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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Penalidades Temporais


Penalidades Temporais


           No segundo capítulo da quarta parte do livro dos espíritos, um dos temas abordados é sobre as penalidades temporais. Questionamentos terrenos como a vida e o pós-morte, ainda levantam discussões nas mais diversas religiões, pois estão associados principalmente ao sofrimento material e moral.
           Durante a vida, uma vez que a alma está encarnada em um corpo físico, esta pode passar por aflições que podem gerar diversos sofrimentos materiais. Após a morte esse espírito obviamente não pode mais sofrer fisicamente, no entanto, de acordo com as faltas cometidas, pode sofrer profunda dor moral e escolher passar por situações até piores em uma nova existência para seu aprendizado. Como forma de expiação, sofrerá a dor das faltas que um dia causou.
           Desta forma, podemos compreender que as dificuldades enfrentadas na vida atual nem sempre são resultantes de faltas cometidas nesta existência, podendo ser resultado de erros de vidas anteriores. Como estamos tratando de providências divina, o que na maioria das vezes temos pouca informação sobre, nem sempre isso será aplicado, nas palavras dos espíritos de luz: toda transgressão às leis de Deus, especialmente à lei de justiça, deve ser compensada por um esforço equivalente de correção.

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           Com o passar da vida, todos nós temos oportunidades de depuração e crescimento, no entanto, aqueles que não fazem o mal mas também não procuram desapegar das influências da matéria, não fazendo nada para melhora de si mesmo tende a permanecer estagnado até obter entendimento do que precisa ser reparado. Quando esse momento chega, cai sobre eles o peso do tempo perdido e da infelicidade.
           Assim como Kardec escreveu em seu livro do século passado, orientado por espíritos de luz, também nos foi revelado recentemente em nosso terreiro, pelo Exu Sete Catacumbas, que espíritos mais depurados (de maior elevação) vivem em outros mundos onde a matéria não gera interferência e alcançam a felicidade plena. Onde não há vaidade, ego, nem outros vícios terrenos, sendo estes espíritos livres de angústia e tormentos causados por faltas carnais.
          "A felicidade futura está para o homem em razão da soma do bem faz; a da infelicidade em razão do mal praticado e das infelicidades que tenham feito.”
Larissa de Iansã


terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Natureza das Penas e Gozos Futuros


Natureza das Penas e Gozos Futuros
           
              Dando continuidade ao estudo da quarta parte do livro dos espíritos, capítulo dois, falaremos agora sobre a natureza das penalidades e dos prazeres futuros.
             
              Após a morte, as penalidades dos atos são sentidos com maior intensidade, uma vez que a matéria não sente mais as sensações. Há aqueles que, por pura ignorância e falta de conhecimento não acreditam que seus atos terão consequências após o desencarne, mas isso não os impedirá de sentir.
              Existem diversas consequências para aqueles espíritos que de alguma forma prejudicaram alguém ou a si mesmo quando encarnados, mas a maior tortura para eles é não poder mais satisfazer seus vícios e pensar que estão condenados a sofrer essa aflição para sempre. Eles vêm a felicidade dos justos e a causa da sua infelicidade e compreendem sua culpa, fazendo disso seu martírio.
              O culpado de atos perversos é condenado a estar na presença de sua vítima como forma de castigo até que tenha reparado suas faltas em novas existências, enquanto esse dia não chega, é perseguido pelo arrependimento de suas atrocidades. 
               A felicidade dos bons espíritos consiste em compreender a felicidade do próximo sem invejar, não alimentar sentimentos ruins como ódio, ciúme e ambição. Especialmente, consiste em conhecer todas as coisas para que possa transmitir seus conhecimentos a outros espíritos na esperança de ajudá-los, dessa forma não fazer com que sua felicidade seja egoísta. Quando o desapego espiritual é atingido, o ser é livre do peso de seus atos condenáveis pois venceu as provas a que ele próprio se submeteu e então pode se unir a espíritos que desfrutam da mesma sensação.

