A Umbanda cobra ?
Essa pergunta sempre está presente no dia a dia dos praticantes das religiões de matriz africana. No candomblé, por exemplo, os atendimentos são cobrados, uma vez que o sacerdote ( ou Babalorixá) abre mão do trabalho profano que conhecemos, para se dedicar exclusivamente ao sacerdócio. Sendo assim, existe a cobrança para que possa manter os atendimentos e também seus gastos.
Quando a Umbanda foi anunciada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, foram também anunciados seus fundamentos. Dentre eles, foi anunciado que não seria cobrado por nenhum tipo de atendimento. Seguindo as orientações do anunciador da religião, os trabalhos não são cobrados em nenhuma casa de Umbanda.
O sacerdote na Umbanda, chamado Pai de Santo, não abre mão de sua profissão, continua a trabalhar na vida profana. No entanto A UMBANDA COBRA, cobra todos os dias, cobra a cada segundo. Cobra mais do que dinheiro, a Umbanda cobra COERÊNCIA. Coerência de suas atitudes em relação ao ponto onde quer chegar. Cobra seu posicionamento, cobra sua melhora, cobra na medida em que você está disposto a se doar.
A Umbanda cobra sua moral, cobra seu auto perdão. A cobrança está na dedicação e no enfrentamento de seus próprios medos e vaidades. A Umbanda cobra coerência, cobra transformação. Mas a umbanda também paga, um prêmio de valor inestimável, o amor próprio e a vida.
Axé
Pedro Maciel.’. de Xangô
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