Tabaco
Hoje falaremos um pouco mais sobre o fumo na Umbanda, mas para quem ainda não leu o texto anterior, "Bebida e fumo na Umbanda", peço que o faça antes desse para melhor compreensão.
O uso do tabaco (Nicotiana tabacum) surgiu aproximadamente no ano 1.000 a C., nas sociedades indígenas da América Central, em rituais mágicos-religiosos com objetivo de purificar, contemplar, proteger e fortalecer os ímpetos guerreiros. Além de acreditar que o mesmo tinha o poder de predizer o futuro, era usado, também, assim como o álcool, para entrar em contato com o divino.
O fumo traz em sua composição a nicotina (mais conhecida substância) além de várias outras substâncias, que diminuem o tônus muscular causando a sensação de relaxamento, além de aumentar a pressão arterial e o batimento cardíaco, a atividade motora e desaceleramento do processo de digestão.
No passado, era usado para tratar doenças, devido a suas propriedades anti-inflamatória, antiparasitária, hipertensiva, narcótica, sedativa e vermífuga. Em infusão, suas folhas podem ser usadas externamente para tratar sarnas, piolhos, carrapatos, dores de dente e picadas de insetos.
Como vimos, a entidade incorporada quando sopra a fumaça, dando suas baforadas nos consulentes, cria, assim, condições, tanto no plano físico quanto no plano espiritual, para a realização dos trabalhos necessários. O sopro carrega efeitos terapêuticos e espirituais, quando aliado às ervas tem seu efeito potencializado gerando melhores resultados.
O fumo traz, através, da sua natureza, um agregado das mais diversas substâncias como sais minerais, hidrogênio, oxigênio, fósforo, potássio, nitrogênio, vitaminas e etc. Tudo retirado do solo e do ambiente que foi cultivado, além da energia solar e lunar. Por isso, o fumo, quando ativado através da combustão, libera essas substâncias e traz esses benefícios aos consulentes e ao ambiente.
Quando a entidade fuma, para a realização do trabalho, podemos observar algumas das seguintes situações: a entidade não traga a fumaça, apenas enche a boca com a mesma e a sopra liberando-a para levar seus benefícios a todos. Há também entidades que colocam o lado aceso do fumo (a brasa) na boca e assopram, fazendo assim a limpeza interna do corpo do aparelho (médium incorporado) para retirar as energias deletérias do organismo.
Ainda com a finalidade de reduzir ao máximo a assimilação pelo corpo do médium, algumas entidades pedem para seus aparelhos produzirem o próprio fumo (in natura), com substâncias naturais e também alguns pedem charutos, cachimbos, cigarros, cigarrilhas com filtro.
Outra situação a ser observada, é que alguns guias costumam cuspir em um recipiente, que até chamam de "caixinha"; e nesse ato, além de expelir mais substâncias presentes no fumo, que não interessam ao trabalho do corpo do médium, também utilizam o corpo do médium para condensar energias deletérias que estão sendo absorvidas e trabalhadas pelo guia que pratica a ação.
Vale lembrar que a utilização do fumo de maneira errada, como fins de recreação e vício, pode trazer sérios danos à saúde. Ainda temos diversas outras informações sobre o fumo e também sobre a bebida na Umbanda, porém serão tratados em outros textos em um futuro próximo.
Axé a todos!
Ryan de Oroiná
Muito bom o texto!!! Gostei muito. Parabéns.
ResponderExcluirMuito obrigado irmãozão! =D
ResponderExcluirFicou excelente!
ResponderExcluir