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              Os espíritos perversos, por sua vez, procuram desviar do caminho do bem aqueles que são mais influenciáveis, encarnados ou não. No entanto, essa influência é maior sobre os encarnados pois são mais incentivados por paixões materiais, vícios e as coisas terrenas.
              Kardec questiona aos espíritos sobre a doutrina do fogo eterno, elas elucidam que o fogo remete ao símbolo da ação mais enérgica, sendo uma espécie de crueldade que os povos antigos imaginavam e que, ainda na contemporaneidade, alguns tomam como realidade. Os espíritos de luz ressaltam que não é necessário ter conhecimento do espiritismo para alcançar a elevação, mas a compreensão da espiritualidade ajuda o homem a ser melhor.
            Na Umbanda concordamos plenamente com esse raciocínio pois acreditamos que, independente da religião que se segue, o que assegura bom êxito no futuro é a prática do bem, do amor e da caridade. Qualquer caminho que nos conduza a prática do bem, é válido.
Larissa de Iansã

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Intervenção de Deus nas Penas e Recompensas


Intervenção de Deus nas Penas e Recompensas

              Dando continuidade ao estudo do Livro dos Espíritos, trataremos agora das informações contidas no livro 4, capítulo 2 “ Intervenção de Deus nas penas e recompensas”.

              Inicialmente, Kardec questiona sobre a importância dada por Deus a cada homem, se cada homem é realmente importante e se Deus cuida de cada um, de cada passo, visto que a Grandeza de Deus é incalculável e nós somos minúsculos. Os espíritos reveladores orientam que Deus cuida de cada detalhe de sua criação e que nada é insignificante aos olhos D’ele e da sua bondade.
              Posteriormente, Kardec indaga sobre a importância dada por Deus aos nossos atos, para nos punir ou recompensar, e se tais atos não são insignificantes para a grandeza de Deus. Os Espíritos então esclarecem que Deus traçou limites através de sua lei, a punição está nos limites, todos os excessos irão gerar consequências, como doenças e muitas vezes a morte. As punições são de nossa total responsabilidade, quando tentamos ultrapassar a linha da lei de nosso Criador. Deus em sua bondade infinita, envia até nós espíritos que nos possa inspirar a seguir sempre no caminho D´Ele. 

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              Os ensinamentos contidos no capítulo acima, se assemelham com a doutrina Umbandista. Todos os atos por nós realizados são avaliados durante todo o tempo, a lei dos Homens não é a mesma de Deus. No culto aos Orixás temos Ogum e Xangô, representantes da lei e da justiça divina, quando nossos atos, palavras, pensamentos e hábitos se desviam da lei e da justiça de Deus não teremos bons frutos. Não se pode plantar laranja e esperar que nasçam morangos.
              Os guias que nos acompanham estão ao nosso lado durante toda nossa caminhada, nos amparando e intuindo sempre para o caminho do amor, da caridade e da fé. Porém muitas vezes nossos olhos e ouvidos se fecham para eles, muitas vezes estamos com a vibração tão baixa devido aos excessos cometidos que o som de nossos pensamentos nos ensurdece, nossa visão se embaça e não conseguimos deixar que nos auxiliem.
              Olorum nos dá sempre, a cada segundo, a chance para sermos melhores e nos aproximarmos dele, e em sua perfeição infinita, não nos carrega em nossa caminhada, mas nos ensina a andar junto dele.
Pedro” de Xangô


quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

O nada. Vida futura

O nada. Vida futura

Seguindo com nossos estudos do Livro dos Espíritos, abordaremos agora as informações contidas no livro 4 capitulo 2: O nada. Vida futura.
Nesta parte do livro, os espíritos reveladores nos explicam que mesmo aquele encarnado que acredita que após a morte nada haverá, sente em seu intimo que esse pensamento não o satisfaz. Isso ocorre, pois, quando o espírito vem para sua jornada terrena, ele traz consigo algumas lembranças do outro lado da vida. Por esse motivo o plano espiritual além-túmulo é de conhecimento da humanidade desde seus primórdios.
A vida terrena irá afetar diretamente na forma como retornaremos ao plano espiritual. Temos relatos e indagações sobre o quão breve a vida é desde os primórdios da humanidade, refletindo mais uma vez a incompatibilidade ao pensar que o “NADA” espera o homem. 

