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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Orixá Exu

 Orixá Exu

Na língua iorubá, Exu significa “esfera”, é o princípio natural de tudo, o início, o ponto de partida, o nascimento, a força de criação. Exu é o primeiro passo, a célula inicial de geração da vida, é aquele que gera o infinito, o primogênito, Senhor dos caminhos, das ruas, aquele que dá passagem. Na cosmologia iorubana Exu foi o primeiro orixá a ser criado para ser ordenador de todo o sistema cósmico e o primeiro a manifestar. Oxalá o denominou como o espaço infinito, que deixou de ser o nada, o vácuo inerte, ou seja, a partir de Exu, Olorum se desdobra em muitos atributos com interferência direta no mundo das formas, no sentido de que este elemento criado primeiro foi propiciatório à criação dos demais orixás, dada a sua importante posição na cosmologia Iorubá, Exu é considerado o principal agente na ordem das coisas e do universo. 

Exu recebeu a tarefa de encaminhar todas as oferendas e assim dinamizar essas energias nos múltiplos caminhos, dessa forma é reconhecido por realizar todo tipo de trabalho, aquele que “abre caminho”. É considerado o orixá mais próximo do ser humano, atuante na conduta e nos comportamentos, sempre em contato com os dilemas existenciais dos homens. Exu está ligado às encruzilhadas, mas estas são caminhos metafísicos, relacionados aos destinos individuais e coletivos. A encruzilhada é um lugar de encontro, um momento de mudança de rumo, que leva a outro estágio espiritual ou de uma situação a outra. É ele que provoca mudanças, ordena o caos, desconstroi para construir, faz e desfaz. Faz mover tudo aquilo que está estatizado, paralisado, colocando-o em movimento e quebrando paradigmas.

Neste sentido, Exu nos ensina que cada pessoa possui as rédeas de sua vida e a elas competem as escolhas e o caminho a seguir.  No pensamento Iorubá, o que é considerado bem e ou mal é uma noção alargada, variável. Exu preza, segundo o que é possível compreender nas narrativas de Ifá, pela fidelidade à palavra e à verdade, bom senso e ponderação que propiciam sensatez e discernimento para julgar com justiça e sabedoria. Se manifesta nos humanos através de características inerentes a ele, como ordem, disciplina, organização, paciência, perseverança, bom senso, discernimento, responsabilidade, confiança, justiça e comprometimento permeados pela alegria de viver e felicidade. Sua essência primordial é o equilíbrio da vida em várias perspectivas de melhoramento íntimo, polindo caráter, impulsionando a evolução constante e fazendo ligação com todos os orixás.

Existe um itã que conta que dois camponeses amigos se puseram bem cedo a trabalhar em suas roças, mas um e outro deixaram de louvar Exu. Exu, que sempre lhes havia dado chuva e boas colheitas e ele ficou furioso. Usando um boné pontudo, de um lado branco e do outro vermelho, Exu caminhou na divisa das roças, tendo um à sua direita e outro à sua esquerda, passou entre os dois amigos e os cumprimentou enfaticamente. Os camponeses entreolharam-se e se perguntaram quem era o desconhecido? “Quem é o estrangeiro de barrete branco? ”, perguntou um. “Quem é o desconhecido de barrete vermelho? ”, questionou o outro Começaram a discutir procurando ter a razão e acabaram matando um ao outro. Exu, travesso, transforma certeza em dúvida e os camponeses, sem paciência e sensatez de procurar entender a visão do outro, dar a volta, dialogar ou comunicar, ficam presos em suas certezas que os levam à morte. É simples numa situação como essa caracterizar Exu como malévolo, vingativo e questionar a sua centralidade na ordem do universo, já que o que ele faz é bagunçar tudo. Mas o seu entendimento é complexo, seu princípio dinâmico e vai além de horizontes dualistas ou de noções de pecado, pois a ordem muitas vezes surge do próprio caos.

Exu é expansão, por isso rege pela responsabilidade da tarefa de criar o próprio destino, preza pelo caráter ativo da existência, pelo poder de tornar-se sujeito da própria vida. Ser sujeito ativo, potente e livre de servidões e dos males que atrapalham a alegria do viver. Exu carrega o ogó, que é um porrete fálico que nas narrativas leva Exu onde quiser, e diz também a respeito da potência criativa do falo progenitor.  Essa representação revela seu caráter sexual integrante na relação entre o sagrado e o erótico. O erótico que remete ao desejo, impulso e excitação. No erótico, está a força de afirmação da vida, o desejo de continuidade e em Exu encontra-se o valor expansivo, a afirmação da vida e sua continuidade, a reprodução e fertilidade.

