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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Relações de simpatia e de antipatia entre os Espíritos. Metades eternas

Relações de simpatia e de antipatia entre os Espíritos. Metades eternas

O texto de hoje falará sobre as relações de simpatia e antipatia entre os Espíritos e sobre metades eternas, tema presente no Capítulo VI da Segunda Parte do Livro dos Espíritos.
Sobre as relações de simpatia e antipatia entre os Espíritos, podemos afirmar que além da simpatia geral, os Espíritos têm entre si recíprocas afeições particulares, sendo o laço que os liga mais forte que os laços que ligam os homens em Terra. Foi indagado se os Espíritos alimentam ódio entre si e a resposta é que isso se dá somente em se tratando de Espíritos impuros, pois, a maior parte das intrigas na Terra é por causa da matéria. Logo, entre Espíritos puros não há esses baixos sentimentos, e somente entre os impuros (que na umbanda conhecemos como quiumbas, Espíritos sofredores ou de baixa vibração), que também podem influenciar e causar intrigas e inimizades, pelo fato de não terem alcançado ainda entendimento e evolução.
Assim, quando perguntado se dois seres guardariam ressentimento um pelo outro no mundo dos Espíritos, fica claro que apenas os Espíritos impuros (baixa vibração) conservam alguma animosidade até que se purifiquem. A maior parte dos motivos das desavenças está ligada às coisas da matéria (orgulho, vaidade, egoísmo), sendo que purificação vem com o amor.


As lembranças dos atos ruins que dois homens praticaram um contra o outro constituem um obstáculo para que reine simpatia entre eles, por isso não são permitidas essas lembranças pelo plano Superior, justamente para que isso não seja motivo de novos conflitos na atual existência. Se o Espírito é puro, ele perdoa e não guardará mágoas. Se tem imperfeições, ele vai carregá-las até uma nova oportunidade de se purificar. As afeições individuais dos Espíritos puros, não são suscetíveis a  alterações, porque o amor que os une irradia-lhes a suprema felicidade.
Sobre metades eternas, refere-se a uma ideia de que dois Espíritos, criados um para o outro, um dia deverão unir-se na eternidade, depois de ficarem separados durante um lapso de tempo mais ou menos longo. Kardec indaga se existe essa predestinação de união e a resposta é que não, porque a união que há é a de todos os Espíritos.
Contudo, cada um tem um grau de evolução diferente, e vão evoluir de uma determinada forma, cada um com sua qualidade. Pode-se dizer que não existe complemento (outra metade) dos Espíritos. Se um Espírito fosse a metade de outro, separados os dois estariam, ambos incompletos. Exemplo disso é uma pessoa que coloca suas expectativas em outra, achando que vai obter felicidade, completando assim outra metade. Afirmamos que todos os Espíritos já estão unidos entre si, mas uns evoluem mais rápido que os outros, conforme sua caminhada. Se um tivesse que completar o outro, perderiam assim sua individualidade.
Aprendemos com os guias dentro de um terreiro que todos aqueles com quem cruzamos no nosso caminho são um grande aprendizado para nós e que estamos em Terra para reparar erros e corrigir as relações de antipatia existentes, através do amor.


André Luiz de Omolu

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