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Nos momentos finais da jornada terrena até mesmo o homem mais cético coloca seus pensamentos no que lhe aguardará após. A idéia do nada nessas horas chega ser completamente refutada.
Em nossa doutrina de Umbanda, nos aproximamos dos pensamentos expostos sobre o tema. Ao analisarmos com olhar Umbandista, o pensamento do nada, do vazio, é inconcebível. Pois até mesmo nos primórdios da criação havia EXÚ, que representava o vazio ou nada, mas que, estava ele, EXÚ, presente ali. E foi nesse “vazio de EXÚ” que Olorum criou o tudo. Dessa forma, o sentimento da grandeza e da seqüência da evolução de nossos espíritos está entalhada em nosso âmago.


Pedro de Xangô


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Desgosto da vida. Suicídio

Desgosto da vida. Suicídio 

Dando continuidade ao estudo do Livro dos Espíritos, analizaremos agora o Livro IV- capítulo 1, que fala a respeito de penalidades e prazeres terrenos. Neste texto em especial, falaremos sobre suicídio, desgosto pela vida.
Kardec  levanta diversas questões sobre o suicídio, em resumo, os espíritos dizem que tal ato é um erro e uma infração da lei moral, que apenas Deus tem o direito de dispor das vidas. Em maioria, os suicídios são cometidos visando escapar de aflições geradas pelo  desgosto de viver  (fruto da ociosidade e da falta de fé) ou na ideia equivocada de que atingirá mais cedo uma vida melhor. Mas existem também outros aspectos que foram questionados e que aqui serão descorridos. 
Nos casos em que o homem vê a necessidade de suicídio por desespero, não somente ele sofrerá indulgência, mas também os que o levaram a isso ou que poderiam impedi-lo e não fizeram, estes responderão por homicídio. Pior que aqueles que suicidam por desespero, são os que morrem lenta e gradativamente, por intermédio de seus vícios, como por exemple álcool e drogas. Esse é considerado um suicídio consciente e o homem é duplamente culpado pela falta de coragem e por ter tido tempo de reconhecer seu erro e mesmo assim persistir na ignorância.

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 Mesmo em casos especiais como doenças terminais, em que a pessoa vê diante de si uma morte inevitável, será culpada caso decida abreviar seu sofrimento findando a vida, pois não terá aguardado o termo fixado por Deus.  
Aquele que com o suicídio objetiva escapar da vergonha de uma má ação ou que essa vergonha recaia sobre a família, está cometendo um erro. Segundo os espíritos reveladores "aquele que tira a própria vida para escapar da vergonha de uma má ação prova que tem mais estima aos homens do que a Deus, porque vai entrar na vida espiritual carregado de suas maldades, tendo-se privado dos meios de rapara-lás durante a vida".
Na pergunta de número 955, Kardec questiona se as mulheres que, em certos países, se fazem queimar nas fogueiras voluntariamente com o cadáver do marido podem ser consideradas suicidas e as entidades dizem que não, uma vez que elas o fazem obedecendo a um preconceito enraizado e por ignorância moral. Da mesma forma, nos casos em que se tem o objetivo de salvar outras vidas, despido de orgulho e sem segundas intenções, não será considerado suicídio.  Tal ato será considerado um sacrifício.
Em continuidade, é revelado para Kardec que é comum que o espírito mantenha um laço prolongado com o corpo físico  após o suicídio, uma vez que o laço está muito forte no momento em que é quebrado, podendo ter a ilusão de que ainda está vivo e presenciar a angustiante sensação da putrefação do corpo. Esse estado pode persistir tanto tempo quanto a vida que foi interrompida, para que só então o espírito se desprenda para seguir.
Do ponto de vista umbandista e de acordo também com a ótica Kardecista, para cada caso haverá uma consequência, uma expiação proporcional à gravidade do erro. Alguns expiam sua falta imediatamente, enquanto no umbral, outros escolhem retornar e passar pelas mesmas provações para tentar suporta-las com mais resignação. 

