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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Justiça e Direitos Naturais

Justiça e Direitos Naturais

Dando continuidade ao estudo do Livro dos Espíritos, refletiremos sobres as informações transmitidas no livro III capítulo 11- Conhecimento do futuro quando um homem mata o outro 
Kardec começa questionando os espíritos sobre de onde vem o sentimento de justiça, se esse sentimento é adquirido pelo convívio na sociedade, ou faz parte da natureza do homem, somos esclarecidos que esse sentimento faz parte da natureza do homem desde sua criação, por esse motivo as injustiças cometidas por outros nos chocam tanto, causando tanto incômodo. Com o passar do tempo, e o convívio com os outros esse sentimento vai sendo apurado, com a elevação da moral. Mas a essências dessa virtude foi dado por Deus aos homens.
Muitas vezes o que parece justo para um pode não parecer justo aos olhos do outro, somos explicado que isso ocorre devido à contaminação do sentimento de justiça pelas paixões terrenas, o que faz com que vejamos as coisas sob um falso ponto de vista.
Os espíritos nos dizem que “A justiça consiste no respeito aos direitos de cada um”, e que tais direitos são determinados tanto pela lei humana quanto pela lei natural. Com o passar do tempo a lei humana vai se alterando e se adequando à moral de época da humanidade, por exemplo, a escravidão, fogueira da inquisição e outros atos hoje tidos como abomináveis eram permitidos pela lei humana. Com a mudança da moral a lei dos homens poderá se aproximar ou se afastar da divina. Chamam-nos a atenção também, para o tribunal da consciência, pois o que fazemos em nossas vidas privadas, nossos pensamentos, estão sujeitos ao julgamento pelo tribunal de nossa consciência. 
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O codificador pergunta aos espíritos  reveladores em que se baseia a justiça para a lei natural, Qual seria sua “constituição”.Nos respondem então que temos no nosso coração essa base, essa justiça, para todos os nossos atos. E que quando sentirmos dúvidas, quando a linha entre ambas as justiças ficar tênue, devemos lembrar das palavras de Cristo “Deseje para os outros o que quereríeis para vós mesmos”, e dizem também que Deus não poderia ter nos dado guia mais seguro do que nossa própria consciência. 
Lembram-Nos ainda que Deus não fez uns de limo mais puro que outros, somos todos iguais, essa igualdade se mostra também nos direitos naturais e que esses são externos. 
A umbanda nos ensina sempre a diferenciar, ponderar, agir com empatia para com o próximo. Muitas vezes julgamos o irmão, nos achamos no direito de julgar por nos sentirmos superiores aos nossos irmãos, mas somos todos iguais. Acredito que se colocar no lugar do outro seria a forma mais justa de agir em algumas situações, aceitando que se caminhássemos por onde o outro caminhou, se pensássemos nas mesmas pedras que nosso irmão pisou, provavelmente agiríamos da mesma forma.

Xangô, orixá da Justiça, se mostra sempre com seu “oxé” (machado de corte duplo) para nos lembrar que a justiça sempre terá pelo menos dois pontos de vista. Outro símbolo da justiça é a balança, porém devemos nos lembrar que a justiça não está nos pratos da balança, mas sim no prego central que a sustenta e da mobilidade. 
Como diz o ditado “Está escrito na pedra”, a lei justiça e os direitos naturais foram gravados por Deus em nossos corações. 
Pedro Maciel ‘’ de Xangô

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