ser mitológico a educação de seu filho Asclépio, que viria a ser o Deus da mMedicina. Ainda na Grécia temos o médico e filósofo Hipócrates (460 a.C. - 377 a.C.) considerado o pai da Medicina. Além de Teofrasto, considerado o pai da Botânica, escreveu a história das plantas e descreveu 450 tipos de árvores, flores e ervas em geral.

Logo após o autor destaca que com o crescimento do Império Romano o saber também se deslocou para Roma e lá se estabeleceram os dois maiores herbolários da era cristã: Dioscórides e Galeno. O primeiro é considerado o fundador da farmacologia sendo o autor do principal livro sobre drogas medicinais do século I até o século XVIII. O segundo foi médico de imperadores como Marco Aurélio e Cômodo, entre outros. Escreveu mais de duzentas obras, sendo considerado o pai da fisiologia, descobriu como separar os princípios das plantas o qual é utilizado até hoje.

Com o declínio do Império Romano e a ascencao do império árabe, o conhecimento sobre ervas se destaca entre 980 – 1037 d.C. nas literaturas deste povo. Avicena ficou conhecido por mais de seis séculos como “o príncipe dos médicos”, sua fama veio muito cedo, aos 17 anos já era considerado mestre na arte de curar e segundo os registros usava Lavanda, Camomila e Menta em seus preparos.

Na Idade Média os mosteiros e conventos tornaram-se centros importantes de estudos, os livros e manuscritos existentes foram todos recolhidos e levados para posse das ordens religiosas, os membros destas passaram a utilizar os conhecimentos sobre o emprego das plantas medicinais, cultivando-as e utilizando como alimentos, bebidas e medicamentos. Destaca-se também que a busca por “especiarias”, que nada mais eram que temperos e ervas obtidas na Índia, datam o início das grandes navegações europeias. Nestas viagens o boticário Tomé Pires e o físico suíço Paracelso, fizeram descobertas que atravessaram a Idade Média e o Renascimento, ganhando força nas primeiras universidades que surgiram, pois naquele tempo as doenças eram tratadas com terapias vegetais.

Em relação ao aspecto religioso, o autor destaca que acreditava-se que as plantas possuíam propriedades ocultas e segredos revelados à humanidade pelos Deuses, daí a incorporação religiosa e mística do emprego das plantas para a cura de doenças.

Já no Brasil, quando os portugueses aqui desembarcaram encontraram nativos que usavam Ururcum para pintar o corpo e protegê-lo das picadas dos insetos, além de tingir seis objetos cerâmicos. O Padre José de Anchieta, em suas “cartas”, descreveu a riqueza da flora e da medicina indígena. A cultura religiosa indígena por meio das ervas foi associada à prática dos benzedores, curandeiros, rezadores e praticantes de religiões afro-brasileiras que também utilizavam as plantas em seus rituais. Devido à pluralidade religiosa brasileira, diversas religiões utilizam do poder das ervas. Desta forma, os indígenas nativos, o negro africano escravo e os portugueses mesclam o conhecimento de suas ervas, criando-se essa grande diversidade de medicina popular, misturado aos aspectos das três etnias.

O autor então conclui que para entender a energia das plantas é preciso ir além de tudo que conhecemos. As ervas possuem axé (força) e atuam energeticamente sobre o corpo espiritual das pessoas. Quando combinadas de maneira adequada, limpam a aura, trazem equilíbrio, seja no campo espiritual ou no material. Por tanto, sem folhas não há Orixá e não há seres humanos.


Jéssica Gomes de Obaluaê


segunda-feira, 8 de julho de 2024

Quem foi Dadá no Cangaço?

 Quem foi Dadá no Cangaço?

Sérgia Ribeiro da Silva, mas popularmente conhecida como Dadá, nasceu no dia 25 de abril de 1915 na cidade de Belém do São Francisco em Pernambuco. Dadá também era chamada "Suçuarana do Cangaço”.

Dadá foi raptada aos 12 anos na cidade de Mucururé por Cristino Gomes da Silva Cleto, também conhecido por Corisco ou Diabo Louro, e ambos eram primos. Dadá diz que numa terça-feira iria lavar roupa em uma fonte próxima a sua casa, como já era de costume, ela pegou sua trouxa de roupa e fora lavar e foi surpreendida por um tremor na terra, aí do deu-se por vir eram 6 cavalos chegando em sua direção cercando-a, disseram: “viemos lhe buscar”, Dada ficou sem entender, apanhou suas roupas e retornou para casa, ao chegar em casa seu pai já estava com a demanda, pegaram Dada pelo braço a arrastando e levando ela na garupa de seu cavalo, e sua família em prantos .

Dadá foi sequestrada e estuprada por Corisco. Dadá teve sete filhos durante sua vida no Cangaço, e teve que se separar de todos eles, pois no Cangaço não poderia haver crianças. Com tal continuidade Dada foi tomando amor por Corisco e não queria mais ninguém, dizia que era como um pai, um professor pra ela. Casaram em 16 de fevereiro de 1940. 

Em 1939 Corisco foi gravemente ferido em um tiroteio perdendo os movimentos dos braços, então nesse momento Dada foi quem usava armas e comandava o bando. Logo após resolveram abandonar a vida no Cangaço e viver uma vida normal, porém o tenente José Rufino recebeu uma denúncia de onde estavam e foi nesse momento o qual matou Corisco e feriu gravemente Dada. Ela recebeu um tiro no pé assim tendo que amputá-lo, depois de várias cirurgias amputou ficando apenas com 4 dedos de coxa.  

Dadá era a única mulher que portava um fuzil no Cangaço e a única a comandar um bando. Dadá foi exemplo de uma mulher que não foge à luta. Anos depois, em 1968 Zé Rufino pede perdão a Dada pelo feito a ela e ao seu companheiro. Dadá faleceu em 7 de fevereiro de 1994. Mas deixou vários adjetivos acompanhando seu nome, como guerreira, batalhadora e valente.


Karol de Xangô