Transmissão Oculta do Pensamento
Dando continuidade nos estudos sobre o Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, hoje abordaremos o tema Transmissão Oculta do Pensamento, tema apresentado no Livro II, capítulo 8.
Os primeiros questionamentos feitos aos espíritos são em relação de como uma mesma ideia pode “surgir” na cabeça de pessoas diferentes. É esclarecido que isso ocorre porque, quando estamos dormindo, nosso espírito tende a desgarrar do corpo físico, sem perder a ligação por completo, e tende a experienciar diversas coisas em outros planos, o que chamamos de desdobramento, ou viagem astral.
Quando acordamos, não somos capazes de relembrar do que ocorreu por completo, no entanto, quando temos uma ideia e criamos alguma coisa, essa ideia pode ter sido plantada e vivenciada por nós enquanto visitávamos outros planos. Isso explicaria como o porquê duas pessoas (ou mais) pensarem e criarem coisas semelhantes em locais diferentes sem nunca mesmo terem se comunicado de alguma maneira.
Os espíritos também podem se comunicar conosco quando estivermos acordados. Isso porque nosso corpo físico não é como uma caixa incomunicável, temos que compreender que nosso corpo irradia ao nosso redor, ou seja, somos capazes de emanar certas energias que provêm do nosso espírito pelo nosso corpo físico. Assim, quando estamos acordados, somos capazes de comunicar com outros espíritos, no entanto isso pode ser mais difícil por serem planos diferentes.
Observando nosso dia-a-dia, podemos notar que, em momentos pontuais de extrema necessidade, sentimos certos anseios que podem vir a ser essa comunicação. Como sabemos, os guias componentes da coroa mediúnica de todos nós sempre nos acompanham e quando necessitamos de “um empurrãozinho” eles atuam para que possamos assim darmos um passo à frente. Claro que não é da mesma maneira quando comparamos à incorporação completa, pois quando nos entregamos ao trabalho por completo a comunicação também acontece com plenitude.
Por fim, os espíritos são questionados de como duas pessoas, em locais diferentes, podem ter o mesmo pensamento. Isso acontece porque algumas pessoas possuem um grau de simpatia muito grande, fazendo com que pensamentos e ideias sejam comuns àquelas pessoas. Pensemos em nosso dia-a-dia, se observarmos sempre teremos um amigo, família ou pessoa próxima que comunga conosco os gostos, ideias e ideais. Essa pessoa seria nosso espírito simpático, justamente pelo afinco entre ambos.
Trazendo esses ensinamentos para nossa Umbanda, devemos lembrar sempre de que nosso grande objetivo é o Amor e a Caridade, ou seja, independente de estarmos ou não no terreiro, centro, casa, etc. Se somos umbandistas, devemos presar por esses dois valores. Quando umbandistas, nos tornamos seres simpáticos com os demais irmãos de fé e na nossa natureza íntima devemos prezar por estes sentimento, bem como os demais adquiridos ao longo da nossa caminhada umbandista.
Victor de Oxumarê
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