Larissa de Iansã 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Caracteres do homem de bem

Caracteres do homem de bem 


Dando continuidade aos nossos estudos, falaremos agora sobre as informações contidas no livro 3, capitulo 12, onde são abordadas as características de um homem de bem.
Na pergunta de número novecentos e dezoito, Kardec pergunta como podemos identificar as características de um homem de bem e como podemos reconhecer a evolução deste na hierarquia espiritual. Nesse ponto os espíritos reveladores nos explicam que a elevação é atingida à medida que aproximamos nossos atos da Lei de Deus e compreendemos antecipadamente a natureza da vida espiritual. 
Os ensinamentos presentes no capitulo também nos remetem aos atos de nosso senhor Jesus Cristo, maior exemplo de homem de bem.  Mostram-nos que homens de bem são aqueles que praticam as leis da justiça, do amor e da caridade.
Mostram-nos que os homens de bem se perguntam se fizeram tudo de melhor ao seu alcance, sempre estendem à mão para ajudar aquele em dificuldade sem pensar em recompensas. É aquele que não se coloca como superior fazendo com que seu ego ou sua posição diminua seu irmão, mas que usa de sua posição como forma de auxiliar os que precisam. Lembram-nos das palavras de Cristo “Quem não pecou que atire a primeira pedra” e nos lembram de sempre tratar nosso próximo como gostaríamos que nos tratassem.
Devemos refletir também que o conceito terreno do "homem de bem" é bastante complexo, isto posto pela insuficiência terrena do conhecimento divino. Quando definimos o termo homem de bem devemos levar em consideração seus atos humanitários, excluindo sua religião, ou seja, um homem de bem não esta necessariamente associado a uma dada religião, no entanto deve ser associado a boas acoes de caridade e amor para com o próximo.

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Na primeira manifestação da Umbanda, na Federação Espírita de Niterói. Quando o caboclo das Sete Encruzilhadas anunciou a Umbanda, logo esclareceu sobre as bandeiras de nossa religião, O AMOR E CARIDADE. Lembrou-nos também o evangelho de Jesus Cristo, o qual devemos sempre basear nossas vidas, evangelho esse que também deve ser sempre regido pelo amor e a caridade, como Jesus fez.
A visão da Umbanda se aproxima bastante da visão espírita, uma das maiores lições que nossa religião nos ensina é a da tolerância em todos os sentidos de nossas vidas, é o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Ensina-nos que estamos de passagem e somos ferramentas de Deus para nos auxiliarmos. 
Nossa Umbanda sempre nos faz refletir se fizemos o melhor que poderíamos ter feito, não apenas para nós para quem está ao nosso lado. Deus em toda sua bondade e misericórdia nos agraciou com a vida e as oportunidades que ela nos dá, o mínimo que podemos fazer é retribuir nossos irmãos. 
Gostaria de convidar a todos nesse momento, para uma reflexão em seu intimo. Qual foi a ultima vez que você ajudou seu irmão, sem pensar em gratificações? Que auxiliou alguém sem pensar em recompensa? Você vem tratando seus familiares, amigos, colegas... Da maneira como gostaria de ser tratado?
A resposta de nossa consciência para essas perguntas, irá nos dizer se estamos adquirindo características de homens de bem. 


Pedro de Xangô