Princípio do Mentalismo
Foi no Egito Antigo, que muitas das filosofias e ensinamentos que conhecemos hoje e,
que ainda nos influenciam, surgiram. Nessa época, viveram grandes mestres que
desenvolveram muitos fundamentos esotéricos e ocultos e dentre esses grandes mestres,
existiu um homem que era proclamado como o Mestre dos Mestres, conhecido como Hermes
Trismegisto (três vezes grande, o grande dos grandes), sendo considerado o pai da ciência
oculta, fundador da astrologia e o descobridor da alquimia. Hermes, segundo a tradição, viveu
300 anos e após seu desencarne, os egípcios fizeram dele um deus, conhecido como
Thoth. Muitas décadas depois, o povo grego também reconheceu Hermes como um deus,
sendo conhecido como o deus da sabedoria. E, atualmente, acredita-se que, de todos os
fragmentos dos conhecimentos ocultos, os Preceitos Herméticos foram os fragmentos
guardados de maneira mais zelosa e profunda ao longo da história.
Primeiramente, é importante entendermos que os preceitos herméticos estão
espalhados por todas as religiões, não pertencendo a nenhuma em particular. Isso foi feito para
não engessar essa doutrina secreta em um credo específico de uma religião, pois quando se
misturava a teologia com a filosofia hermética, gradualmente essa filosofia iria se perdendo no
meio das religiões e seus cultos. E também porque seus discípulos sempre mantiveram o
princípio do segredo em seus preceitos.
Dito isso, os Sete Princípios em que se baseia toda a Filosofia hermética são os
seguintes:
I. O Princípio de Mentalismo.
II. O Princípio de Correspondência.
III. O Princípio de
Vibração.
IV. O Princípio de Polaridade.
V. O Princípio de Ritmo.
VI. O Princípio de Causa e
Efeito.
VII. O Princípio de Gênero.
.
Qual é a importância de conhecer as 7 leis herméticas? O intuito de Hermes era explicar
o funcionamento do universo através delas, assim o hermetismo consiste no estudo e prática
da evolução e expansão da consciência humana. Dessa forma, faz-se de extrema importância
entendermos e conhecermos o Hermetismo para que possamos ter um recurso valioso,
entendendo as leis herméticas e sua relação com nossos pensamentos e com nossa realidade,
podendo encontrar um equilíbrio nas áreas da nossa vida e fazer melhores escolhas, para
buscarmos melhores caminhos para o nosso desenvolvimento espiritual.
E nós iremos falar um pouco sobre o Princípio de Mentalismo, que é o primeiro
princípio do hermetismo, tendo tido como o início e a raiz de todas as coisas. Esse princípio
se fundamenta em “o Todo é Mente; o Universo é Mental”. Nessa lei, é explicado que tudo é
mente, que o Todo (que é o que conhecemos como o universo material, os fenômenos das
nossas vidas, da matéria e da energia) é também o espírito, o indefinível em si mesmo,
podendo ser considerado como uma mente vivente infinita e universal. Além disso, também
é ensinado que todo o universo é basicamente uma criação mental do Todo, sendo sujeita
às Leis das Coisas Criadas, assim o universo, em todas as suas pequenas partes, existe na
mente do todo, e é nessa mente que vivemos e temos nossa existência. Então, nossa mente
seria como um pincel, que iria pintando cada cor e forma do universo, tendo um papel
importante em ir moldando nossa realidade. Vamos explicar melhor:
“O TODO é Mente; o Universo é Mental.”
O hermetismo se refere a Deus como “O TODO”. Mas não se trata de um deus pessoal,
que age e se comporta de acordo com as paixões dos homens, mas de uma figura cósmica
que contém tudo em si. Inclusive, nosso universo não passaria de uma criação na mente do
TODO.
Ainda nesta linha de pensamento, os seres teriam em seu interior uma parte da
essência do TODO. Ou seja, carregam parte dessa essência divina.
E tal como o TODO de Hermes, nós também criamos com a nossa mente. Passamos
horas imaginando, compondo diálogos e criando situações que, posteriormente, se tornam
palavras que se tornarão histórias. Então, não poderíamos dizer que cada um dos nossos
personagens possui em si uma parte de nós?