O Orixá está ligado aos búzios, que são pequenas conchas marinhas que desempenham um papel importante nos rituais e adivinhações relacionadas a Exú. Eles são lançados em uma superfície plana e, de acordo com a maneira como caem, os sacerdotes interpretam as respostas às perguntas feitas. Ori, Orunmilá e Exu são divindades centrais na consulta oracular fundamentada no corpus literário e no sistema divinatório de Ifá, na tarefa de apropriar as pessoas das possibilidades dos seus caminhos.

Já as cabaças são relacionadas a energia sagrada, pois dentro delas podem estar armazenados elementos que representam o poder de transformação e movimento. Para outros,  são comparadas a um recipiente onde são armazenadas as mensagens dos homens para o mundo espiritual ou também se resumem ao poder do equilíbrio, pois dentro dela Exu carrega o poder de liberar ou reter energias. Em algumas tradições, também podem estar relacionadas ao mistério do conhecimento oculto, é um símbolo poderoso e multifacetado, ligado aos aspectos da atuação de Exu como mensageiro e guardião dos caminhos.

Sincretismo: Santo Antônio.

Dia da semana: Segunda-Feira 

Data de comemoração: 13 de julho.

Algumas ervas: Folha de fogo, coração-de-negro, aroeira-vermelha, figueira-brava, pimentas, bredo, urtiga, erva-do-diabo, cansanção, mastruz, mamona-vermelha, cana-de-açúcar, hortelã-pimenta, jurubeba, jamelão, assa-peixe, barba-do-diabo, garra-do-diabo, comigo-ninguém-pode.

Saudação: Laroyê Exu, Exu Amojubá.

Filhos de Exu: Por serem filhos regidos por um orixá do fogo, do movimento, da vida e da morte, de múltiplas funções e de grandes poderes. Ou seja, senhor de si mesmo, estando presente em tudo e em todos os lugares simultaneamente e naturalmente, influenciando seus filhos que assimilaram seus traços, seu temperamento, suas formas e sua maneira de ser e agir. 

Os regidos por Exu apresentam uma personalidade muito marcante, com um comportamento cotidiano muito diverso, são pessoas altamente fieis aos seus princípios, aos amigos, às suas causas e são de extrema coragem e dedicação a tudo que se entregam. Os regidos por Exu são comerciantes hábeis e espertos, capazes de fecharem os negócios mais impossíveis e desfazerem outros da mesma maneira graças à sua capacidade em convencer as pessoas. Profissionalmente sempre chegando ao seu objetivo, pois não existe filho de Exu que não se empenhe até à raiz dos cabelos para conseguir o que deseja. São fortes, felizes, participativos, francos, espertos, inquietos, astutos, atentos, rápidos, e se a virilidade é uma característica básica de Exu, é também daqueles regidos por este orixá.

Exu representa sempre o novo, o transformador, o revolucionário, tudo aquilo que irá desconstruir o velho, o desconhecido, com uma personalidade forte e marcante que o caracteriza como o desafiador, dando ensejo aos juízos de valor que resultaram em legitimações de estereótipos, tais como: perigoso, intrigante, misterioso, astuto, irreverente, enganador, debochado, atrevido, sensual, pregador de peças e muitos outros atributos que fazem parte de Exu. E isso está intrínseco na estrutura arquetípica que ele representa. Ao mesmo tempo, seus filhos herdaram essas influências que refletem positiva ou negativamente na sua maneira de ser, de agir e pensar. Exu nos ensina a transformar a certeza em dúvida e em Exu se reconhece o poder de melhorar o comportamento humano.


Renata de Iansã


quinta-feira, 26 de junho de 2025

A Umbanda acredita em santos?

 A Umbanda acredita em santos?

A Umbanda foi anunciada em 1909, pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, através do médium Zélio Fernandino de Morais. No momento da anunciação o Caboclo das Sete Encruzilhadas anunciou também como a Umbanda trabalharia, entre essas regras estava a de seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, portanto a Umbanda é uma religião cristã. Mas e os Santos, onde entram? 

A Umbanda trabalha os Santos Católicos com base no sincretismo religioso. Quando os escravos vieram para o Brasil não podiam manifestar sua fé, não podiam louvar suas divindades, durante o período da escravidão a igreja tentou catequizar os escravos impondo o catolicismo. Caso um escravo fosse pego louvando as entidades de sua terra natal, seria severamente punido. No entanto o povo negro encontrou uma forma de continuar adorando os Orixás. Existem muitas semelhanças entre as diversas religiões através do mundo, muitos acreditam que no fundo, tiveram a mesma origem e foram sofrendo mudanças regionais para se adaptar a necessidade de seus seguidores. 

