O simbolismo da Kabbalah observado em ordens, religiões e nas situações da vida
Continuando o estudo onde foi feita uma introdução básica da kabbalah, no texto de hoje discutiremos e entenderemos a presença da cabala dentro de religiões e sociedades Secretas/discretas. A proposta desse texto é mostrar aplicações práticas da Kabbalah e trazer reflexões sobre nossos próprios caminhos. É indicado para quem nunca teve contato com o assunto que leia o texto anterior, pois não é possível voltar a explicar toda a base desse conhecimento sem se estender demais. Para não causar confusão deixamos explícito desde já que chamaremos cada esfera do diagrama da árvore da vida da cabala de Sephirot e o plural delas de Sephira.
Um dos grandes objetivos iniciais dos religiosos, magos e adeptos kabbalista está em encontrar seu eu solar, que em algumas tradições é traduzida como a “verdadeira vontade”, Dharma, vocação, enfim, aquilo que nascemos para fazer, o caminho que esta de acordo com nossa natureza divina específica e única. Diante disso, várias religiões e sociedades usam esse objetivo para “hierarquizar”, definir processos para aprimoramento de adeptos, algumas de forma explicita e outras implicitamente.
Conforme abordamos no texto anterior, a árvore da vida da Kabbalah é um diagrama que estuda as formas de criação e manifestação de Deus. O plano material é malkut, a matriz da rotina diária. Quando estamos buscando algo novo (como entrar em uma nova religião ou ordem, aprender um novo instrumento, escolher uma nova profissão etc) estudamos diversas fontes de conhecimento, nesse ponto saímos da sephirat Malkut e entramos em yesod que é a lua.
A lua simboliza o plano mental onde entramos em contato com o máximo de informações possíveis para entender e decidir qual caminho queremos trilhar. E a simbologia aqui é perfeita, pois o grande objetivo inicial é alcançar o nosso sol e a lua não tem luz própria, mas reflete a do sol, ou seja, através dessa experimentação podemos ter pequenas degustações e observar se aquele conhecimento teve efeito como uma lua cheia (refletiu muito sua verdadeira vontade), se foi uma lua nova(não fez nenhum sentido de acordo com sua essência) ou se foi como as luas intermediarias, crescente e minguante, que despertou o interesse parcialmente. Esse processo da lua pode ser comparado com o momento que o neófito ou o visitante decide se quer ou não entrar na religião ou ordem.
Nesse breve texto mostramos um conhecimento utilizado na estruturação de muitas religiões, ordens, e que condizem com muitas situações cotidianas da vida. Como pudemos ver aqui nos referimos a apenas 5 sephira, que são apenas metade do caminho, metade do caminho para a unidade com Deus. Esperamos que o texto, mesmo raso, possa mostrar se a kabbalah se mostra como uma “lua cheia” em suas vidas e se for o caso, que desperte a vontade de estudar mais pelo assunto. Axé.
Ricardo de Ogum Matinata
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