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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Arquétipos na Umbanda

Arquétipos na Umbanda


   Em primeiro lugar, cumpre explicar o que seja arquétipo: arquétipo é uma ideia primordial de algo que não possui uma imagem que o corresponda no campo material; exemplo disso é a pomba branca que no ocidente remete à ideia de paz.

   Partindo do entendimento do que seja um arquétipo, logo se percebe que as diversas linhas da Umbanda trazem consigo uma carga forte de arquétipos específicos. Não cabe aqui falar de todas as linha; este assunto será tratado individualmente; falaremos sobre as linhas mais comuns como a linha dos Pretos Velhos, Caboclos e a linha da esquerda com os Exus e Pombo Giras.

   O arquétipo dos Pretos Velhos se fundamenta na sabedoria daquele que muito viveu, e por isso muito aprendeu; também se fundamenta na humildade fé e paciência, posto que os negros escravizados foram submetidos a toda sorte de sofrimentos e somente se apoiando na fé conseguiram suportar as dores a eles impingidas. Os Pretos Velhos aconselham com palavras mansas e sábias que chega direto ao coração daqueles que os buscam. Sabe-se que nem todo Preto Velho foi mesmo negro ou escravo, mas se veste nessa roupagem a fim de apresentar o arquétipo a que remetem sua imagem.


   Em seguida temos a linha dos Caboclos, cujo arquétipo remete à perfeita integração com a natureza. O Caboclo conhece as propriedades das plantas e delas se utiliza sem abuso, sabe que o
equilíbrio de seu corpo, da espécie humana está intimamente atrelado ao equilíbrio da natureza como um todo e revência a natureza presente no solo, na água, no ar, nas plantas e em todos os seres vivos como reverencia o próprio Criador.



   Por fim, o arquétipo da linha da esquerda que se divide em dois: Exus e Pombo Giras: Exus são guardiões da Lei Divina e também seus executores, são soldados destemidos que chamados a cumprir uma missão não questionam, apenas a executam, pois respeitam a sabedoria e o Amor contido nas Leis Divinas. Exu dá e tira com a mesma mão quando isso se faz necessário. Quanto às Pombo Giras, essas representam a força do feminino, do poder do sagrado feminino, infelizmente essas entidades foram muito mal interpretadas ao longo de décadas e cumpre aqui restituir-lhes o devido valor. Ao longo do tempo falaremos mais sobre essas linhas e as demais.




Adorei as almas, Okê, Saravá!


Hélida de Nanã.

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