As “coincidências” auxiliaram um pouco, quando os padres católicos diziam haver um Santo Guerreiro, lutador, forte, que vencia todo o mal, os escravos logo associaram com o Orixá Ogum. Ao mostrarem a imagem de São Sebastião com as flechas cravadas em seu corpo, logo se lembraram de Oxossi, o caçador. Quando os católicos falavam no maior exemplo de fé que já caminhou na Terra, se referindo a Jesus Cristo, os escravos associavam a Oxalá. Dessa forma os escravos conseguiam sincretizar sua fé nos Orixás com os santos católicos.

A Umbanda acredita que os Santos possuem irradiações fortes de determinados Orixás, por exemplo Jesus Cristo, possuía uma forte irradiação de Oxalá, São Jorge uma forte irradiação de Ogum. Dessa forma a Umbanda assume o sincretismo religioso, associando cada orixá a um santo, esse fato também foi muito importante para a difusão e aceitação da religião.

Um ponto importante que podemos relacionar a este fato, é o Dia da Consciência Negra. O Brasil é um país que formado por diversos imigrantes e diversos povos, no entanto o negro escravo teve sua cultura suprimida, o que não aconteceu com os outros. Os imigrantes Italianos, alemães, japoneses... sempre tiveram espaço para manifestar seus costumes, o que não ocorreu com escravos.

Pedro Maciel.’. de Xangô


terça-feira, 24 de junho de 2025

Compaixão

 Compaixão

Somos direcionados constantemente para a compaixão, grande parte dos mártires religiosos exercem este sentimento com frequência em suas vidas. Se analisarmos a etimologia da palavra, percebemos que é formada pela junção “COM” + “PAIXÃO”, nos induzindo a agir realmente com paixão, no sentido literal. Ter compaixão com os sentimentos e atitudes, não apenas daqueles que nos são queridos e próximos mas, também, e principalmente, com aqueles que muitas vezes agem de maneira obscura para com conosco. Ter compaixão por quem é de nosso convívio é fácil, o difícil é fazer com nossos “inimigos”. 

Mas não basta apenas “dar a outra face”, essa atitude é uma atitude passiva, agir com o sentimento de compaixão vai além disso, é ter a atitude, atitude de acolher, de cuidar, para aí então ter uma reação. Agir com compaixão é realizar uma oração com sentimento profundo, rogando o bem daquele que não quer nosso bem. Quantas vezes na vida você já acolheu um amigo que estava passando por um momento tenebroso, por um momento de dificuldade, de confusão. Agora se lembre, o que você fez nessas situações, o que disse a eles. Provavelmente foram palavras de afeto e motivação.

Agora lembre-se das vezes que VOCÊ estava nestas situações, quais eram seus pensamentos em relação ao momento de dificuldade. Na grande maioria das vezes, você não teve a mesma compaixão consigo mesmo. Se para um amigo você auxiliava com palavras de afirmação de positividade de carinho e de presteza, quando a situação muda de lado, o que você recebe de sua mente, são pensamentos catastróficos e depreciativos.

Gostaria de convidá-los, a exercitar a AUTO COMPAIXÃO, ser amoroso consigo mesmo. Ser o apoio de que você precisa nos momentos de dificuldades. Mas não é uma atitude fácil, e deixar para tentar fazer apenas nos momentos difíceis pode não ser uma saída. Tire um minuto que seja do seu dia para meditar em relação à maneira como você se trata e como trata seus amigos, se você está tendo o mesmo cuidado, tire um minuto que seja, para se valorizar e refletir sobre como você é incrível, e que você está ali sempre que VOCÊ PRECISAR. 

Pedro Maciel.’. de Xangô


segunda-feira, 23 de junho de 2025

Sereias

 Sereias

As sereias são consideradas como seres femininos que nunca encarnaram e vivem no plano encantado da criação, nas dimensões aquáticas regidas pelas Iabás (Iemanjá, Oxum e Nanã), não excluindo a existência de influência dos orixás masculinos sobre elas. As sereias e o povo d’água em geral trabalham com a força emotiva das Iabás, emanando sentimentos de cuidado, misericórdia e amor. Apesar de ser uma falange de Umbanda muito poderosa, a linha das sereias é pouco conhecida e compreendida pelos consulentes e até mesmo pelos trabalhadores da tenda de Umbanda.

Historicamente na maioria dos terreiros as sereias ao manifestar incorporando nos médiuns apenas emitia apenas seu canto, emanando energia. Contudo, como a evolução espiritual é constante e cada terreiro possui características únicas, assim como em outras casas, em nossa casa as sereias realizam atendimentos aos consulentes. Em uma oportunidade uma sereia me explicou  da seguinte forma como funcionava o trabalho das sereias na Umbanda:


“As sereias atuam sempre com dualidade hermética, possuem duas vertentes em seu trabalho em terra, realizam limpeza do ambiente, assim como limpam o fundo do mar, entre coisas desconhecidas encontram tesouros e perólas. Assim também ocorre em terra, realizam limpeza e mostram as belezas ocultas. Na outra vertente as sereias atuam em terra com a versão bela que também apresentam na beleza do mar, sob as pedras emanam beleza, luz e amor a fim de realizar os trabalhos necessários”


Sabendo que Iemanjá rege esta linha de trabalho, há uma grande força de geração e encerramento de ciclos, levando para o fundo do mar o que será curado. Através disso é possível compreender um pouco mais sobre o trabalho das sereias, para que se possa emanar vibrações mais assertivas para o trabalho e também entender os fundamentos. Na Umbanda não há mistério, mas sim fundamentos que devem ser melhor buscados e compreendidos.

