Quem foi Dadá no Cangaço?
Sérgia Ribeiro da Silva, mas popularmente conhecida como Dadá, nasceu no dia 25 de abril de 1915 na cidade de Belém do São Francisco em Pernambuco. Dadá também era chamada "Suçuarana do Cangaço”.
Dadá foi raptada aos 12 anos na cidade de Mucururé por Cristino Gomes da Silva Cleto, também conhecido por Corisco ou Diabo Louro, e ambos eram primos. Dadá diz que numa terça-feira iria lavar roupa em uma fonte próxima a sua casa, como já era de costume, ela pegou sua trouxa de roupa e fora lavar e foi surpreendida por um tremor na terra, aí do deu-se por vir eram 6 cavalos chegando em sua direção cercando-a, disseram: “viemos lhe buscar”, Dada ficou sem entender, apanhou suas roupas e retornou para casa, ao chegar em casa seu pai já estava com a demanda, pegaram Dada pelo braço a arrastando e levando ela na garupa de seu cavalo, e sua família em prantos .
Dadá foi sequestrada e estuprada por Corisco. Dadá teve sete filhos durante sua vida no Cangaço, e teve que se separar de todos eles, pois no Cangaço não poderia haver crianças. Com tal continuidade Dada foi tomando amor por Corisco e não queria mais ninguém, dizia que era como um pai, um professor pra ela. Casaram em 16 de fevereiro de 1940.
Em 1939 Corisco foi gravemente ferido em um tiroteio perdendo os movimentos dos braços, então nesse momento Dada foi quem usava armas e comandava o bando. Logo após resolveram abandonar a vida no Cangaço e viver uma vida normal, porém o tenente José Rufino recebeu uma denúncia de onde estavam e foi nesse momento o qual matou Corisco e feriu gravemente Dada. Ela recebeu um tiro no pé assim tendo que amputá-lo, depois de várias cirurgias amputou ficando apenas com 4 dedos de coxa.
Dadá era a única mulher que portava um fuzil no Cangaço e a única a comandar um bando. Dadá foi exemplo de uma mulher que não foge à luta. Anos depois, em 1968 Zé Rufino pede perdão a Dada pelo feito a ela e ao seu companheiro. Dadá faleceu em 7 de fevereiro de 1994. Mas deixou vários adjetivos acompanhando seu nome, como guerreira, batalhadora e valente.
Karol de Xangô
Muito bom!
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