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sábado, 20 de julho de 2024

A Perda

 A Perda

Muitas vezes nos sentimos tristes, angustiados e chateados com a perda de algo, seja a perda de um ente querido, um objeto material ou de uma oportunidade, etc. Porém, por que ficamos com esse sentimento?

Na grande maioria das vezes a base deste sentimento é a expectativa, a expectativa do que ainda estaria por vir, do que não aconteceu ainda. Ficamos tristes por “perder” uma oportunidade de um novo emprego, e toda a expectativa que colocamos nele. 

A perda de um ente querido é muito dolorosa e nos coloca muitas vezes em estado de profunda tristeza, seja por não ter aproveitado o tempo que passou da maneira como gostaríamos, seja por não  ter mais tempo para aproveitar. De toda forma a dor é inevitável.

Para amenizar este sentimento, devemos lembrar que não existem perdas, pois nada é nosso. Nada que vivemos, nada que “possuímos" é realmente nosso, tudo nos foi emprestado por um criador maior, seja a nossa vida, nosso corpo, nossos bens, no plano espiritual não existe posse.

Nosso corpo físico nos é cedido, como uma forma de empréstimo, com um documento de guarda e responsabilidade, nada mais que um contrato de aluguel com o plano maior, para que possamos passar pelas expiações necessárias durante nossas passagens pelo plano físico. Da mesma forma que um fruto cai de uma árvore quando está maduro, a árvore não lamenta aquela perda, pois sabe que daquele fruto que se desprendeu, outras vidas virão, ou o mesmo servirá de matéria orgânica para a própria árvore.

Ao perdermos um ente querido, devemos nos lembrar que apenas seu corpo físico irá desaparecer, tal qual o fruto da árvore, e que  inevitavelmente o mesmo irá ocorrer conosco. O que ocorre é apenas um processo de devolução, o físico será devolvido ao físico e o espiritual ao plano espiritual. Não se trata de uma perda, apenas uma despedida, uma mudança na vibração das moléculas que constituem nossos planos. Se fosse realmente uma despedida, poderíamos nem lembrar mais do motivo da perda, pois deixaria de existir o objeto da angústia.

Uma oportunidade de trabalho que às vezes não deu certo e achávamos que seria a mudança de nossas vidas, poderia na verdade não trazer os benefícios esperados, o que do ponto de vista lógico, não justifica o sofrimento. Quando passar por um processo de perda, lembre-se disso, não existem perdas reais, pois nada neste mundo nos pertence.


Pedro Maciel .’. de Xangô


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