AXÉ

Mylene de  Ogum Rompe Mato


quinta-feira, 19 de junho de 2025

As fases lunares: Os saberes ancestrais dentro da cultura indígena

 As fases lunares: Os saberes ancestrais dentro da cultura indígena 

Após os textos sobre algumas tribos indígenas, hoje venho trazer este texto a respeito de uma cultura indígena ancestral: a observação sobre as fases da lua. 

As fases lunares são muito importantes na cultura indígena, esses povos possuem uma conexão intensa com esse cosmo, pois, a lua em si, influencia diretamente nas atividades diárias das tribos. Para eles a lua é um ser vivo, que possui um espírito próprio e que está sempre em movimento. Na agricultura, caça e pesca, as fases lunares vão representar o melhor momento, por exemplo para caçar, para plantar uma semente ou fazer rituais de cura, pois, cada fase da lua, possui uma energia, onde dependendo das atividades dessa tribo, será mais favorável para tal. 

Porém é importante frisar que cada tribo indígena possui sua própria representação da lua, como nomes e significados diferentes, um exemplo os Xavantes: A lua nessa cultura é representada pela figura de uma mulher idosa carregando uma bolsa com sementes. Já na cultura Tupi-Guarani, a lua é chamada de Jaci, que significa “mãe dos frutos”. Quando avaliamos as fases lunares para organização do calendário das tribos indígenas, cada fase vai determinar as atividades que podem ser realizadas naquele período em que a energia lunar se encontra, segue os significados abaixo:

Lua nova: Significa um novo ciclo lunar, momento de renovação e de recomeços, onde comumente são realizados rituais de purificação e de agradecimento aos seus ancestrais. Pode também plantar as sementes, pois, germinam melhor nessa energia.

Lua quarto crescente: Significa crescimento e desenvolvimento, nessa energia acredita-se o melhor momento para plantar e colher e desenvolver atividades para o crescimento pessoal.

Lua cheia: Significa plenitude e realização, é comum nesse período rituais de agradecimentos e festas. Pode também ser uma lua para caçar, pois ela ilumina a mata, facilitando a visualização dos animais. 

Lua quarto-minguante: Significa libertação e transformações, esses povos acreditavam ser o melhor momento para trabalhar com a cura emocional, além de realizarem rituais de desapego, para que possa iniciar um novo ciclo. 

Lua negra: Significa renovação e introspecção essa lua vem mostrar um ponto hipotético no céu entre o sol e a lua, sendo comumente realizado rituais de meditação e conexão com a natureza, visando a renovação espiritual. 




Sendo assim, finalizo esse texto trazendo esse “resgate” dos saberes ancestrais, pois, o conhecimento lunar, vem de muitos e muitos anos,  podendo ser observado a utilização dessas fases lunares até nos dias de hoje e com isso, conhecendo a cultura ancestral, podemos compreender melhor a nossa relação com a natureza e o tanto que cada fase lunar influencia diretamente na vida das pessoas e em tudo ao nosso redor. 

Marina de Nanã Buruquê




terça-feira, 17 de junho de 2025

Flor de Colônia

 Flor de Colônia

A planta flor de colônia é utilizada de forma gastronômica e medicinal, possuindo um sabor suave de gengibre, podendo ser utilizada em variados pratos. Além de ser explorada no meio medicinal, possuindo a fama de possuir efeitos calmantes e ansiolíticos. Alpinia zerumbet é da família das Zingiberáceas, mesma do gengibre e do cardamomo, nativa no leste asiático e ilhas do Pacífico. A referida planta é também conhecida no meio medicinal como Falso-Cardamomo, Gengibre-concha e Azucena-de-porcelana, o qual costuma cerca de fôrma utilizada no que condiz ao ornamental, sendo consumidas pelas abelhas que apreciam suas flores.

Ao que se refere a medicina popular é muito utilizada em forma da infusão das folhas e flores, para assim promover um relaxamento e ajudar a combater o estresse do dia a dia e também a insônia, possuindo uma ligação ao que tange as vivências negativas criadas por uma rotina agitada, considerando que funciona como um sedativo suave. Além de estar relacionado a questões sentimentais e emocionais, a referida planta também possui uma forma de auxílio na saúde física, podendo ajudar a reduzir a pressão arterial, muito utilizada por pessoas com hipertensão. Também é utilizada como um meio anti-inflamatório.




