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segunda-feira, 27 de março de 2023

Construa um futuro melhor deixando o passado para trás

Construa um futuro melhor deixando o passado para trás

    Deixar o passado para trás pode ser uma maneira de começar uma nova vida. Todos nós temos feridas abertas, sofrimentos, mágoas e receios do passado. Cada vez que voltamos a essas lembranças, nos sentimos mal, culpados, ansiosos e tristes. Pensamos que poderíamos ter feito algo diferente, mas a verdade é que o passado já se foi e não há como repará-lo. Tentar mudá-lo é cometer o mesmo erro de maneira diferente.

    Então, qual é a importância do passado? Ele serve para aprendizado e progresso humano. Por exemplo, se você tenta apagar uma vela com as mãos e se queima, essa experiência serve como aprendizado de que não é uma escolha inteligente. Contudo, muitas pessoas ficam presas nessa lembrança, focando apenas na dor e não na lição aprendida.

    Para evoluir, precisamos avaliar nossas escolhas no passado e aprender com elas. Aceitar, perdoar e nos libertar do passado é uma forma de dar uma chance a nós mesmos. Não devemos viver em abismos de culpa e sofrimento, mas sim seguir em frente. É importante compreender que a mudança começa em nós mesmos. Não podemos mudar o passado, mas podemos escolher um futuro diferente. Acredite que você é merecedor dessa mudança e dê a si mesmo essa oportunidade.

Pai Pequeno Kah de Oxóssi.

terça-feira, 21 de março de 2023

A diferença entre entidades e espíritos encarnados

 A diferença entre entidades e espíritos encarnados

    As Entidades sabem de tudo?

  Não são raras as vezes em que, durante uma consulta com uma entidade, ficamos impressionados com suas revelações. Muitas vezes são ditas verdades que nem a própria pessoa havia percebido antes de ter sido dito, outras tantas vezes são reveladas coisas que somente a própria pessoa sabia. As entidades fazem isso não para demonstrar poder ou impressionar, na verdade, isso é necessário em vários momentos, tais como quando a pessoa precisa compreender a raiz de um problema para poder transformar sua realidade, mas está em processo de negação que ela foi a causadora da situação da qual se encontra.

   Apesar de os guias não terem a intenção de impressionar, na prática isso ocorre muito, sendo então comum ver novos médiuns e novos consulentes (visitantes) idolatrando entidades, acreditando que elas tudo sabem e que falam e fazem acontecer. Acreditam que qualquer entidade está em um grau muito superior de evolução espiritual do que qualquer encarnado. Já outros iniciantes são como São Tomé e querem ver para crer, fazem perguntas difíceis e tentam induzir o médium/guia ao erro, para tentar provar que a incorporação é ou não real. O objetivo desse breve texto é fazer uma reflexão sobre isso e desmistificar essas meias verdades.

    Para iniciar nossa reflexão podemos afirmar que não é verdade que as entidades sabem de tudo. As entidades nada mais são do que espíritos como nós que também estão em processo evolutivo. Qual seria a lógica de tudo saberem? A partir desse questionamento o leitor pode se perguntar, mas se o guia não sabe tudo, como esse guia poderá ajudá-lo? Para compreender isso podemos fazer uma analogia que se encaixará como uma luva: quando um adulto supervisiona uma criança (ou adolescente) para não fazer algo porque é perigoso ou porque pode lhe causar males físicos, financeiros emocionais ou biológicos, não quer dizer que o adulto tem um espírito mais capacitado ou que quando fora criança nunca fez tais coisas que hoje aconselha não fazer. Pelo contrário, aquele adulto que sofreu, por exemplo, com males como diversos vícios e viu o quanto aquilo o prejudicou fará a melhor propaganda contraria a tais vícios, não importando quais vícios ou más escolhas sejam (drogas, sexo, jogos de azar, abandono dos estudos etc.). A analogia é muito boa, porque nem a vida da criança, nem do adulto e nem mesmo a do espírito tem menos desafios. Cada um encontra uma dificuldade diferente que muitas vezes é difícil para o outro entender se ele não lembra de ter passado por essas experiências. O adulto apesar de não ser necessariamente “mais evoluído” que a criança, já passou por muitos dos desafios que a criança passa e já aprendeu muito com experiências próprias e de terceiros. Da mesma forma, um espírito desencarnado, consegue observar a situação sem as amarras da matéria, focado no verdadeiro propósito da vida, sem as tentações da carne, dos bens e do dinheiro. Além disso, o espírito desencarnado pode usar de suas experiências vividas para encontrar solução para um problema similar ao que já passou. E por fim, ele não está preso ao tempo, o que facilita na visualização de possíveis resultados das ações atuais.

