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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Dupla Vista

Dupla Vista

Tendo em vista o estudo do Livro dos Espíritos, como visto anteriormente, o Capítulo VIII trata da Emancipação da alma. O tema dupla vista integra o referido capítulo com seus devidos esclarecimentos. O fenômeno da dupla vista é conceituado como a visão da alma, é ver e sentir além dos sentidos humanos. Está intimamente ligado ao sonho e ao sonambulismo, pois dupla vista é a libertação do Espírito sem que o corpo físico esteja adormecido. 

Na maioria das vezes, a segunda vista presenteia a pessoa que a possui de forma espontânea. Não havendo nada que a impeça de surgir advinda da vontade de quem pretende possui-la. Podendo, ainda, ser desenvolvida. No desenvolvimento da segunda vista, os véus que encobrem as coisas vão se dissipando, sendo assim, tanto quem a possui de forma natural, quanto quem a adquire através de estudos e exercícios, pode fazer com que fique cada vez de forma mais clara. Como se compararmos ao instinto, a segunda vista pode ser mais clara, objetiva e aparecer de melhor forma em situações de perigo ou de grande comoção.


Como já explicado anteriormente, a segunda vista pode acontecer de forma natural, ou por faculdade de quem deseja desenvolvê-la. Mas existe ainda, a segunda vista de forma hereditária. Neste caso, ela acontece como na transmissão de características físicas. Como há grande semelhança nesta organização, elas se remetem da mesma forma.

As pessoas dotadas da segunda vista, não a tem como um fenômeno, mas sim algo natural, pois para elas naturalmente acontece. Essas pessoas acreditam que basta cada um atentar mais ao que acontece consigo que poderá perceber da mesma forma. Como de fato, no caso de exercícios e prática, a segunda vista pode ser vivenciada por todos os seres humanos.  Por este motivo, quem a possui de forma natural, não a trata de maneira especial, nem se sente diferente. 


O poder da dupla vista pode variar em graus. Indo desde a mais clara e nítida visão, até uma sensação obscura e confusa. Esta variável se dá de acordo com a segurança e o conhecimento que pessoa tem da própria dupla vista.  Estes graus variáveis se aplicam também no que tange ao esquecimento do que foi visto/sentido. O esquecimento é um fenômeno normal e acontece de forma gradativa. No primeiro momento ainda está hodierno, as lembranças são concretas, mas com o passar do tempo, essas lembranças vão ficando turvas e cada vez mais vagas, até chegado o momento do completo esquecimento, assemelha-se com as lembranças de um sonho, que se perdem e desaparecem.

Trazendo este fenômeno para a Umbanda, temos por mais uma vez a manifestação do Espírito (em sentido amplo) agindo em prol da caridade. Já que, ao tratarmos de dupla vista e sonambulismo, vemos que este fenômenos serão de forma mais recorrente quando há algum perigo. As pessoas dotadas da dupla vista, poderão ainda ter meios de serem de certa forma avisadas do perigo, podendo assim esquivar-se.


Adriele de Iansã

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