Na culinária, está entrando em abrangência não somente a questão do gosto ou textura de se apresentar, mas também ao que tange a forma de auxílio que a Flor de Colônia pode trazer ao ser ingerida em formato de alimento, considerando que traz uma maior digestão através dos rizomas possuindo uma ação diurético, sendo também utilizadas em bebidas. A planta Flor de Colonia poderá ser utilizada através de preparos de xarope, possibilitando o auxílio em problemas inflamatórios. A planta pode ser acompanhada na forma de banhos, auxiliando em questões emocionais, considerando que por algumas doutrinas a flor é uma planta sagrada do Orixá Oxalá, podendo ser usada em trabalhos de defumações.

Lívia de Obaluaê




segunda-feira, 16 de junho de 2025

Comportamento - Conduta dentro e fora do terreiro

 Comportamento - Conduta dentro e fora do terreiro

través desse texto, aponto questões referentes a bons comportamentos de, para além de médiuns, pessoas no contexto da comunidade de axé, dentro e fora do terreiro, para que todos consigam exercer e exprimir atitudes e conhecimentos de forma geral, de forma útil nos diversos momentos de vida.

É importante nos dedicarmos a uma atenção nas ações do dia a dia, seja em forma de pensamento ou concreta. Através dos ensinamentos dos guias, deve ser aperfeiçoado, junto com as vivências para além do Terreiro, questões do dia a dia levadas para dentro do templo que impactam na estrutura energética e social do todo; tanto para o positivo, quanto negativo. De nada adianta aplicar boas condutas e comportamentos fora do nosso espaço, sem antes aplicar no ambiente físico, socialmente falando, e espiritual, ou também de forma contrária, pois isso seria apenas uma forma de enganar a si próprio de suas atitudes imperfeitas e egoístas.

Diante disso, entende-se que há necessidade de obtermos meios positivos de relação e convívio em todos os meios que estamos inseridos. Em um ambiente pequeno, se tratando da relação comunitária com pais e irmãos de santos, é requerida muita paciência e sabedoria, as quais muitas são repassadas pelas entidades, devendo nós, encarnados, praticar tal conhecimento para com atitudes, tendo em vista que apenas pregar da boca pra fora não adianta, e não estaria impugnar das consequências advindas das ações impensadas.

No momento de adentrar ao templo, é necessário que se crie em pensamentos o real objetivo de estar ali, considerando que todos possuem suas rotinas e obrigações fora do ambiente espiritual. Podendo passar por momentos difíceis e estressantes, cabe a cada um utilizar, novamente, dos ensinamentos e conhecimentos passados pelas entidades, e até percepções pessoais, podendo diferenciar o ambiente em que se encontra, para que assim não maltrate ou crie uma esfera negativa dentro dessa esfera espiritual, buscando se portar da maneira mais adequada possível, independente dos acostamento realizados no cotidiano.

Ao que pese os comportamentos apresentados dentro do terreiro e fora dele, a potência da corrente mediúnica é apresentada e soldada a partir da força e energia de cada um. No momento em que não há harmonia e respeito perante os pais, mães e irmãos de santo, ocorre uma quebra de elos. Afetando a todos os presentes, mesmo sem consciência, dificultando também o andamento e trabalho da casa e dos médiuns, prejudicando a egrégora.

A conexão entre os próprios irmãos de santo não impactaria sua vida fora, entretanto, errôneo é aquele que distingue as consequência das atitudes negativas para fora do chão de axé, tendo em vista que tudo o que é vivido no espiritual terá um rebote no físico. Um exemplo disso é caso você não cumprimente um irmão de santo porque não pactua com a mesma forma de pensar e agir dele, ou porque não possuem intimidade ou diversos outros motivos. Terá também portas e caminhos se fechando perante a si mesmo, ao fato de que não estará pronto para colher novos frutos, uma vez que não se adaptou às pragas naturais. Tendo jogo de cintura para lidar com elas, usando como exemplo as atitudes, pensamentos etc.

Aquele que não está preparado para estabelecer boas maneiras perante o ambiente do terreiro, também não estará firme o suficiente para progredir na vida física. Sempre há de se ter uma aproximação energética parecida, perante os presentes no ambiente espiritual que ressoa no físico, onde é necessária nossa inteligência emocional. No dia a dia temos que estabelecer meios de impulso, além de ressaltar questões de trabalho, familiar, social e de amizade. É importante que os irmãos de santo, juntamente com os dirigentes da casa, estabeleçam meios de aproximação, que utilizem a prática de cumprimentar e conversar de forma simples e descomplicada, para que a própria corrente não se desfaça com sentimentos negativos ou de baixo grau vibratório. Um exemplo utilizado por algumas casas, é o momento em que antes da gira é feito um abraço geral com todos os presentes, para que, caso haja qualquer desavença ou estranheza entre os médiuns, estes se dissolvam.

