Percepções, Sensações e Sofrimento dos Espíritos
O presente texto abordará sobre PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DO ESPÍRITO, assunto constante no capítulo VI, do livro II do livro dos espíritos. As perguntas feitas no livro são em relação a quais tipos de sentimentos o espírito é capaz de sentir e a comparação com os nossos sentimentos, seres encarnados.
Os espíritos possuem percepções comuns às nossas e algumas que não possuíam quando encarnados. A inteligência é de cada espírito, porém se manifesta de forma mais livre quando se está desencarnado, sem matéria interferindo. Os espíritos, quanto mais forem elevados, mais conhecimentos possuem, porém espíritos inferiores são praticamente “ignorantes” em todos os assuntos, fazendo assim que não tenham mais conhecimentos que nós encarnados.
Os mesmos não compreendem a passagem do tempo como nós, para eles séculos são apenas instantes que desapareceram na eternidade. Em muitas perguntas, Kardec deixa claro que conhecer o passado ou o futuro, faz com que torne aquele momento o presente. Como no mundo espiritual não possui a matéria, é mais “fácil” o acesso ao passado ou ao futuro, porém tudo depende da sua evolução e proximidade com Deus. Isso não faz com que ele tenha permissão para revelar ou para conhecer completamente tudo o que lhe acontecerá, pois isso cabe ao Pai maior. Na Umbanda, as entidades deixam claro que a percepção de tempo no mundo espiritual é distinta da nossa, porém necessitamos dessa assimilação terrena de tempo devido à evolução a qual estamos aqui para alcançar.
Somente espíritos superiores veem e compreendem Deus e é através deles que Suas ordens e orientações são transmitidas. Os inferiores apenas sentem e tentam adivinhar. Então, quando uma coisa não deve ser feita ou dita, eles apenas sentem uma advertência invisível que os inibem de fazer. Isso é o que nós encarnados chamamos de intuição.
Sobre os sentidos, os espíritos são capazes de ver e ouvir mais distintamente, pois penetram onde nós não conseguimos. Conhecem nossos sofrimentos físicos e necessidades por já os terem vivido, mas não possuem mais nenhum dos dois. Então, quando os espíritos se queixam de algum deles é apenas uma lembrança do que sofreram encarnados e assim o dizem como forma de comparação a fim de demonstrar a situação na qual se encontram. O sofrimento real dos espíritos são angústias morais, que o torturam muito mais que sofrimento físico.
Podemos perceber que há dentro do imenso universo de trabalhadores da Umbanda, espíritos Superiores e elevados que servem como um canal transmissor dos ensinamentos de Olorum, nos auxiliando nessa caminhada, a fim de torná-la menos árdua.
Maria de Ogum Beira-Mar
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