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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Separação da Alma e do Corpo

Separação da Alma e do Corpo

Separação da Alma e do Corpo é um tema abordado no Livro dos Espíritos, livro II capítulo lll, escrito por Allan Kardec. Segundo Kardec, o corpo quase sempre sofre mais durante a vida do que na morte.
O corpo, no instante da morte, sofre menos que na sua jornada da vida, sendo ela longa ou curta, sendo a morte para o espírito um ato prazeroso, pois é o fim daquela jornada. O ato da morte natural seria como uma máquina, ela precisa de óleo para girar, se o óleo acaba a máquina desliga. O nosso corpo funciona da mesma forma, os nossos órgãos envelhecem, o coração para de bombear sangue e, devido a essa falta de sangue, os órgãos param de funcionar, então o corpo desliga-se. Após o desligamento do corpo, vem a separação da alma e corpo. Como já foi citado no texto, a alma nada mais é que o nosso espírito, o que ocorre é que sempre existirá a separação entre o corpo e alma. O corpo sempre tem um fim, mas não é tão simples como parece, pois o corpo está ligado à alma e devido a isso existe um laço entre eles. Esse nó que existe deve ser desatado, para que o corpo e a alma se separem e isso ocorre porque o corpo e espírito criam um elo durante a jornada de vida terrena , sendo eles  ligados  por um envoltório seminatural, o períspirito. Essa separação é mais rápida ou mais lenta conforme vida mental da pessoa, conforme o preparo que ela tem para com a morte. No estado vegetativo  pode acontecer, às vezes, na agonia, que o espírito já tenha deixado o corpo, e naquele corpo existia apenas coração bombeando sangue para os órgãos e nada mais, tendo a alma já se ido.


Temos alguns exemplos de como o espírito age quando se desfazem os laços que o prendem ao corpo, servindo apenas para ilustrar e ficar mais fácil o entendimento. No ato que desprende do corpo, ele vê o futuro desdobrar-se em um momento de felicidade e Kardec utiliza o exemplo de uma lagarta que vem primeiro como uma larva que se rasteja, virando depois um casulo, e por fim se transformando em uma bela criatura, ocorrendo, assim, uma enorme transmutação de corpo e espírito. 
O momento da alma no mundo dos espíritos, nada mais é que um sentido da vida. Se encarnado você viveu com justiça, desencarnado você será tratado com justiça. Quem praticou o bem terá o bem, já quem praticou o mal no primeiro momento não se sentirá muito bem confortado e acolhido, pois se sentirá envergonhado. 
Na umbanda não é diferente, tratamos a separação de corpo e alma exatamente igual a Allan Kardec . O espírito e o corpo tem um elo em vida e, após a morte, os espíritos que praticaram o bem terão um local de encontro com outros espíritos que praticaram o bem, já os que praticaram o do mal irão para um local com pouca luz, mas  não de forma permanente, pois todos podem escolher caminhar na luz.
Tenham paciência na caminhada, pratiquem o amor e a caridade. Tenham cautela nas escolhas e palavras ditas, amem o próximo, respeitem as diferenças ,confiem no Pai Oxalá e em todos os orixás, pois eles são os guerreiros que nos trilham para o caminho de nossa Luz maior, Olorum !

Alessandra de Logun Edé

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