    Voltando as questões iniciais, o leitor pode também se questionar, se o guia não sabe tudo, como é que em algumas consultas se diz o que somente o consulente sabe ou que nem mesmo ele havia percebido? Quanto a esses acontecimentos devemos lembrar que temos nossos guias espirituais que nos acompanham em nossa jornada terrena, esses sim o conhecem profundamente e intimamente. Podemos tirar ai uma possível causa das revelações desse tipo, isso acontece quando é permitido que nossos guias espirituais revelem aquela determinada informação para o nosso bem e aprimoramento.

    Quanto aos visitantes que vem ao terreiro para testar a entidade, o que podemos dizer é que cada um encontra o que busca. A entidade não vem ao terreiro para se provar ou ser admirada, vem, sim, para executar seu trabalho de amor e caridade. Como as entidades não sabem tudo, buscar informações não reveladas pelo consulente podem demandar um grande esforço energético, que não está nos planos desses espíritos fazer para se provarem (algumas vezes essas provações acontecem, mas porque o consulente precisa daquela lição e não porque o espírito quer se provar). Se o visitante quer duvidar, que duvide. Os guias não pedem a aprovação de ninguém, deixam que duvidem ou falem mal, enquanto isso eles gastam suas energias de forma útil buscando informações e gerando oportunidade para quem precisa e merece.

    Gosto de lembrar que não existem verdades absolutas, essas são apenas reflexões que me vieram e pareceram úteis, que cada um se sinta a vontade para comentar, discordar e enriquecer nossa discussão.

Axé! 

Ricardo de Ogum Matinata

quinta-feira, 9 de março de 2023

O poder das ervas

 O poder das ervas

    A Umbanda tem fundamento, assim como todos seus rituais, não podendo ser caracterizados como segredos, mas sim mistérios. Há explicações fundamentadas nessa religião, não possuindo diferença os rituais que lidam com a Natureza, em sua especificidade, dos rituais com ervas, amplamente utilizado na Umbanda.

    Ampliando o olhar para a grandeza da Umbanda, da Mãe Natureza e seus infinitos mistérios, podemos exemplificar que a magia vivenciada em uma incorporação também se encontra presente em uma defumação ou banho de ervas, de uma maneira diferente é claro, igualando-se o clamor ao Divino e a evocação dos espíritos de luz. 

    Assim como em uma simples oração, na Umbanda e no trato com as ervas faz-se necessário a ativação, podendo ser explicada como um “depositar de crença ou fé” naquilo que se está fazendo, pedindo auxílio aos seres de luz, licença aos orixás e a graça do Pai Maior para que a energia ali existente seja transmutada àquilo que se pretende, em todas as situações, aquele que guia o trabalho é um instrumento da graça de Deus, podendo evocar as forças da Natureza, de Olorum e todos os orixás, ativando as forças ali existentes e direcionando ao objetivo, sendo o ativador da magia que ocorrerá através das ervas, do poder energético e da fé. 

    Todo ser é ritualístico, segue um ritual ao acordar ou para dormir, seja escovar dentes e tomar café ou tomar banho, trocar de roupa e dormir, a ordem dos fatos e o costume torna essa ordem de ações um ritual. Havendo pois também um ritual ao pedir licença a Mãe Natureza, retirar a erva do pé, lavá-la e prepará-la para o que será feito, ou seja, a ordem de ações para se preparar o chá, banho ou defumação.

    Em síntese, a magia com as ervas se dá na ativação delas durante o ritual, através da intervenção de diversas forças da natureza e do nosso Pai Maior, devendo o ativador, instrumento da força divina neste momento, especificar ao clamar auxílio e ao ativar as ervas o objetivo do ritual, bem como solicitar que beneficie a si mesmo e aos demais, embasando-se sempre no amor e na caridade, fundamentos da Umbanda. Tornando então um simples banho, defumação ou até mesmo um chá em um poderoso remédio astral, eliminando energias, protegendo e até mesmo curando a si mesmo e a demais pessoas. 

    Através do ritual de ativação, há o depósito de fé e energia, bem como ajuda dos seres de luz, sendo factível e tangível aos simples humanos, quaisquer sejam eles, desde que credores no que fazem, a realização de grandes objetivos através das ervas, que é um dos presentes do Pai Maior, assim como a oração, para transformação de egrégoras, energias e auras, cujo poder ainda é muito desconhecido pela maioria das pessoas.  

    Como disse o Caboclo Guajajara: “Se as pessoas soubessem o poder que uma oração tem, rezariam mil vezes mais ”, ensinamento válido também às santas ervas, cabendo a nós aprendermos a lidar através do bom senso e do conhecimento, para posteriormente ativar, aliados a fé e a ajuda da Mãe Natureza e do Pai Maior,  o poder das ervas em nosso favor e daqueles que precisam de auxílio. 

    Posto isso, que estudemos as ervas para conhecê-las e obtermos o bom senso do ritual de ativação, clamando às forças divinas, transformando então “simples” ervas, de várias formas utilizadas, em fortes magias em prol do amor e da caridade, lembrando-nos sempre de que : “Quem tem fé tem tudo, que não tem fé não tem nada..”

Mylene de Xangô.