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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Cangaceiros na Umbanda

Cangaceiros  na Umbanda 


Os cangaceiros no Brasil são símbolos históricos de um movimento ocorrido no sertão brasileiro entre o século XIX e XX, cujas características devem ser estudadas para compreensão do arquétipo, contudo, deve-se analisar nas histórias os dois lados dos fatos ocorridos, pois a história retratada pelo lado coronelista da época tinha o intuito de retrata-los como "bandidos", mas houve também o lado social do cangaço, no qual deu voz e armas a sociedade reprimida e sofrida da época.

Justamente pelo lado social do cangaço à época torna-se de fácil compreensão a existência desta linha, visto que o movimento foi de grande importância para sociedade e consequentemente para a espiritualidade, a referida linha tem como principais características de um espírito guerreiro, combatente que luta bravamente por seus ideias e pela justiça que lhe é de direito. Logo, a busca pela justiça, a retidão e o senso de proteção são os ideais marcantes do cangaço e da linha dos cangaceiros na umbanda.

Além de atuarem como protetores na umbanda, os cangaceiros amparam todos aqueles fracos que se encontram em necessidade extrema, bem como auxiliam na proteção da casa, dos trabalhos, possuem grande experiência em lidar com energias densas e espíritos trevosos e extremamente endurecidos, são hábeis caçadores de energias contrárias e demandas, intencionais ou não, direcionadas contra os encarnados.

Também prestam forte auxílio a todas as correntes em seu trabalho de campo, seja recolhendo e resgatando irmãos em busca de auxílio ou na lida com as mais variadas energias. Os cangaceiros são honrosos soldados de Oxalá que estarão sempre a postos, com seus coletes de couro vistosos, chapéu ornamentado e muita bala na cintura pra combater o bom combate.

Devido todo sofrimento vivido, costumam se apresentar rudemente, apesar de serem amorosos e amigáveis, nos ensinando a combater o bom combate, a sermos guerreiros combatentes e bravos lutadores contra a injustiça e a desigualdade a favor do bem, em favor da caridade e também nos ensinam, principalmente, a lutarmos por nós mesmos, por nossa felicidade e daqueles que nos cercam.

A linha dos cangaceiros é a pouco tempo tratada pelos terreiros de umbanda como uma linha específica e separada, tendo sido trabalhada por muito tempo juntos aos baianos, mas claro, de uma forma específica e quanto ao orixá regente da linha dos cangaceiros, sabe-se que eles são associados às irradiações de Pai Omolú e Mãe Nanã, mas podem ter campos de atuação nas sete irradiações divinas.


Nomes de alguns cangaceiros mais conhecidos: Lampião, Zé do Cangaço, Severino, Maria Bonita, Cangaceiro do Capão Comprido, Corisco, dentre outros.

Ervas dos cangaceiros: Cactus, orégano, picão, pinhão roxo, babosa, alfazema, noz moscada, erva cidreira, dentre outras.

Seu dia: Terça Feira (dia regente do Pai Omolú)

Velas: Brancas, roxas e lilás

Oferendas: Flores roxas e lilás (cravos e crisântemos), caju, graviola, coco verde, mandioca, rapadura, carne de sol com farinha e abóbora, cachaça, fumo de rolo, cigarro de palha.


Mylene de Oxalá

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