Visitas espíritas entre pessoas vivas
O Livro II dos espíritos, capítulo 8, fala sobre as visitas espíritas entre pessoas vivas. Inicia-se falando sobre a emancipação da alma, que a mesma parece decorrer de duas existências simultâneas, no entanto, explica-se que não existem duas existências, são apenas duas fases da mesma existência. Também é falado da habitualidade de visitarmos pessoas e parentes durante o sono. Pessoas que julgamos nem conhecer, amigos de outros países, pessoas úteis ao nosso desenvolvimento. É indagada a utilidade dessas visitas, se a olvidamos. Certo que ao despertar guardamos intuições, ideias, que, apesar de não sabermos, são adquiridas nessas confabulações.
Explica também que o homem não tem autonomia sobre o espírito em relação a encontrar-se com quem deseja. Quando o espírito desperta, ele se desprende da vida na Terra. Pode acontecer de visitar quem o homem deseja ver, mas não é relacionado ao fato dele querer quando desperto.
É falado também da possibilidade de se reunir com vários outros espíritos, como uma assembleia, e de fato isso pode ocorrer devido aos laços de amizade, reunindo-se tanto espíritos antigos como novos.
Por fim, expressa a possibilidade de visitarmos um amigo que julgávamos estar morto, mas que na verdade ainda vive, e ter por prova a sua existência terrena. Pode-se ter prova tanto da sua vida, quanto da sua morte.
No nosso terreiro, esse fenômeno é bastante citado como desdobramento astral, onde o corpo físico adormece e o corpo espiritual se projeta por vários locais, podendo ter contato com pessoas já falecidas ou não. No entanto, esse desdobramento só acontece com permissão do plano espiritual, ou seja, mesmo fazendo todos os “pré-requisitos” (meditação, relaxamento, etc.) para o desdobramento, não necessariamente iremos desdobrar. Isso explica porque algumas vezes desdobramos e o que experienciamos aparenta turvo e ao retornar ficamos cansado. Isso acontece porque, muita das vezes, forçamos os desdobramentos, visto que ele está além de nossa vontade material, segundo o Pai Jacó pelo médium Vitor de Oxumarê.
Bruno de Oxóssi
Nenhum comentário:
Postar um comentário