Inteligência e Instinto
Em continuidade ao nosso estudo e encerrando a primeira parte do livro dos espíritos, no texto de hoje, falaremos sobre INTELIGÊNCIA E INSTINTO. Conforme ensinamentos repassados ao Alan Kardec, a inteligência não se caracteriza como atributo do princípio vital, pois há seres que, embora tenham matéria animalizada, são destituídos de pensamentos, temos como exemplo as plantas. A inteligência não necessariamente está atrelada à matéria, sendo que um corpo vive sem a inteligência. Porém, esta, depende da matéria para se manifestar e o espírito a utiliza quando se manifesta em um corpo orgânico.
A fonte da inteligência é a inteligência universal que é Deus. É só nos lembrarmos de que Deus é a causa primeira de todas as coisas, sabedoria e inteligência universal, portanto, advindo Dele toda forma de saber. Cada um tem sua inteligência, sua intelectualidade e sua formação de valores e que há coisas que fogem de nosso entendimento devido ao nosso estágio evolutivo.
Além disso, os espíritos ensinam que o instinto não é algo estranho à inteligência. Pelo contrário, é uma espécie de inteligência e muito utilizada para a concretização de necessidades de muitos seres. Em muitos casos, os seres reagem com o instinto, e este, quando bem empregado, pode trazer muitos benefícios, não podendo ser desprezado por nós. A razão não é uma inteligência infalível, segundo os espíritos, pelo nosso orgulho, má educação e egoísmo.
Muitas vezes, por exemplo, sentimos que uma pessoa precisa de ajuda, pensamos em ajudá-la no que ela precisa, seja com um abraço, uma palavra ou apenas ouvir, mas não seguimos nossos instintos. Deixamos nos levar pela razão que nos diz que não temos tempo, que não podemos ajudar ou até mesmo chegamos a pensar que aquela pessoa não precisa realmente de ajuda e está apenas "fingindo". Deixamos nosso lado egoísta e nosso lado orgulhoso falar mais alto que, infelizmente, vem falseado na nossa razão.
Na Umbanda, somos levados o tempo todo a buscarmos a inteligência e a aprendermos a ouvirmos nossos instintos. Buscamo-los quando ouvimos os guias espirituais, quando procuramos entender o fundamento de cada elemento da religião e a cada vez que ouvimos e procuramos entender melhor, estamos acrescentando na nossa inteligência, conhecendo melhor nossos instintos e conseguindo compreender quando devemos usar nossa razão e quando devemos usar nossos instintos.
Como os espíritos nos explicaram nesse capítulo, a inteligência e o instinto andam juntos, e a inteligência de cada ser caminha com a evolução de cada um. A Umbanda, em prol do amor e caridade, nos ensina a cada dia, a evoluirmos com a nossa inteligência e com nossos instintos, seguindo cada ensinamento. Entendendo cada situação, estamos sempre aumentando nossa inteligência e estendendo a mão para alguém que precisa. Indo pelo nosso instinto, saberemos e entenderemos que essa diferente forma da inteligência, muitas vezes, vem para o bem e nos ajuda a evoluir também. Ambas não devem passar despercebidas por todos nós, apenas devemos saber entender a hora de usarmos a razão e o instinto.
Karol de Xangô e Natália de Iemanjá
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