Pressentimentos
Neste tema, abordado no Livro II dos Espíritos, Capítulo 9, os espíritos discorrem sobre os pressentimentos, sensações e vontades as quais nós encarnados sentimos.
Na primeira indagação, os espíritos são bem claros e esclarecem que os pressentimentos nada mais são que conselhos provenientes de espíritos que nos querem bem, denominada de voz do instinto. Todo espírito antes da encarnação tem total ciência de todas as fases da vida encarnatória, ou seja, ele conhece bem todas as experiências que estão por vir, pois este espírito provavelmente já obteve, em um processo encarnatório anterior, aquelas experiências ou experiências similares. Quando essas vivências anteriores se tornam muito fortes e ganham uma importância, elas se tornam pressentimentos, ou seja, a voz do instinto que expressa suas vivências em certos momentos da vida.
Durante nossa vida encarnatória, sempre temos dúvidas e às vezes a nossa voz do instinto parece incerta. Nestes momentos de dúvida, os espíritos esclarecem que devemos pedir pelo nosso interior, pedindo a Deus (Olorum, Zambi) que consigamos compreender o que nosso íntimo quer nos clarificar. Por fim, os espíritos esclarecem que todos os pressentimentos e advertências provenientes de espíritos protetores são para o nosso bem e para nossa melhoria espiritual, no entanto ignoramos essas mensagens, o que nos leva muitas vezes à infelicidade e a frustrações.
Quando sentamos aos pés de um preto velho sempre ouvimos “siga seu coração meu filho”, nosso íntimo sempre nos quer clarificar as melhores coisas para nossa vida encarnatória. No entanto, devido aos diversos fatores que nos afligem, muitas vezes precisamos que uma Vovó, Vovô, Caboclo, Boiadeiro, etc. reafirmem nossas vontades e dúvidas.
Na Umbanda temos todos os aparatos necessários para que nossos pressentimentos não sejam apenas dúvidas. Temos contente contato com o nosso espiritual, contato com nossos guias e com o nosso íntimo. Devemos sempre ouvi-los, pois ninguém sabe mais de nós do que nosso próprio coração.
A Umbanda propõe a reforma íntima do Ser, a autoanálise para a melhora espiritual e, quando passamos a ouvir mais nosso íntimo, damos passos consideráveis no que diz respeito aos nossos próprios sentimentos. A Umbanda não faz milagre, ela apenas oferece a mudança e ela só acontece caso escutemos nosso coração.
Victor de Oxumarê
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