Uma vez que se passou por cima de questões de orgulho, ego e vaidade e é aceito que, acima de qualquer coisa há de se haver o respeito e igualdade perante todos, sem distinção entre cargos, tomemos consciência e controle sobre nossos atos. Sacrifícios necessários. Entende-se que o terreiro, esse chão, é nossa base, é o que nos dá força e energia para realizar quaisquer trabalhos repassados pela espiritualidade. Logo, para sua sustentação, os irmãos de santo e dirigentes têm de estar bem consigo mesmo e com os próximos, referidos como estruturas da nossa base, alimentando e fazendo a manutenção dessa relação, para fortificar os laços, potencializando o todo. Caso não haja predominância de boa comunicação e convivência, não há elo que resista, é sobre sobrevivência e fortalecimento da corrente mediúnica.




Esse cuidado para com as relações, é exemplificado em atos como o de chegar no terreiro e pedir a benção aos dirigentes, o cumprimento simples aos irmãos, tratando todos de forma igualitária, sem distinção de qualquer que seja. Assim colocamos em movimento nossos saberes, desenvolvendo de forma síncrona, o pessoal e o mediúnico. As práticas para além dos muros da casa de axé, dos dirigentes e irmãos de santo, mas num contexto social amplo, em todos os círculos também são importantes. O correto e firme desenvolvimento espiritual e mediúnico, não se trata apenas de questões referentes à incorporação ou outro desenvolviemnto de contato espiritual, mas sim aqueles pontos tratados que pegam exatamente na ferida, na melhora como pessoa, isso faz , como consequência, que o espiritual flua, perfazendo o real objetivo do desenvolvimento mediúnico.

Em suma, reiteramos que ao adentrar no terreiro ou em qualquer outro local, é necessário que se portem de maneira respeitosa, que se estabeleça bons laços, que o orgulho, o ego e a vaidade sejam deixados de lado, com a consciência de que ninguém é melhor que ninguém, pois o apontamento de erros ao outro, faz com que a ignorância prevaleça. Há de se reconhecer os momentos de erros, tendo humildade para pedir desculpas, além de diferenciar o espiritual do cotidiano, no momento em que for cultuar os ancestrais, para que não aja interferências energéticas. A evolução é pessoal, mas essa faz parte do coletivo, onde cada um deve trabalhar e desenvolver o seu interior, caminhando em conjunto.

Axé e consciência a todos!

Lívia de Obaluaê.




quinta-feira, 12 de junho de 2025

Sentimentos - Paixão na visão espiritual

 Sentimentos - Paixão na visão espiritual

No presente texto venho relatar uma passagem no Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, em que pese o que está representado pelo capítulo 12- da perfeição moral, terceiro tópico, o qual retrata sobre as Paixões.

A primeira pergunta respondida pelo espírito, ao ser questionado sobre a natureza originária da Paixão, explicando questões inerentes a ela, juntamente com a segunda pergunta, constando sobre o limite da Paixão ao ponto de se tornarem más. “907. Será substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na natureza? Não, a paixão está no excesso de que se acresce a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal. 908. Como se poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem más?

As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna perigoso desde que passe a governar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmo, ou para outrem.” De tal maneira, é a partir desses pensamentos em que é necessário observar a importância do equilíbrio em nosso dia a dia. Além de buscar boas maneiras para praticar nossas ações, uma vez que a partir do momento em que não é representado atitudes positivas, aquilo em que está prestes a proporcionar um retorno, perceberá a sua forma de baixo grau a ser devolvido, considerando os meios utilizados para obtenção de algo desejado.





Primordialmente, a paixão é algo positivo e inerente do homem, entretanto, a partir do momento em que é utilizada para meios próprios os quais poderiam gerar perigo de dano a outrem ou para si mesmo, contraria o seu objetivo base.  Deixando-se levar por questões rasas que dizem respeito apenas ao dia a dia, colocando em pauta somente questões terrenas, sem se importar com o espiritual ou real essência do sentimento bruto. As causas negativas, sejam quais forem, estão inseridas no excesso, não somente por ser ou não, mas ao que representa a atitude em desequilíbrio apresentada pelo homem, considerando que até mesmo boas ações ou bons sentimentos também atrai para si questões negativas quando utiliza de forma soberba e sem preparo, levando ao rompimento da ação.

