Ideias
inatas
As perguntas feitas no Capitulo IV da Segunda
Parte do Livro dos Espíritos são relacionadas às ideias inatas. Para melhor
entendimento, precisamos saber o que são essas ideias.
As ideias inatas são vagas lembranças dos
conhecimentos, das virtudes e dos aprendizados que os espíritos trazem de
encarnações passadas. Elas não são reconhecidas como quiméricas (fantasia,
imaginário), pois o Espirito, ao reencarnar, reflete uma imagem do que foi
antes, mas às vezes para sua evolução, precisa seguir novos direcionamentos.
Partindo da premissa que os espíritos são imortais, as ideias inatas das vidas
passadas não são perdidas. Quando libertos da matéria têm total lembrança e ao
reencarnar lembram apenas das necessárias para sua evolução naquela vida.
As reencarnações sucessivas nem sempre têm
conexões umas com as outras, porque o Espírito pode ter uma grande evolução no
intervalo entre uma e outra.
Alguns indivíduos apresentam certos dons sem
estudo prévio, tendo como origem a vivência passada, mesmo não tendo
consciência de onde ela provém.
Quando a faculdade é empregada de forma
errada em uma encarnação, ela pode ficar adormecida na próxima, para o espírito
exercer outra que não se relaciona com ela, conforme a necessidade de evolução
espiritual.
Na pergunta número 221, Kardec questiona
sobre o conhecimento do espírito em relação à existência de Deus. Os espíritos
respondem que ao reencarnar, essa lembrança é conservada, porém, o orgulho
existente no encarnado, faz com que aquele conhecimento, aquele sentimento
sobre Deus seja abafado, causando um pouco de esquecimento.
Correlacionando com nossa Umbanda, os guias
nos ensinam que, apesar de todo acontecimento servir como aprendizado e
evolução, devemos absorver e guardar para nós apenas o que for bom. Coisas
negativas devem ser esquecidas para dar espaço para outras virem. Não devemos
perder a fé e nem deixar que o orgulho faça com que esquecemos que existe
um Ser superior que nos ama e quer nosso bem.
Karine
de Nanã
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