Xangô
Dando
continuidade ao estudo referente aos Orixás, trataremos hoje sobre Xangô, onde
se mencionará a sua linha de atuação, as características de seus filhos e
algumas curiosidades interessantes.
Xangô
é um Orixá bastante cultuado na Umbanda sendo considerado Deus da justiça, dos
raios, dos trovões e do fogo, além de ser conhecido como protetor dos
intelectuais.
Esse
orixá é considerado o mestre da sabedoria, gerando o poder da política e
justiça. Os que nele creem o buscam para resolver problemas relacionados com
documentos, estudos, trabalhos intelectuais, dentre outros.
Atua
na 4° linha da Umbanda, isto é, na linha da justiça juntamente com Iansã, sendo
orixá irradiador de equilíbrio divino conferindo harmonia em toda criação de Deus.
O seu campo de atuação é a razão e Xangô rege a vida de todos despertando o
senso de equilíbrio e justiça em cada um. Além disso, como é também o orixá do
fogo dá ânimo para a vida consumindo e purificando tudo aquilo que estiver
ruim.
Quanto
ao sincretismo haverá variações conforme o terreiro, mas pode ser sincretizado
com São Jerônimo, cuja data é 30 de setembro, com São Pedro cuja data é 29 de
junho ou com São João cuja data é 24 de junho. Suas cores podem ser o vermelho,
branco ou marrom, seu elemento é o fogo, as pedras, pedreiras, trovões e raios.
Seu dia é a quarta-feira, seu metal é o cobre, ouro e chumbo e suas ervas são o
alecrim do mato, erva-tostão, parreira, filha de limão e folha de goiabeira.
O
símbolo principal de Xangô é o machado ou Oxé, sua saudação é “Kaô Kabiesilê” e
em uma oferenda para esse Orixá podem ser usadas velas brancas, vermelhas e
marrom, cerveja escura, vinho tinto doce e licor de ambrósia, flores diversas,
tudo depositado em uma cachoeira, montanha ou pedreira.
Os
filhos de Xangô apresentam um tipo firme, enérgico, seguro e absolutamente
austero. Suas fisionomias, mesmo a jovem, apresentam uma velhice precoce, sem
lhes tirar, em absoluto, a beleza ou a alegria. Têm comportamento medido, são
incapazes de dar um passo maior que a perna e todas as suas atitudes e
resoluções baseiam-se na segurança e chão firme que gostam de pisar. São
tímidos no contato com o semelhante, mas assumem facilmente o poder de mando.
São conselheiros e não gostam de ser contrariados, podendo facilmente sair da
serenidade para a violência, mas tudo medido, calculado e esquematizado.
Acalmam-se com a mesma facilidade quando sua opinião é aceita. Não guardam
rancor. Vestem-se com discrição e seus vestuários seguem o modelo tradicional.
Quando
os filhos de Xangô conseguem equilibrar o seu senso de Justiça, transferindo o
seu próprio julgamento para o julgamento Divino, cuja sentença não nos é
permitido conhecer, tornam-se pessoas admiráveis e gentis. O medo de cometer
injustiças muitas vezes retarda suas decisões, o que, ao contrário de lhes
prejudicar, só lhe traz benefícios. O grande defeito dos filhos de Xangô é
julgar os outros. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um
legítimo representante do Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira.
Kaô Kabiesilê!
William de Xangô
e
Natália de Iemanjá
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