Quando pensamos em “leis” , uma definição que vem à nossa cabeça é a Lei Humana, que nada mais é que uma regra ou um princípio imposto pela sociedade. As Leis Humanas irão conduzir nossas ações e caráter moral, são elas que mantém a ordem e o desenvolvimento de nossa sociedade. Mas essas leis são criadas por homens que, por sua vez, são imperfeitos, assim sofrem periódicas mudanças e adaptações à medida que progredimos enquanto humanidade e vamos adquirindo maior consciência da vida em sociedade. Já a Lei Divina ou Lei natural, foi criada pela Força Maior do Universo, o criador de todas as coisas, que chamamos de Olorum, ou Deus. Essas leis são eternas e imutáveis, é nelas que encontraremos auxílio no caminho para evolução terrena e de nosso espírito, como também são apropriadas à natureza de cada plano espiritual, sendo que todos os espíritos, sejam eles encarnados ou desencarnados, estão submetidos à Lei Divina que governará o Universo.
No Livro dos Espíritos, Kardec dividiu, didaticamente, as Leis Divinas em 10 Leis. Sendo elas: Lei de Adoração, do Trabalho, de Reprodução, de Conservação, de Destruição, de Sociedade, do Progresso, de Igualdade, de Liberdade e do Amor e Caridade. E neste estudo, especificamente, vamos abordar a Lei de Adoração e do Trabalho. A Lei de Adoração, é a primeira Lei Divina. Se pararmos para pensar, é uma lei natural que perpetua durante os tempos e povos da história humana, pois o ser humano sempre teve crenças em divindades maiores. Sempre se foi cultuado um deus, mesmo que de diferentes formas e culturas, representando, em nossas consciências, uma intuição de que existe uma energia superior a nós.
Mas afinal, o que quer dizer adorar essa Força Divina?
Muitas pessoas acreditam que estar sempre presente em templos religiosos e assíduos nas atividades de sua doutrina, como também, atualmente com as redes sociais, precisam estar o tempo todo mostrando conteúdos sobre suas respectivas religiões, ou até mesmo suas firmezas. Claro que nada desses exemplos citados são formas erradas de se adorar Deus, mas essa Lei de Adoração vem nos mostrar que vai muito mais além disso.
Adorar a Deus, nada mais que pensar n’Ele. Assim como nós pensamos e lembramos de pessoas que amamos, de nossas responsabilidades no trabalho, nos estudos, no terreiro, precisamos também lembrar de Olorum constantemente. Quando nos lembramos d’Ele, encontramos uma forma de nos conectarmos e de nos aproximarmos dessa Energia Divina. Precisamos sempre, ir além de nossas obrigações e preocuparmos em sermos notados e reconhecidos de alguma forma, firmar nossa cabeça e adorar a Deus no nosso momento mais íntimo, pois é dessa maneira que conseguimos sentir e crer nessa força, são nesses momentos que iremos sentir que temos um colo, um porto seguro e uma energia superior que sempre nos olha, protege e cuida.
Falado isso, em algumas religiões há um entendimento de que a adoração a Deus e nossa salvação por ter essa crença estão intimamente ligadas. Porém em religiões que trabalham com o espírito de uma forma mais diretas, como na Umbanda e no Espiritismo, o fato de apenas adorar a Força Divina não é suficiente, temos que transpassar esse nível de somente crer em Deus, exercitando, diariamente, nossa crença em sua força. E para colocarmos isso em prática, temos outra Lei Natural que nos orienta: a Lei do Trabalho, que será abordada em um próximo texto.
Isabela de Iansã
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