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quarta-feira, 1 de maio de 2019

Casamento e Celibato

Casamento e Celibato

Dando continuidade aos estudos e textos acerca do Livro dos Espíritos de Allan Kardec, hoje discutiremos o Casamento e Celibato na visão Espírita e Umbandista, tema apresentado no Livro III dos Espíritos, quarto capítulo. 

Os espíritos são questionados primeiramente se o casamento vai de contramão às leis naturais e o que aconteceria se não houvesse o casamento. Os espíritos são categóricos e esclarecem que o casamento é um processo natural de evolução da humanidade e que, caso não tivéssemos o casamento, a humanidade retornaria às condições pré-históricas onde as relações interpessoais se davam pela sobrevivência. 


O próprio Allan Kardec tece um comentário acerca do assunto, dizendo que o casamento é um ato de progresso e solidariedade entre as pessoas. Também é esclarecido que o processo de separação é regido por leis humanas, então, as leis que regem os casamentos e as separações podem mudar à medida que a humanidade evolui. 

Na Umbanda, bem como nas demais religiões, o casamento acontece e são cerimônias muito marcantes. Existem casamentos que duram toda uma encarnação, já outros não são duradouros e aprendemos com a espiritualidade que devemos respeitar o livre arbítrio de cada um, ou seja, devemos respeitar o poder de escolha de cada um. Se duas pessoas resolvem se casar e continuar uma família, como umbandistas (e seres humanos) devemos respeitá-los. 

Caso um casal se separe, não devemos nunca deturpar o processo natural de separação, pois isso aflige o livre arbítrio. Por isso as “amarrações” são totalmente erradas, porque elas retiram o direito de escolha do outro. O livre arbítrio individual é dado por Deus e quando fazemos uma “amarração” estamos alterando uma lei divina, o que não deve ser feito na Umbanda.  


Dando continuidade, os espíritos são questionados sobre o celibato e nos questionamentos levantados as respostas são pontuais e claras. Na visão dos espíritos, o celibato não é estado de perfeição e sim um ato de egoísmo, um desagrado a Deus. Celibato não é sacrifício, sacrifício é um ato feito pelo bem e pelo amor. Kardec comenta ainda que o sacrifício pessoal que objetiva o bem e sem segunda intenção egoísta eleva o homem acima.

Na Umbanda, sabemos que devemos sempre buscar a melhora pessoal e individual e não conseguimos levar a mudança ao irmão se ele não deseja a mudança. Lembrando sempre que a ajuda ao próximo deve ser feita de coração e sem esperar retorno, pois a Umbanda é a prática do Amor e da Caridade.

Victor de Oxumarê

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