No Livro dos Espíritos, toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza espiritual, atraindo a importância do equilíbrio e senso ao realizar atitude referente ao tema. Em um sentimento natural há que se ter trabalhado todos os dias para que não haja rompimento do homem com atitudes de cunho egoísta e vaidoso. A paixão ora apresentada não somente se refere a questões de romance perante o próximo, mas também com os seus próprios objetivos e quereres do dia a dia, a serem também relacionados ao sentimento da paixão, conforme apresentado acima. Sendo assim, as paixões sejam averiguadas e tomadas de forma equilibrada e conexa com a realidade, para que assim possa haver a real utilização dos termos apresentados na forma limpa e natural do sentimento.

Lívia de Obaluaê







terça-feira, 10 de junho de 2025

Introdução a linguagem do Tupi antigo

 Introdução a linguagem do Tupi antigo

Os portugueses chegaram ao Brasil por volta de 1500, nessa época era utilizado diversas línguas em todo o território. Dessa forma era divido as linguagens por ambientação onde cada grupo se encontrava residindo, considerando tal conhecimento, é necessário apresentar a língua Tupi, reconhecida pelos Estrangeiros de Língua Brasílica. A presente forma de comunicação pelos índios era muito falada nas regiões costeiras ou próximo destas, onde foram fundadas as principais vilas brasileiras, que atualmente encontra-se uma população gigantesca, com milhões de habitantes.

O que é designado como Tupi-Guarani, é também conhecida como uma linguagem, entretanto, diferentemente do que é apresentado como língua Tupi-Antigo, considerando que ambas são línguas que eram faladas pelos nativos de regiões distintas, bem estando em uma mesma família linguística. A língua Tupi-Antigo não foi a única que teve conexão com os Portugueses, entretanto, foi essa a língua mais habitável pelos estrangeiros, por onde eles aprenderam e buscaram se comunicar através dela. Dessa forma, foi a presente linguagem que os colonizadores se empreenderem em aprender e utilizar por um longo tempo. 

Assim, considerando todo o arcabouço cultural, o Tupi-Antigo é considerado a língua indígena clássica do país, uma vez que representa as comunicações iniciais entre os estrangeiros e os que já habitavam a região. Alguns jesuítas compreenderam em elaborar regras gramaticais para se adaptarem à língua aprendida com os indígenas, conforme feito pelo José de Anchieta e Luís Figueira, publicando o mesmo em 1595 e 1621, respectivamente.

A linguagem Tupi ainda está presente nos momentos atuais, seja de uma forma cultural ou até mesmo no nosso dia a dia, ao utilizar expressões recorrentes, como paca, capivara, tatu, jacaré-açu, cotia, perereca, guará, ubá, maniva, taquara, pindoba, pipoca, pirão, pururuca, mandioca, puba, expressões como “ficar com nhenhenhém”, “estar jururu”, “chorar as pitangas”, “ir para a cucuia” etc. É relacionado também a nome para coisas, lugares e objetos, como Jabaquara, Tatuapé, Itaquera, Piratininga, Bertioga, Itanhaém, Paraguaçu, Cuiabá, Curitiba, Pará, Paraná, Sergipe, Paraíba etc., e na antroponímia, em nomes como Juçara, Moema, Iracema, Maiara etc., além de ter dado contribuições sui generis à literatura e à história de nosso país.

A presente língua é de suma importância para a sociedade até os dias atuais, trazendo recordações históricas e culturais, além de nos relembrar a utilização no dia a dia.

Axé. 

Lívia de Obaluaê. 


segunda-feira, 9 de junho de 2025

Abre caminho - Planta medicinal

 Abre caminho - Planta medicinal

No presente texto irei tratar sobre a planta medicinal “abre - caminho” (Justicia gendarussa), sendo de suma importância para o auxílio da saúde e trabalhos realizados dentro da Umbanda.




“Abre - caminho” é uma erva muito utilizada na medicina e em rituais, possuindo outros nomes, como: quebra demanda, vence-tudo e vence-demanda. De tal maneira que, em determinadas regiões será reconhecida com nomes diferentes para a mesma. Diante disso, é importante pontuarmos os benefícios dela para a saúde, sendo utilizada todo o seu composto, de folhas a raízes, que podem auxiliar no tratamento de artrite, além de ter potencial anti-inflamatório e analgésico natural. Repelente, tratamento de aftas e tosse, além de gonorreia e outras doenças venéreas, estão na sua alçada. Sendo realizado seu cultivo, em grande parte, caseiro, exigindo cuidados básicos para que ela se desenvolva da melhor maneira possível para sua utilização, também serve como ornamentação. 

No contexto espiritual, a planta abre-caminho é considerada uma erva quente e agressiva, uma vez que é bastante utilizada em rituais de descarrego, abertura de caminhos e/ou em contextos onde é necessária uma energia mais densa para concretizar os trabalhos ali realizados. Ações realizadas por essa erva nos trabalhos, são de: eliminar; quebrar; paralisar e proteger, desse modo, é claro perceber que todas que seu uso é voltado para rituais mais intensos, que necessitam de um amparo energético maior. Uma das funções mais presentes da referida erva é quebrar demandas mentais, as quais são projetadas para um indivíduo, ou até mesmo através dos nossos próprios pensamentos, também sendo utilizado para questões de olho gordo ou inveja.




