Influência do Organismo
O livro II do livro dos espíritos, capítulo Vll trata da Influência do Organismo. Neste capítulo, afirma-se que o espírito tem sempre as faculdades que lhe são próprias, assim, não são os órgãos que lhe dão as faculdades, mas as faculdades que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos.
Os órgãos são os instrumentos de manifestações das faculdades da alma. Essa manifestação está subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos respectivos órgãos. Pode-se, ainda, comparar a excelência de um trabalho à excelência de uma ferramenta. Um exemplo deste funcionamento pode ser ilustrado observando o processo de incorporação. O médium, ao incorporar certo guia, recebe impulsos motores do guia a ser incorporado e esses impulsos advêm das faculdades mentais não do médium, mas sim do espírito ao se aproximar. E, à medida que esta ligação se intensifica, os impulsos motores no médium são intensificados.
O espírito, ao encarnar, traz certas predisposições e, se as faculdades tivessem os seus princípios nos órgãos, o homem seria uma máquina, sem a responsabilidade dos seus atos. Todos os espíritos configuram colônias no plano espiritual, devido similaridades energéticas, ou seja, espíritos com afinidade aquosa tendem a habitar o meio aquoso no plano espiritual, espíritos com afinidades às matas, tendem a habitar as matas no plano espiritual. Essas predisposições do plano espiritual podem (ou não) virem à tona quando o espírito encarnar.
Usemos a afinidade às matas como falado. Um espírito que teve essa afinidade enquanto habitava o plano espiritual pode, quando encarnar, ter uma afinidade muito grande com as matas, plantas e natureza, podendo a pessoa trabalhar em órgãos ambientais, tendo afinco à natureza ou apenas com habilidade em cuidar das plantas. Ou pode ser que ocorra o oposto, um espírito que, quando habitava o plano espiritual tinha afinidade às matas, quando encarnado, ele não o terá, justamente pela necessidade desse espírito de trabalhar outros valores e habilidades quando encarnado. E vale ressaltar que essas predisposições são diferentes do dito “Karma”.
Victor de Oxumarê & Gabriela de Iansã
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