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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Idiotismo e Loucura

Idiotismo e Loucura 

Antes de dar continuidade nos estudos acerca do Livro dos Espíritos, gostaríamos de enfatizar que essa obra foi primeiramente publicada em Abril de 1857, em Paris, na França. Com isso, podemos notar que é um livro com mais de 160 anos no qual algumas palavras e expressões nele apresentados podem denotar algum sentido diferente do que se apresenta hoje, sendo necessário, portanto, atenção nesta questão. 

Pois bem, agora trataremos do Livro II do livro dos Espíritos, Capítulo 7,  onde vem à tona o tema IDIOTISMO, LOUCURA. Como dito anteriormente, o livro, sendo do século XIX, possui alguns termos empregados de maneira diferente da empregada atualmente. Idiotismo, segundo o dicionário,  nada mais é do que um atraso mental genético grave, equivalente a uma idade mental não superior a três anos, com capacidades cognitivas e de comunicação rudimentares. A loucura também era tida como um problema mental genético, diferentemente do que chamamos hoje de loucos.

Primeiramente, os espíritos são questionados sobre o grau evolutivo das pessoas com deficiências motoras e é esclarecido que esses espíritos, ao encarnarem, não necessariamente são seres inferiores ou menos evoluídos. Na verdade, eles podem ser espíritos mais evoluídos, os quais estariam nessas condições reencarnatórias por penitência, pois aquele espírito precisa evoluir sem utilizar as funções motoras existentes. 


Também é questionado sobre o quão uma disfunção motora pode afetar o espírito que, por si só, não possui nenhuma deficiência. Neste momento, é elucidado que as deficiências da matéria podem afetar o espírito até certo ponto na realização de atividades terrenas, contudo o espírito continuará a possuir todas as suas funções cognitivas.

Levantando a hipótese de que em algumas vezes uma disfunção motora pode acarretar no suicídio, os espíritos explicam que aqueles que cometem tal ato fazem isso, pois se sentem constrangidos devido às limitações físicas. Acham que a única maneira para solução de tais problemas é o desencarne e, assim, se julgam habilitados de realizá-lo. Após o desencarne, o espírito pode vir a sentir as disfunções motoras que o perturbavam, no entanto isso não o impedirá de reencarnar. Aquele momento em que o espírito esteve em vida com disfunções motoras, apenas ficará guardado na memória dele como um período, e as disfunções não o atormentarão mais.

Esse ensinamento  é muito reconfortante por nos fazer compreender o porquê de algumas limitaçṍes físicas e mentais que apresentam alguns seres humanos.  E isso também é repassado pelos guias de Umbanda, de maneira e palavras diferentes, àqueles que buscam respostas para dificuldades dessa natureza, bem como para outras de gênero diversos. 



Victor de Oxumarê & Samila de Iansã  

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