A alteia (Althaea officinalis) também conhecida como malva-branca é uma planta de grande valor tanto na medicina natural, nas práticas espirituais, incluindo a Umbanda de Jurema. Com propriedades emolientes e anti-inflamatórias, a alteia é tradicionalmente empregada em chás e banhos para aliviar dores, inflamações e problemas respiratórios, além de atuar como um poderoso agente de limpeza espiritual.
A Raiz é utilizada como demulcente, diurética, emoliente e vulnerária e as folhas como demulcente, expectorante, diurética e emoliente. A elevada quantidade de mucilagem (substância viscosa, pegajosa e rica em polissacarídeos, presente em algumas plantas e algas) da alteia faz dela um excelente demulcente a ser usado sempre que essa propriedade se faz necessária. A raiz é usada para tratar problemas digestivos e cutâneos e a folha trata pulmões e o sistema urinário. Em inflamações do trato digestório, como inflamações da boca, gastrite, úlcera péptica, enterite, colite recomenda-se a raiz e para tratar bronquite, catarro nas vias respiratórias, tosse, a alteia é considerada uma alternativa viável e em episódios de uretrite e cálculos renais, a folha age como sedativo. Essa erva ameniza as irritações da membrana mucosa onde quer que se manifestem. Externamente as raízes são indicadas também em tratamentos de varizes e úlceras, abcessos e furúnculos.
Na espiritualidade, a alteia é vista como uma erva de purificação e equilíbrio, auxiliando na harmonização das energias e na proteção contra vibrações negativas. Seu uso em defumações e banhos serve para limpar o campo áurico e fortalecer a conexão com guias espirituais, promovendo uma sensação de paz e serenidade. Algumas tradições a relacionam com orixás ligados à cura e ao amor, como Oxum e Obaluaê, pois sua energia é suave e regeneradora. Além disso, a alteia tem um simbolismo ligado à renovação e ao acolhimento, sendo utilizado em rituais para aliviar dores emocionais.
Renata de Iansã
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