Êxtase
O Livro
II do Livro dos Espíritos, em seu Capítulo 8, explica que o êxtase é um
sonambulismo mais apurado, sendo a alma do extático mais independente. O
extático é capaz de penetrar em mundos superiores, eles veem e compreendem a
felicidade dos que lá habitam, no entanto, existem mundos que são inacessíveis
a Espíritos que ainda não estão bastante purificados.
Quando
existe o desejo do extático deixar a Terra, dependendo do seu grau de
purificação, e vendo que sua situação futura será melhor, ele se esforçará para
desatar os laços que o prendem à Terra.
Outra
questão levantada é se poderia o extático abandonar seu corpo definitivamente caso
ficasse entregue a si mesmo? E a resposta foi sim, sendo que este poderia
morrer. Por isso que é preciso chamá-lo a voltar, apelando para tudo o que o
prende na Terra.
Tudo
que o extático vê é real para ele. No entanto, como ele se conserva sob
influências das ideias terrenas, pode acontecer que veja as coisas a seu modo,
a fim de ser melhor compreendido. Por essa razão que fica suscetível a erros.
Assim,
ele está sujeito a enganar-se, principalmente quando quer penetrar no que deve
continuar a ser mistério para o homem, deixando levar pelas suas ideias ou até
mesmo sendo influenciado por Espíritos mistificadores.
Esse
fenômeno de sonambulismo e êxtase proporciona ao extático ver sua vida passada
e futura, devendo este ser estudado a fim de aclarar mais um mistério, sendo
que os que estudarem de boa-fé não podem ser materialistas, nem ateus.
A
umbanda, influenciada pela doutrina espírita desde a sua fundação, considera o
sonambulismo como uma variação de uma faculdade mediúnica. Existindo duas
ordens, o sonâmbulo e o sonâmbulo médium.
O
sonâmbulo age sob influência de seu próprio Espírito, enquanto o médium
sonâmbulo é instrumento de uma inteligência estranha, é passivo e o que diz não
vem de si.
Luíza de Oxum
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