Além da ação de retirada de negativação energética, a erva também é utilizada como forma de equilíbrio, podendo proporcionar novas vivências para o encarnado que realmente conseguir manipular a sua energia, ou sendo utilizado por entidades, que ali também manipulam devido a necessidade de cada encarnado. Nas vivências em giras, é possível perceber que são utilizadas por meio de bate folhas, macerados, defumações ou até mesmo na orientação de banhos, devidamente feito pelos guias. Da forma energética de trabalho, a abre-caminho é também utilizada como anti-inflamatório e analgésico natural. Suas folhas contém antioxidantes como alcaloides, flavonoides e saponinas, além de outras substâncias que proporcionam o tratamento no auxílio com dores, tosses e asmas.


Em alguns países é utilizada para tratar dores de cabeça, juntamente com o tratamento de dores internas. Interessante apresentar também no presente estudo que, a referida planta, é sinônimo de estudos para uma cura de HIV, com o composto químico, chamado “patentiflorina A”, sendo derivada da planta abre caminho, o qual poderá retardar a progressão do vírus, a pesquisa foi publicada em 2017 através do Journal of Natural Produts. E assim, encerramos nosso texto, compartilhando conhecimento de plantas e ervas, na força de Ossain.



Ewe ó!

Lívia de Obaluaê







quinta-feira, 5 de junho de 2025

Carqueja - Planta medicinal

 Carqueja - Planta medicinal

No presente texto iremos abordar curiosidades e entendimentos essenciais sobre a erva carqueja, que auxilia na preservação e cuidado da saúde física e espiritual. Essa planta é da espécie Baccharis trimera, sendo muito utilizada de forma caseira, através de conhecimentos ancestrais, para o tratamento de mazelas diversas. Originária da América do Sul, nativa da região amazônica, possui características ornamentais e medicinais, mas também pode ser utilizada na aromatização de licores e vinhos, e na produção de vassouras rústicas. A ausência de folhas dá à planta um aspecto diferenciado, com suas hastes compridas, podendo atingir até dois metros de altura, e com elas são feitos os preparos para fins medicinais.



A carqueja auxilia em problemas relacionados à pressão arterial e o alto nível de açúcar no sangue, além dessas, rica em antioxidantes, como quercetina e rutina, que estimulam a produção de glóbulos brancos, células de defesa essenciais para prevenir e combater infecções. Observamos seu uso em tratamento de má digestão, como gastrite, e cálculos biliares, também é possível a sua utilização para fins de fortalecimento do sistema imunológico. Com ação anti-inflamatória e diurética, pode ser ativada para melhora da digestão e gases intestinais. A forma mais utilizada de consumo é através de chás, onde utilizamos suas hastes, encontradas com certa facilidade em lojas de produtos naturais e farmácias de manipulação.

Energeticamente, é considerada uma erva fria, atuando especificamente em alguns campos magnéticos. Sua utilização na Umbanda é dada a quebrar pensamentos ruins, tristeza e negatividade; nos coloca no presente, enxergando-o com mais carinho e nos conectando mais com o agora. Com alta fluidificação equilibradora, é comumente utilizada junto com ervas mornas e/ou quentes.   

Algumas entidades manipulam a carqueja quando em terra, ou na orientação de trabalhos, como em garrafadas, bebidas, macerados e outros preparos. Nesse caso, o trabalho realizado pela entidade é específico, sendo assim, é necessário que sempre se pergunte o porquê e como é utilizado a erva por aquele espírito. Considerando que cada um trabalha de uma forma diferente, possuindo fundamentos diversos, mas sempre com o intuito de auxiliar o encarnado em sua saúde, seja espiritual ou material.






É importante ressaltar que qualquer tipo de erva deve ser utilizado com cautela e equilíbrio, não podendo ser diferente em relação a carqueja, já que seu uso em excesso traz alguns efeitos colaterais como leucopenia (redução do número de leucócitos no sangue), hipotensão arterial, distúrbios digestivos e queda da imunidade. A referida erva é contraindicada para mulheres grávidas ou em amamentação. Por conseguinte, além do que já citado, outros benefícios que o uso da carqueja pode trazer aos encarnados é o auxílio no controle de glicemia, diminuição da pressão arterial, combate a retenção de líquidos (pode ajudar no emagrecimento), dentre vários outros benefícios que acarreta na melhora física e espiritual. 

Salve a força das matas. 

Salve a força das folhas. Salve a força de Ossain. Ewe ó!

Lívia de Obaluaê