Saúde mental, Espiritualidade e Umbanda
Há pouco tempo atrás a discussão entre os conceitos de espiritualidade e saúde mental na mesma prática eram impensadas. Isso porque o conceito de espiritualidade ainda é disseminado de forma errônea, sempre levada para o lado de dogmas e julgamentos do senso comum ligando a espiritualidade diretamente a alguma prática religiosa específica ou pré-estabelecida. Porém se levarmos em consideração o real conceito de espiritualidade, ela se aproxima cada vez mais das boas práticas mentais cientificamente comprovadas e aplicadas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Saúde Mental pode ser considerada um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, que possibilita o desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da vida e contribuir com a comunidade. Para o desenvolvimento deste bem-estar algumas das técnicas mais utilizadas atualmente pela psicologia é a psicologia positiva e atenção plena, que é um movimento científico que estuda as qualidades do sujeito e os aspectos que funcionam bem em suas vidas direcionados para o tempo presente. Em outras palavras, é um estudo sobre o funcionamento positivo do cérebro. Seu estudo é focado no autoconhecimento e em como as pessoas podem se tornar mais satisfeitas.
Concomitantemente a espiritualidade pode ser entendida como o conjunto de crenças que traz a vitalidade e significado aos eventos da vida. É a propensão humana para o interesse pelos outros e por si mesmo. Ela atende à necessidade de encontrar razão e preenchimento na vida, assim como a necessidade de esperança e vontade para viver. Quando um indivíduo se sente incapaz de encontrar um significado para a os eventos da vida, como no caso de doenças e perdas, ele sofre pelo sentimento de vazio e desespero. Porém, a espiritualidade oferece um referencial positivo para o enfrentamento e ajuda a suportar melhor esses sentimentos.
Assim sendo se entende que estes são conceitos e práticas extremamente próximos e complementares uma ao outro, sendo cada vez mais acionados e unidos à saúde em geral como mais um instrumento motivador. É importante salientar que existem diversas formas de trabalhar e fortalecer essa espiritualidade e que cada indivíduo buscará o meio em que melhor se encaixa. Lembrando sempre que para ser benéfico é preciso atentar-se aos efeitos positivos alcançados.
Dito isso percebemos que a prática umbandista no desenvolvimento da espiritualidade se aproxima muito dessas concepções. Umbanda é amor e caridade, é ver a vida com outros olhos, é nos fazer despertar e acordar. A Umbanda nos convida a desenvolver nosso melhor lado para que possamos ajudar o próximo. No livro - Incorporação: qual o objetivo da umbanda?- traz um trecho onde retrata bem essa concepção positivista e ativa que diz: “Liberte-se do que o oprime e seja feliz, quem é feliz não agride o outro. Quer que a sua vida mude? Então mude-se primeiro.”
Em síntese, a saúde, a espiritualidade e a Umbanda, tudo gira em torno de boas práticas e a desmistificação desses conceitos tende a abrir grandes caminhos de desenvolvimento. A prática dos pensamentos e comportamentos ativos e positivos tende a indiscutivelmente nos colocar no lugar de bons resultados e o equilíbrio entre esses ambientes tendem a nos manter por mais tempo neste lugar. Cabe a cada um sempre cuidar e encontrar o caminho para que o tripé saúde física/mental/espiritual esteja sempre fortalecido permitindo assim uma vida mais saudável e bem vivida.
Natália de Iemanjá
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