Portanto, podemos definir que somos o que pensamos e nossos pensamentos
determinam nossa existência e a qualidade dela.
No Hermetismo, há três planos: o mental, o físico e o espiritual. O plano mental está
relacionado ao pensamento, à intuição e mesmo à razão. E é a união dos três planos, a partir
do pensamento, do mental, que podemos alavancar todos os outros princípios.
Essa força poderosa que é o mentalismo, a força do pensamento, nos traz a ideia de
que tudo que está ao nosso redor – e até mesmo a nossa existência – existe a partir de nós,
não do mundo externo.
É algo radical que precisamos compreender, mas é muito difícil, pois achamos que o
mundo já existe independente da minha experiência. Mas não é assim, e a física quântica
ajuda a explicar. Um exemplo: pega-se uma carta de baralho com a borda perfeitamente afiada
e tenta-se equilibrá-la sobre a borda em cima de uma mesa. De acordo com a física quântica, a
carta cairá em poucos segundos, mesmo que se faça o máximo para equilibrá-la – e cairá
simultaneamente para os dois lados, direito e esquerdo. Quando se põe em prática esse
experimento com uma carta verdadeira, o que se vê é que ela cai para a direita OU para a
esquerda, aparentemente ao acaso, e nunca para a direita e para a esquerda ao mesmo
tempo, como a física quântica quer nos fazer acreditar.
Mas o entendimento está nas possibilidades. Existe a chance de a carta cair para a direita
BEM COMO dela cair para a esquerda.
O princípio do Mentalismo tem relação direta com esse raciocínio, também, da física
quântica. O mundo tem várias formas de realidade em potencial, até você escolher.
“Tudo é possibilidade subconscientemente.”
É interessante pensarmos que, se nosso pensamento cria, tudo que conhecemos, foi
criado primeiramente na nossa mente, ou também no mundo das ideias, como dizia Platão.
Então a fagulha de tudo é a mente, mas não nascemos com esse poder de criação. Faz-se
extremamente importante termos em mente que tudo é um processo, uma jornada individual,
onde nossa mente passa por vários lugares e, principalmente, numa escola que conhecemos
como tempo. Pois é só com o tempo que conseguimos conhecer nossa mente, treinar nossos
pensamentos e nossa criação, pois a mente é o epicentro da nossa essência e educar e
trabalhar nossa mente é um trabalho árduo, pois ao dominarmos nossas mentes, estamos
também influenciando a direção das nossas vidas, atraindo coisas que estão intimamente
ligadas aos nossos pensamentos. por isso é importante aprendermos nessa escola de espaço
tempo, pois é o tempo que é o grande professor de como podemos trabalhar nossa mente,
nossos pensamentos e conseguir aplicar a Lei do Mentalismo de forma inteligente nas nossas
vidas.
É necessário compreender, além do Mentalismo, outras leis herméticas. O princípio da
Polaridade, por exemplo, nos mostra que os opostos existem, como também a interação entre
eles, entendendo essa lei, entendemos também que precisamos nos esforçar para vigiar
nossos pensamentos e sempre buscar emoções e sentimentos positivos, para atrairmos
vivências positivas em nossas vidas. Ou também conhecer o Ritmo, para que possamos saber
nossos altos e baixos ou o próprio ritmo das nossas emoções, para que possamos saber lidar
com tempos difíceis e aprender com as experiências negativas da nossa vida.
Assim como o próprio Universo – que existe a partir de seu Criador –, é dentro de nós
que encontramos as respostas e que habita a força para mudarmos comportamentos e
crenças. Não significa que iremos materializar as coisas que imaginamos (por exemplo, penso
numa caneta, então nosso pensamento se materializa nesse objeto), mas que o pensamento
pode ser aperfeiçoado para que possamos avançar e evoluir.
Saindo dessa linguagem mais rebuscada encontrada no livro, própria dos iniciados,
concluímos o que já havia sido dito: a existência é fruto do nosso pensamento e da nossa
percepção. O simples fato de dominar esse princípio nos torna mais preparados para alcançar
a evolução e o aprimoramento pessoal e, por consequência, o TODO, para então partirmos
para a conquista dos outros princípios, pois, para o Hermetismo, tudo está interligado em todos
os níveis.
Camila de Iemanjá e Isabela de Oxalá
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